quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O mundo dos jovens na América Latina


Contexto socio-cultural-eclesial contemporâneo da juventude
Elsie Auzier Vinhote*
Falar da juventude latino-americana é falar de cerca de 110 milhões de pessoas que fazem deste continente um continente jovem. Descrever aqui esta realidade, complexa e heterogênea, é um grande desafio. A América Latina é grande formada por mais de 20 países, cada um com suas características próprias, com uma grande diversidade cultural. No entanto, a mesma história de “descoberta” nos faz semelhantes em vários aspectos. São grandes as heranças de colonização fazendo que sejamos, ainda, um povo dependente, mesmo com os avanços e conquistas na área social e cultural, sem deixar de reconhecer que temos muito a oferecer ao mundo todo com nossas tradições, nossos antepassados, nossa floresta com a biodiversidade, as danças e culinárias incontáveis. Em nível eclesial, somos o continente com maior porcentagem de católicos no mundo, com muita vivacidade e muita riqueza ainda a ser descoberta pela Igreja universal.

A juventude está no meio dessa realidade sofrida e rica, formada por cerca de 30% da população, formando como grupo social um segmento que absorve e influencia o que está ao seu redor.

O tema “juventude” vem sendo progressivamente de grande interesse para vários setores da sociedade orientados por paradigmas diversos de leitura. Não são poucos os que estão investindo neste tema e muito se tem encontrado sobre isso: artigos, sites, estudos e pesquisas. O que vou escrever são dados a partir dessas leituras e a partir da minha experiência com os jovens não deixando de lado entrevistas com alguns deles mais próximos geograficamente, mas não deixando de ser, igualmente, a expressão de outros jovens. 

*  Religiosa da Congregação das Adoradoras do Sangue de Cristo. Brasileira, missionária no Peru. Ex-assessora nacional da Pastoral da Juventude, no Brasil.
 


terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Pastoral da Juventude e as Comunidades Eclesiais de Base


O secretário da Pastoral da Juventude constrói um texto com uma reflexão muito interessante sobre a Pastoral como pastora/cuidadora da vida da juventude na comunidade eclesial que é testemunha fiel do Crucificado-ressuscitado.
Leiam o texto e dialoguem com ele.


A Pastoral da Juventude e as Comunidades Eclesiais de Base

Una Mirada sobre la Juventud Latino Americana - Um olhar sobre a juventude Latino Americana


Um Olhar. Podemos ter vários. Este texto tem o objetivo de provocar uma mirada a partir das estruturas de nosso tempo.

Una mirada. Podemos tener varias. El texto tiene el objetivo de provocar una mirada desde las estructuras de nuestro tiempo.

Espero otras miradas distintas.




UNA MIRADA SOBRE LA JUVENTUD LATINO AMERICANA

UM OLHAR SOBRE A JUVENTUDE LATINO AMERICANA

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Uma revista - dois textos um sobre drogas e outro sobre homicídios de jovens



Este revista traz alguns textos valiosos para o estudo da realidade da juventude - drogas e sobre o homicídios de jovens na América Latina. Muito bom. 


Aqui podemos comentar, concordar, discordar... dialogar com o texto e os autores.

sábado, 26 de outubro de 2013

I Encuesta iberoamericana de juventudes


Foi lançado um relatório executivo em espanhol da I encuesta Iberoamericana de Juventudes. O relatório oferece muitos dados para estudo do tema juventude.
RELATO EXECUTIVO DA I ENCUESTA IBEROAMERICANA DE JUVENTUDES  que tem como título El Futuro ya llegó.
Este material será um apoio para entender a realidade da juventude do Continente.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

El proyecto Camino de Esperanza comienza



El proyecto Camino de Esperanza comienza con El camino de Formación de Educadores(as) cuyo tema es Civilización del Amor.

Se inscribieron más de 630 personas de 19 países para participar en esta actividad.

