sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Edital de Convocação de Assembleia Geral anual do Cajueiro





EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE
ASSEMBLEIA GERAL ANUAL

                        O Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude - CAJUEIRO, inscrito no CNPJ: 18.276.229/0001-19, com sede nesta cidade, na Rua 83, nº 361, Bairro Setor Sul, através de sua Diretoria, devidamente representada por sua Presidente Arilene Martins de Souza CONVOCA através do presente edital, todos/as os/as associados e associadas do CAJUEIRO, para Assembleia Geral Anual, que será realizada na Chácara Cerrado , município de Nerópolis, nos dias 3 e 4 de março de 2018, com início às 9h do dia 3 e término às 17h do dia 04 de março do corrente ano.
Com os seguintes pontos de pauta

1.             Apresentação e aprovação dos Projetos para 2018;
2.             Construção de calendário dos Projetos aprovados;
3.             Prestação e aprovação de contas financeira;
4.             Apresentação e Aprovação de Novos Associados.
5.             Demissão de Associados

A Assembleia Geral instalar-se-á em primeira convocação às 09:00 horas, com a presença da maioria dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número, meia hora depois, não exigindo a lei quórum especial (art. do Estatuto do Cajueiro).

Goiânia GO, 02 de fevereiro de 2018.

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Arilene Martins de Souza
Presidente

Marcelo Barros, monge dá testemunho do compromisso de Pedro Casadáliga em seus 90 anos.

Marcelo Barros, um irmão do caminho faz um testemunho, publica no seu facebook. Nós publicamos aqui, com gratidão ao Marcelo e ao Pedro Casaldáliga pelas vidas doadas.


Muito obrigado, Pedro! (Pedro Casaldáliga)


Hoje, você completa 90 anos. O corpo está fragilizado e muito limitado pelos ataques do mal que você, franciscanamente, chama de “irmão Parkinson”. A mente, como sempre lúcida, continua o seu profetismo.

Agradeço a Deus pelo fato que, desde a metade dos anos 70, o tenho como mestre. Desde que, junto com os irmãos Pedro e Filipe, cheguei como monge, em Goiás (1977), nos tornamos companheiros de caminhada na Pastoral da Terra, no amor aos índios e na luta para tornar a Igreja mais evangélica e libertadora. Os nossos contatos se intensificaram pelo fato de que, naqueles anos, várias vezes, você e a equipe da prelazia me convidaram para participar de assembleias, encontros bíblicos e penso que preguei dois ou três retiros anuais para os agentes de pastoral . Eu que ia para ajudar acabava sendo muito mais formado por vocês. Além disso, estávamos juntos na coordenação nacional da CPT e na assessoria do CIMI.

 Quantas vezes, viajamos juntos de ônibus de Goiânia a Salvador e ao interior de Minas. Não esqueço o seu malabarismo para ir como pobre de Goiânia a São Félix. Às vezes, tomava o ônibus noturno para São Miguel do Araguaia e lá o aviãozinho de linha que o levava a São Félix.
Uma vez, no começo dos anos 90, chovia muito. Você vinha de uma assembleia dos bispos da região. Tinha sido uma assembleia tão tensa e tinha lhe deixado tão triste e abatido que lhe atacou uma febre e mal estar. No meio da noite, no ônibus, você se sentiu mal e pediu ao motorista para dar uma parada e desceu. O motorista achou que você ficaria lá e foi se embora com o ônibus e sua mala. Você ficou sozinho e, sem mala, nem dinheiro, às duas da madrugada, no meio da chuva e do nada de um ponto qualquer do Cerrado. Eram duas da madrugada e você andou na chuva e no frio (com febre) até encontrar um casebre onde um casal de lavradores o acolheu, lhe deu roupa enxuta e ali você passou o resto da noite. De manhã cedo, acorda com eles dois escutando o rádio e lhe ouvindo falar a palavra do evangelho. E o homem lhe explica: “Diariamente, pela manhã, só vou para o trabalho depois de ouvir a palavra do nosso bispo”. E você hesita em lhes dizer que aquele bispo era você. Lá em São Félix, eu e todos lhe esperando sem saber o que tinha acontecido e você só chegou no avião seguinte (24 horas depois).

Já nos anos 90, estávamos juntos em Luciara, nas margens do Araguaia. Você tinha insistido em que eu fosse falar sobre a água e a defesa do rio. Estávamos hospedados no mesmo quarto da casa do diácono. Á tarde, chegam duas senhoras e contam que os maridos tinham recebido dinheiro de um latifundiário e vinham armados para, naquela noite, matar você. Você se negou a interromper o encontro. Com muita insistência, aceitou regressar a São Félix no dia seguinte de madrugada, de barco pelo rio e não pela estrada. À noite, naquele quarto, nós dois, mediados por uma janela de madeira que bastava um chute e a janela caía. Lá fora, homens da comunidade se revezavam. Mas, enquanto você dormiu toda a noite, eu passei a noite inteira ouvindo ruídos do outro lado da janela. Hoje, tenho vergonha do meu medo.... E de como você dormia tranquilo... .


