Falar do Cajueiro (árvore estrondosa ou pequena) é
falar do chão que cultivamos e das sementes que existem, não só
em dois anos, mas em décadas, pois falar do Cajueiro é também
falar de nomes: Carmem, Lourival, Vanildes, Berg, João, Rezende,
Alessandra, Kely, e muitos/as outros/as. Perdão por não citar
todos/as.
A primeira lembrança que vem em minha mente foi de
uma gravidez, cheia de conflitos, para não dizer perigos e dores.
Lembro que Eu (Emanuel), Ir. Elsie, Elayne, Edney e Evaldiney nos
reunimos para sonhar/planejar/preparar a primeira Escola de
Educadores e Educadoras de Adolescentes e Jovens do Regional Norte 1
(Amazonas- Roraima-Manaus), com a presença de Carmem Lúcia
Teixeira, que estava passando por Manaus.
Não titubeamos,
pois queríamos os companheiros/as de caminhada conosco (Carmem,
Lourival, Vanildes...). Queríamos que eles/as ficassem conosco e
percebessem como são importantes para nós. Queríamos fazer a
experiência da Escola.
E...Raspamos o fundo da panela, com
uma ajuda aqui, outra ali, sem nenhum tostão no bolso, fazendo a
tão falada “vaquinha”. conseguimos com o apoio da Arquidiocese
de Manaus e do Regional trazer pra junto da gente Lourival, Vanildes
e João Paulo.
Conseguimos formar uma turma de cerca de
trinta pessoas para realizarmos a Escola de Educadores/as. Cada um/a
contribuiu com o que pôde. E a Escola ocorreu em fevereiro de 2013.
Foi uma experiência maravilhosa, onde todos/as, sem exceção,
sentiram o amor, o carinho e a exigência da Equipe do Cajueiro
(ainda nem tinha esse nome, mas já tinha a ação, como uma criança
que ainda não nasceu, mas já era uma pessoa de muito valor).
As
Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo abriram sua casa pra gente e
na Escola de Educadores/as dançamos, cantamos, rezamos, discutimos
coisas sérias e fortes, também gargalhamos e construímos em 8
dias uma rica experiência de Deus. Com muito companheirismo,
solidariedade, amor e fraternidade. Tivemos a sorte de
experimentarmos o Cajueiro antes mesmo dele ter esse nome.
E
o que aconteceu depois? A experiência está dando muitos frutos. Só
em Manaus já tivemos duas escolas e outra está sendo gestada esse
ano. Muito do que temos hoje foi e é com a ajuda do
Cajueiro.
Ficamos imensamente felizes de saber que a criança
nasceu (linda de viver), ganhou um nome (Cajueiro), uma identidade
própria e está crescendo em tamanho e graça diante de Deus e da
gente. Essa criança é tão atraente que faz juntas pessoas de
vários lugares do Brasil, da América Latina e da África. Eita,
que essa criança é grande!!!!
Nós também temos uma
criança por aqui pelo Amazonas, se chama Rede de Assessores/as e
Cuidantes das Juventudes, ou simplesmente RACJ. Sabe, a gente é
amigo/a de infância. Curiosamente a Rede tem identidade feminina,
todo mundo chama “a Rede de Assessores/as” e o Cajueiro é
chamado no masculino. Somos meio namoradinhos de infância (mais
amizade que namoro). Mas acabamos sendo do mesmo gênero (masculino
e feminino) e a somos amigo/as e namoraríamos de qualquer
jeito.
Ficamos muito felizes em sermos convidados para fazer
parte de duas atividade virtuais: Na trilha do Grupos de Jovens e
Civilização do Amor. Emanuel e Jeferson contribuíram como
facilitadores de uma turma e Ronaldo e Valdiza de outra. E a
amizade/namoro se fortalece a cada dia.
Justiça seja feita,
Carmem nos deixa atualizados em tudo o que ocorre, nos chama pra
caminhar juntos e o Cajueiro nos presenteia com esse bonito espaço
de partilha. Sambamos na cara do neoliberalismo e provamos que é
possível viver/trabalhar para a Construção da Civilização do
Amor. Juntos somos fortes... E que venham mais Escolas de
Educadores, Encontros de amizade, Cursos Virtuais. Temos sede de
Amor, de partilha e de justiça.
Felicidades Mil, Cajueiro
lindo/a! Feliz Aniversário! Que esses dois anos se multipliquem por
Mil.
Com carinho!!!
Emanuel Costa – Rede de
Assessores/as e Cuidantes das Juventudes!!!!