Las aulas iniciaron el día 15 de octubre. El primer tema – ¡Acogida de grupos de cursillistas y facilitadores – palabras de bienvenida!


con su correo eletronico y la clave cajueiro o cajueiro2013

Este primer modulo desea que los 17 grupos formados de 40 personas, más o menos, se encuentren y se presenten. También deseamos que conozcan la plataforma como herramienta de trabajo.

El grupo tiene dos espacios: el primero, su grupo con dos o tres personas que son facilitadores(as) del debate propuesto. Serán cinco etapas o módulos. El primero es de bienvenida, presentación de las personas y del proyecto; el segundo es el marco de la realidad y el marco histórico; el tercero es el marco doctrinal y celebrativo; el cuarto es el marco operativo y el quinto es la capacitación solamente para las personas que van a facilitar el Camino de Formación de Líderes Juveniles con el tema grupo de jóvenes”.

Las personas que deseen conocer mejor la propuesta o tengan dudas pueden entrar en contacto a través del correo electrónico (e-mai) curso.lider.cajueiro@gmail.com.

También, estamos haciendo una campaña de movilización de recursos para sustentar el proyecto. Si puedes apoyar entra en contacto con soucajueiro@gmail.com.



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Inicia o primeiro curso virtual Trilha de Formação de Educadores/as



O projeto Caminho de Esperança inicia com a Trilha de Formação de Educadores/as com o tema Civilização do Amor.

Se inscreveram para participar desta atividade mais de 630 pessoas de 19 países.
As aulas iniciaram no dia 15 de outubro. O primeiro tema - Acolhida do grupo dos cursistas e facilitadores - palavras de boas vindas!

ACESSE AQUI A PLATAFORMA DO CURSO
Coloque seu e-mail da inscrição e a senha - cajueiro ou cajueiro2013.

Este primeiro módulo deseja que as 17 turmas formadas de mais ou menos 40 pessoas se encontrem e se apresentem. Também, desejamos que se conheça a plataforma, como ferramenta de trabalho.

O grupo tem dois espaços - o primeiro de sua turma com dois ou três pessoas que são facilitadores/as do debate proposto. Serão cinco módulos. O primeiro de boas vindas, apresentação das pessoas e do projeto, o segundo o marco da realidade e o marco histórico, o terceiro o marco doutrinal e celebrativo, o quarto o marco operativo e o quinto será a capacitação somente para as pessoas que irão facilitar a Trilha de Formação de lideranças juvenis com o tema do grupo de jovens.

As pessoas que desejarem conhecer melhor a proposta ou tiverem dúvidas podem entrar em contato através do correio eletrônico (e-mail) curso.lider.cajueiro@gmail.com.

Estamos também, fazendo uma campanha de mobilização de recursos para sustentar o projeto. Se puderem apoiar, entre em contato com soucajueiro@gmail.com.





segunda-feira, 14 de outubro de 2013

JUFRA lança seu VII caderno de Formação para jovens



No dia 12 de outubro, a Juventude Franciscana - Jufra lançou seu VII caderno de formação em nível nacional. O material traz várias sugestões para o grupo, encontros, informações e também, entrevistas. A entrevista deste VII caderno é com Carmem Lucia Teixeira, da coordenação do Centro de Juventude Cajueiro.

VII CADERNO DE FORMAÇÃO - JUFRA


sábado, 12 de outubro de 2013

Razões para NÃO reduzir a idade penal

Na última semana uma tragédia abalou todos os funcionários e alunos da Faculdade Cásper Líbero, onde estou terminando o curso de jornalismo. O aluno de Rádio e TV Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto por um assaltante na frente do prédio onde morava, na noite da terça-feira (9). O crime chocou não só pela banalização da vida – Victor Hugo entregou o celular ao criminoso e não reagiu –, mas também pela constatação de que a tragédia poderia ter acontecido com qualquer outro estudante da faculdade.

Esse novo capítulo da violência diária em São Paulo ganhou atenção especial da mídia por um detalhe: o criminoso estava a três dias de completar 18 anos. Ou seja, cometeu o latrocínio (roubo seguido de morte) enquanto adolescente e foi encaminhado à Fundação Casa.