Mas, esse meu testemunho é para falar de você e não de mim. Poucos bispos que conheci atravessaram o túnel dos tempos de João Paulo II e Ratzinger, fieis a aquilo que acreditavam e com a coragem de ser testemunhas do reino, mesmo quando a hierarquia não era. Nos meados dos anos 80, quanto bem você fez, em sua missão pela Nicarágua sandinista, por El Salvador, pela América Central e ainda Cuba... Quanta dor em ver que o próprio papa não o apoiava. Alguns bispos locais pressionavam o Vaticano. E o Cardeal Sodano, secretário de Estado, o ameaçava e exigia, em nome do papa que você abandonasse aquela missão. Na ocasião, você confessava aos mais próximos: “Obedeço quando é para cumprir o evangelho, mas não quando é para me descumpri-lo e falhar com os irmãos que sofrem. Nesse caso, serei obrigado a renunciar ao ministério de bispo, mas continuarei junto deles”.

Como resumir tudo o que os Xavantes, Tapirapés e Karajás da ilha lhe devem na defesa de suas terras e suas culturas? Obrigado por ter aprendido de você esse amor reverencial que até hoje me comove, quando encontro um índio e, nele ou nela, posso adorar a figura de Jesus, meu mestre e Senhor. Você sempre uniu a sua profunda fé orante e a certeza de que não há caminho de justiça e paz dentro dos padrões do Capitalismo e nessa farsa de Democracia que ainda temos. Sempre deu apoio total e profundo à nossa investigação teológica (da ASETT) sobre o Pluralismo Religioso e os muitos nomes de Deus.

Quantas coisas eu e tantos/as cristãos/ãs lhe devemos nesse caminho de uma espiritualidade social e política libertadora? Só podemos agradecer lhe confirmando hoje que vamos sim nos manter firmes no caminho, vamos sim, mesmo conscientes de nossa pobreza, continuar a sua profecia nesse mundo e, mesmo sem ter sua veia poética e sua profunda inteligência espiritual, vamos lutar para permaneça sempre viva a sua chama mística e revolucionária que faz com que qualquer pessoa que o veja, sinta em você, como que exalando de sua pele, a presença viva do Espírito de Ternura que o inspira e o move.

Muito obrigado, PEDRO CASALDÁLIGA, profeta da ternura revolucionária...
Abençoe o grupo da Partilha, grupo leigo, fundado por Dom Helder que, amanhã, celebrará comigo essa memória, em agradecimento a Deus pela sua vida. Abençoe também esse seu irmão Marcelo Barros

Ana Carolina jovem aprovada em direito e administração estudou no projeto da TrilhaUni

Meu nome e Ana Carolina Oliveira de Jesus, tenho 19 anos, e tenho 4 irmãos.

Sou filha de Damiana Maria de Oliveira  e Waldemiro Rosa de Jesus;

Nasci em Goiânia e moro atualmente na Cidade de Senador Canedo. Estudei desde o primeiro ano, em escolas públicas.

O projeto Na Trilha da Universidade #TrilhaUni  me ajudou bastante no Enem, ampliou meu modo de pensar, agradeço a todos/as os/as professores/as que deram o melhor  para contribuir em minha formação e dos outros jovens do TrilhaUni.

Hoje realizei meu sonho de estar em uma universidade, passei primeiro para Direito na Faculdade Padrão e depois para Administração de Empresa na Faculdade Estácio de Sá, e fiz a opção de primeiramente fazer o curso de Administração e depois fazer direito.




terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Gabriela do projeto TrilhaUni é aprovada em Ciências da Computação o IFG



"Meu nome é Gabriela Marques Lima, tenho 19 anos e sempre estudei em escola pública.  Quando criança estudei na Escola Municipal Mundo Mágico, eu e minha família moramos no interior de Goiás.

As coisas nunca foram fáceis,  por isso minha mãe, Regina, sempre batalhou para criar eu e meu irmão, Rodrigo, que também sempre estudou em escola pública e se formou na UEG em Zootecnia, tenho ele como inspiração para estudar e ir atrás dos meus sonhos. Minha família sempre me incentivou a estudar.

 Gosto de ler, ouvir música, mexer no computador. Penso que nunca podemos deixar a nossa mente parada, sempre procurar em expandir o nosso conhecimento. Somos livres para seguir o caminho que desejarmos e ninguém tem o direito de impedir.

 Gosto de ser quem eu sou, ter opinião própria, o bom é ser louco e diferente deixa os sem coragens para esse mundo padronizado e caótico.

 Fiz o TrilhaUni 2017, saia da minha cidade 16:00 horas, em um ônibus próprio da prefeitura que leva as pessoas que estudam em Goiânia. Chegava em casa as 00:00 horas.

 O TrilhaUni foi ótimo, abriu mais ainda o meu olhar para o mundo. Reformou os meus pensamentos.

Com isso, consegui passar na Ciência da Computação no IFG.
Agradeço à essa oportunidade".

Se você deseja participar do projeto TrilhaUni em 2018, faça a sua inscrição Clique aqui para se inscrever

Este projeto é fruto de um esforço coletivo de uma Rede de pessoas e grupos. Participe e doe para garantir a sua sustentabilidade. Veja no link acima como doar.