Estes dados sobre a concentração da renda no mundo é um desafio para toda pessoa. Não é possível tanta miséria! O convite é para ler o texto e buscarmos juntos/as atuar para mudar este quadro.
1% da população global detém
mesma riqueza dos 99% restantes, diz estudo
A riqueza
acumulada pelo 1% mais abastado da população mundial agora equivale, pela
primeira vez, à riqueza dos 99% restantes.
Essa é a conclusão de um estudo da organização
não-governamental britânica Oxfam, baseado em
dados do banco Credit Suisse relativos a outubro de 2015.
O relatório
também diz que as 62 pessoas mais ricas do mundo têm o mesmo - em riqueza - que
toda a metade mais pobre da população global.
A reportagem é de Anthony Reuben e publicada por BBC News, 18-01-2016.
O documento pede que líderes do mundo dos negócios
e da política reunidos no Fórum Econômico Mundial
de Davos, que começa nesta semana, na Suíça, tomem medidas para
enfrentar a desigualdade no mundo.
A Oxfam critica
a ação de lobistas - que influenciam decisões políticas que interessam empresas
- e a quantidade de dinheiro acumulada em paraísos fiscais.
Ressalvas
Segundo o estudo da Oxfam,
quem acumula bens e dinheiro no valor de US$ 68 mil (cerca de R$ 275 mil) está
entre os 10% mais ricos da população. Para estar entre o 1% mais rico, é
preciso ter US$ 760 mil (R$ 3 milhões).
Isto
significa que uma pessoa que possui um imóvel médio em Londres, já quitado,
provavelmente está na faixa do 1% mais rico da população global.
No entanto, há várias ressalvas a estes números. O
próprio Credit Suisse reconhece
que é muito difícil conseguir informações precisas sobre os bens e dinheiro
acumulados pelos super-ricos.
O banco diz que
suas estimativas sobre a proporção de riqueza dos 10% e do 1% mais ricos
"podem estar subestimadas". Além disso, os números incluem
estimativas colhidas em países nos quais não há estatísticas precisas.
A Oxfam afirmou que
o fato de as 62 pessoas mais ricas do mundo acumularem o equivalente à riqueza
dos 50% mais pobres da população mundial revela uma concentração de riqueza
"impressionante", ainda mais levando em conta que, em 2010, o
equivalente à riqueza da metade mais pobre da população global estava na mão de
388 indivíduos.
"Ao invés de uma economia que trabalha para a
prosperidade de todos, para as geração futuras e pelo planeta, o que temos é
uma economia (que trabalha) para o 1% (dos mais ricos)", afirmou o relatório
da Oxfam.
Tendência
A Oxfam verificou
que a proporção de riqueza do 1% dos mais ricos vem aumentando a cada ano desde
2009 - depois de cair de forma gradual entre 2000 e 2009.
A ONG britânica pede que os governos tomem
providências para reverter esta tendência. A Oxfam sugerem a
meta, por exemplo, de reduzir a diferença entre o que é pago a trabalhadores
que recebem salário mínimo e o que é pago a executivos.
A organização
também quer o fim da diferença de salários pagos a homens e mulheres,
compensação pela prestação não remunerada de cuidados a dependentes e a
promoção de direitos iguais a heranças e posse de terra para as mulheres.
A ONG britânica
quer também que os governos imponham restrições ao lobby, reduzam o preço de
medicamentos e cobrem impostos pela riqueza em vez de impostos pelo consumo.
Imagem da Internet
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