Óbvio que a primeira reação é de indignação; acho válida toda a revolta da população, em especial da família do garoto, mas não podemos deixar que a emoção nos leve a atitudes irresponsáveis. Sempre que um adolescente se envolve em um crime bárbaro, boa parte da população levanta a voz para exigir a redução da maioridade penal. Alguns vão adiante e chegam a questionar se não seria hora do Estado se igualar ao criminoso e implantar a pena de morte no país. Foi o que fez de forma inconsequente o filósofo Renato Janine Ribeiro, em artigo na Folha de S. Paulo, por ocasião do assassinato brutal do menino João Hélio em 2007.

Além de obviamente não termos mais espaço para a Lei de Talião no século XXI, legislar com base na emoção nada mais atende do que a um sentimento de vingança. Não resolve (nem ameniza) o problema da violência urbana.

Clique no link abaixo para ler o artigo completo.

ARTIGO REVISTA FORUM

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Papa Francisco e a despaganização do papado - Leonardo Boff



         As inovações nos hábitos e nos discursos do Papa Francisco, abriram aguda crise nos araiais dos conservadores que seguiam estritamente as diretrizes dos dois papas anteriores. Intolerável para eles foi o fato de ter recebido em audiência privada um dos inauguradores da “condenada” Teologia da Libertação, o peruano Gustavo Gutiérrez. Se sentem aturdidos com a sinceridade do Papa ao reconhecer erros na Igreja e em si mesmo, ao denunciar o carreirismo de muitos prelados, chamando até de “lepra” ao espírito cortesão e adulador de muitos em poder, os assim chamados  “vaticanocêntricos”. O que realmente os escandaliza é  a inversão que fez ao colocar em primeiro lugar, o amor, a misericórida, a ternura, o diálogo com a modernidade e a tolerância para com as pessoas mesmo divorciadas, homoafetivas e  não-crentes e só a seguir as  doutrinas e disciplinas eclesiásticas.

Já se fazem ouvir vozes dos mais radicais que pedem, para o “bem da Igreja”(a deles obviamente) orações nesse teor:”Senhor, ilumine-o ou elimine-o”. A eliminação de papas incômodos não é raridade na longa história do papado. Houve uma época entre os anos 900 e 1000, chamada de a “idade pornocrática” do papado na qual quase todos os papas foram envenenados ou assassinados. 

         As críticas mais frequentes que circulam nas redes sociais destes grupos, historicamente velhistas e atrasados, vão na linha de acusar o atual Papa de estar desacralizando a figura do papado até banalizando-o e secularizando-o. Na verdade, são ignorantes da história, reféns de uma tradição secular que pouco tem a ver com o Jesus histórico e com o estilo de vida dos Apóstolos.  Mas tem tudo a ver com a lenta paganização e mundanização da Igreja no estilo dos imperadores romanos pagãos e dos príncipes renascentistas, muitos deles cardeais.

         As portas para este processo foram abertas já com o imperador Constantino (274-337) que reconheceu o cristianismo e com Teodósio (379-395) que o oficializou como a única religião permitida no Império. Com a decadência do sistema imperial criaram-se as condições para que os bispos, especialmente, o de Roma, assumissem funções de ordem e de mando. Isso ocorreu de forma clara com o Papa Leão I, o Grande (440-461), feito prefeito de Roma, para enfrentar a invasão dos hunos. Foi o primeiro a usar o nome de Papa, antes reservado só aos Imperadores. Ganhou mais força com o Papa Gregório, o Grande (540-604), também proclamado prefeito de Roma, culminando mais tarde com Gregório VII (1021-1085) que se arrogou o absoluto poder no campo  religioso e no secular: talvez a maior revolução no campo da eclesiologia.

         Os atuais hábitos imperiais, principescos e cortesãos da Hierarquia, dos Cardeiais e dos Papas se remetem especialmente a Papa Silvestre (334-335). No seu tempo se criou uma falsificação, chamada de “Doação de Constantino”, com o objetivo de fortalecer o poder papal. Segundo ela, o Imperador Constantino teria doado ao Papa a cidade de Roma e a parte ocidental do Império. Incluida nessa “doação”, desmascarada como falsa pelo Cardeal Nicalou de Cusa (1400-1460) estava o uso das insígnias e da indumentária imperial (a púrpura), o título de Papa, o báculo dourado, a cobertura dos ombros toda revestida de arminho e orlada com seda, a formação da corte e a residência em palácios.

         Aqui está a origem dos atuais hábitos principescos e cortesãos da Cúria romana,  da Hierarquia eclesiástica, dos Cardeais e especialmente do Papa. Sua origem é o estilo pagão dos imperadores romanos e a suntuosidade dos príncipes renascentistas. Houve, pois, um processo de paganização e de mundanização da igreja como instituição hierárquica.

         Os que querem a volta à tradição ritual que cerca a figura do Papa sequer tem consciência deste processo historicamente datado. Insistem na volta de algo que não passa pelo crivo dos valores evangélicos e da prática de Jesus.

         Que está fazendo o Papa Francisco? Está restituindo ao papado e à toda a Hierarquia seu estilo verdadeiro, ligado à Tradição de Jesus e dos Apóstolos. Na realidade está voltando à tradição mais antiga, operando uma despaganização do papado dentro do espírito evangélico, vivido tão emblematicamente por seu inspirador São Francisco de Assis.

         A autêntica Tradição está no lado do Papa Francisco. Os tradiionalistas são apenas tradicionalistas e  não tradicionais. Estão mais próximos do palácio de Herodes e de César Augusto do que da gruta de Belém e da casa doartesão de Nazaré. Contra eles está a prática de Jesus e  suas palavras sobre o despojamento, a simplicidade, a humildade e o poder como serviço e não como fazem os príncipes pagãos e “os grandes que subjugam e dominam: convosco não deve ser assim; o maior seja como o menor e quem manda, como quem serve”(Lc 22, 26).

O Papa Francisco fala a partir desta originária e mais  antiga Tradição, a de Jesus e dos Apóstolos. Por isso desestabiliza os conservadores que ficaram sem argumentos.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

ONU discute governança da juventude, em Nova York


O evento acontece nesta segunda-feira com objetivo de construir diretrizes para criação das políticas públicas, com foco no desenvolvimento do Fórum Permanente da Juventude

Goiás, 4 de outubro - A Organização das Nações Unidas (ONU) realiza na manhã desta segunda-feira, 7, um painel que aborda o tema Juventude e Participação, em Nova York. O Brasil será representado pela secretária da pasta, Severine Macedo, juntamente com deputado estadual goiano Karlos Cabral (PT), convidado pela Presidência da República por intermédio da Secretaria Nacional de Juventude.
No cenário internacional será discutido uma nova governança global sobre a juventude, com a gestão de políticas públicas em todos os âmbitos: regional, nacional e global; nova prática de participação social iniciada com a juventude, e principalmente, com a criação do Fórum Permanente de Juventude.
De acordo com Severine Macedo, o Brasil “busca destacar a importância da juventude como sujeito e direitos e ator presente na elaboração de políticas públicas, por isso a importância de construção de instrumentos de participação social, especialmente, o Fórum Permanente de Juventude”.
“O Brasil avançou nos últimos anos, com o trabalho realizado pelo governo da presidente Dilma, conquistando espaço para discutir os processos internacionais relacionados à juventude. Estou certo de que podemos contribuir muito com nossa participação e na construção de diretrizes para criação das políticas públicas”, afirma o deputado Karlos Cabral.


Simonny Santos
Assessora de comunicação

Maria Rita Kehl e Davi Kopenawa: Não quero mais morrer outra vez


Em agosto deste ano, visitei pela Comissão da Verdade uma aldeia ianomâmi, para investigar as violações sofridas pelos indígenas durante a abertura da estrada Perimetral Norte, a partir de 1974.
Ao final do testemunho de quatro anciãos, Davi Kopenawa, um dos mais influentes pajés da aldeia, concedeu o depoimento que se segue.
Os ianomâmis e irmãos indígenas irão a Brasília no dia 2 para protestar contra a proposta de emenda constitucional 215, que retira do Executivo o poder de demarcar terras indígenas, em favor dos congressistas.
"Eu não sabia que existia governo. Veio chegando de longe até nossa terra: são pensamentos diferentes de nós. Pensamentos de tirar mercadoria da terra: ouro, diamantes, cassiterita, madeira, pedras preciosas. Matam árvores, destroem a terra mãe, como o povo indígena fala. Ela é que cuida de nós. Ela nasceu, a natureza grande, para a gente usar.
Eu não sabia que o governo ia fazer estradas aqui. Autoridade não avisou antes de destruir nosso meio ambiente, antes de matar nosso povo. Não só os ianomâmi: o povo do Brasil. A estrada é um caminho de invasores, de garimpo, de agricultores, de pescadores. Tiram 'biopirataria' sem avisar nós. Estradas que o governo construiu começaram lá em Belém, depois Amapá, Manaus, Boa Vista. Mataram nossos parentes waimiri-atroari. É trabalho ilegal. O branco usa palavra ilegal.
A Funai, que era pra nos proteger, não nos ajudou nem avisou dos perigos. Hoje estamos reclamando. Só agora está acontecendo, em 2013, que vocês vieram aqui pedir pra gente contar a história. Quero dizer: eu não quero mais morrer outra vez.
O governo local e nacional, deputados, senadores, governadores, todos têm que pensar como o governo vai nos proteger e não deixar mais destruir matas e rios e fazer sofrer os ianomâmis e outros parentes, junto com a floresta. O ambiente sofre também, junto com o índio.
Minha ideia: eu ando no meu país, o Brasil. Sou filho da Amazônia brasileira, conto para quem não sabe o sofrimento do meu povo. Não queremos que a autoridade deixe estragar outra vez. Se o governo quer fazer estrada na terra ianomâmi, tem que entrar e conversar com nós, junto com o Ibama. O governo Dilma está aprontando para estragar outra vez. Nosso povo não quer.
A autoridade tem que respeitar a Constituinte que o governo passado criou. O que fala a OIT, no papel, não pode mudar, não. Tem que ser respeitado.
Querem mudar o artigo 231. O projeto [de lei complementar] 227 vai permitir matar nós, não vai mais deixar demarcar terras de nossos parentes. O governo tem que completar o trabalho e demarcar as terras dos povos que ainda estão lutando. Demarcar as terras de quem ainda falta demarcar.

Hoje em dia, nós, lideranças, sabemos reclamar! Também precisa falar com outros governos do mundo que mandam estrangeiros virem destruir a natureza de nosso país. Não queremos aprovação de projetos de mineração no Congresso. Vamos passar fome quando não tiver mais árvores, peixes, água limpa. Belo Monte é morte, não é uma palavra bonita. Vai matar árvores, rios, índios, vida da terra.
Os brancos pensam que a floresta foi posta em cima do chão sem nenhum motivo. Pensam que a floresta é uma coisa morta. Isso não é verdade. Ela só fica lá, quieta no chão, porque os espíritos dos xapiripe tomam conta dos seres maléficos e seguram a raiva dos seres da tempestade. Sem a floresta, não teria água na terra. As árvores da floresta são boas porque estão vivas, só morrem quando são cortadas. Mas daí elas nascem de novo. É assim. Nossa floresta é viva, e se os brancos acabarem com nosso povo e com as matas, eles não vão saber orar em nosso lugar, vão ficar pobres e acabar sofrendo de fome e sede.
Queremos que nossos filhos e netos possam crescer achando nela seus alimentos. Nossos antepassados foram cuidadosos com ela, por isso está até hoje com boa saúde. Foi o governo que tirou nossa floresta, nossos rios e a vida dos irmãos. Tem que pagar indenização. Porque nossa vida vale mais do que ouro."
MARIA RITA KEHL, 61, psicanalista, é integrante da Comissão Nacional da Verdade
DAVI KOPENAWA, 57, é pajé da aldeia ianomâmi Watoriki. Recebeu o prêmio Global 500 da ONU

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Convite para a Trilha de Formação de coordenação e assessoria - VIRTUAL


O Centro de Juventude Cajueiro convida você para participar de uma formação para assessoria e coordenação de pastorais de juventude e organizações juvenis que estão no serviço de evangelização da juventude.

A formação terá como tema central o Marco Referencial da Pastoral da Juventude do Continente Latino Americano, publicado em outubro de 2012, em espanhol. O texto base da formação será a síntese organizada por Hilário Dick, SJ.

ESQUEMA DO PROJETO CAMINHO DE ESPERANÇA - TRILHA DE FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS JOVENS E ADULTAS

O livro Civilização do Amor são as orientações para o trabalho com a Pastoral da Juventude no Continente e está organizado em Marco da Realidade, Marco Histórico, Marco Doutrinal, Marco Operativo, Marco Celebrativo.


O último módulo será dedicado somente para as pessoas que irão facilitar o curso para lideranças juvenis no próximo ano.

O curso é gratuito para os participantes que estiverem nos serviços de assessoria e coordenação, nos âmbitos – (nacional, regional, diocesano) ou de uma pastoral ou congregação.  O curso não é para iniciantes. Não é para coordenação de grupo ou paroquial.  O curso para lideranças juvenis será no início de 2014.

O curso é um esforço de vários grupos e instituições  parceiras do projeto, dentre elas a PJ Nacional e a Seção de Juventude do CELAM. Teremos como facilitadores/as, a equipe de atualização do livro Civilização do amor – Projeto e Missão. Padre Hilário Dick, Carmem  Lucia Teixeira, Dalba Izos Madrid, Padre Augusto Rios Rocha e outros assessores/as do processo. E para cada módulo terá um/a facilitador/a específico do tema.

O Curso será espaço para um debate sobre o tema da Evangelização da Juventude no Continente. Teremos turma em língua portuguesa e outra em língua espanhola.

As inscrições serão até o dia 10  de outubro, pelo http://cajueiro.org.br/curso/

AJUDE A DIVULGAR NO FACEBOOK

O curso inicia no dia 15 de outubro.  Teremos  fóruns que exigirá no mínimo uma participação da pessoa que se inscreveu para participar do curso.

As pessoas e instituições que desejarem contribuir  financeiramente e de modo voluntário, com o Projeto Caminho de Esperança – Formação de lideranças virtual (adultas e jovens),  pode enviar uma mensagem para soucajueiro@gmail.com que lhe indicaremos os caminhos.


Pela equipe de coordenação do Projeto Caminho de Esperança, abraços.  Carmem Lucia  Teixeira, Goiânia, 16 de setembro de 2013.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Quem são os/as jovens? entrevista com Alex Piero


A entrevista com Alex Piero realizada pela PJM sobre a realidade da juventude. Ele oferece alguns conceitos sobre os/as jovens que contribui para olhar a realidade.

Quem são os jovens? Como nós olhamos para a juventude?

O Marco da realidade do livro Civilização do Amor deseja pisar neste chão. Por isto, a entrevista com o Alex nos provoca a olharmos a realidade de nosso país ou de nossa região.


Podemos nos perguntar por outros aspectos da realidade necessitamos buscar para que nossa prática esteja atenta a vida dos/as jovens?


O vídeo está com legenda em espanhol, organizada pelo SPES - Instituto de Pastoral da Juventude da Venezuela.

Neste link, você assiste a entrevista.


JUVENTUDE - CONCEITO - ENTREVISTA COM ALEX PIERO