sábado, 9 de setembro de 2017

Educação popular e movimentos sociais foi tema do grupo de estudo







APRENDE O MAIS SIMPLES! PRA AQUELES CUJO TEMPO CHEGOU NUNCA É TARDE DEMAIS! (Bertold Brecht)

No dia 03de setembro de 2017 o grupo de Educação Popular do Cajueiro esteve reunido na Caravídeo para participar do encontro com o tema Movimentos Sociais e Educação Popular. O encontro foi assessorado pelo Claudio Maia, professor do Departamento de História e Ciências Sociais e do Mestrado em Direito Agrário, da Faculdade de Direito, ambos cursos da Universidade Federal de Goiás. O encontro foi conduzido pela Ângela Ferreira e Karla Hora.
Às 8h45 iniciou-se o encontro. Nesse momento, camisas e bandeiras de diversos movimentos populares foram estendidas no centro da sala, ao som da música Oração Latina de Glad Azevedo. Em seguida, foi exibido o vídeo A história dos movimentos sociais. Ao final do vídeo, cantou-se a música Para não dizer que não falei de flores, do Geraldo Vandré. Anéis de tucum, símbolo do compromisso com os menos favorecidos, foram distribuídos para os participantes, ao som da música Sonhar Grande. Após a mística inicial, foi dada as boas vindas e informações preliminares aos novos participantes (Afonso , Ana Luiza,  Mad’Ana, Maria Eduarda, Marta, Rogério e Sara,).
Após a apresentação inicial, o Prof. Claudio Maia falou da experiência do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), que propõe e apoia projetos de educação voltados para o desenvolvimento das áreas de reforma agrária. Na UFG, o programa de Educação do Campo, política do MEC e a parceria com o PRONERA, permitiu formar 45 turmas em assentamentos e ocupações do Estado de Goiás. O assessor relatou as grandes dificuldades encontradas na implementação do programa da UFG: resistência interna, burocracias, infraestrutura, alguns participantes e professores sem relação com o campo e o pioneirismo, sem referências anteriores nas quais se espelhar. Somada à isso, a evasão, que exigia da equipe uma atenção especial a cada aluno.
Em seguida, apresentou-se o vídeo A fervura do tacho vem de baixo, executado com os participantes dos cursos, nos quais falavam das dificuldades encontradas na conclusão do Ensino Fundamental e das expectativas que tinham após a conclusão do curso. As experiências relatadas são impressionantes. Por um lado, a experiência da exclusão do ensino formal, em especial das mulheres, devido às suas ocupações com as atividades domésticas e às atitudes machistas dos que as cercavam, que acreditavam que elas não deviam ter acesso à educação. Por outro lado, o encantamento com o Saber e com as possibilidades que surgem em suas vidas a partir do Conhecimento.
Os participantes tiveram algumas falas sobre o vídeo: O saber não formal dos alunos, a partir de suas experiências, que mencionaram teorias marxistas (classes sociais, desvalorização do trabalho, luta social e produção de riqueza), sem lê-lo; a  necessidade do combate ao analfabetismo ser uma política de estado e não de um governo,  registro do projeto Arquitetura da Catástrofe, que consistiu em uma manifestação ao vivo, realizado na UFG, contra o fechamento de 60.000 escolas rurais no Brasil ocorrido  na :UFG
Ao final, a Ana Luiza leu o poema Louvor do Aprender, de Bertold Brecht e Maria Eduarda cantou a música “Que pais é este, do Legião Urbana. Por fim, agradecemos a presença do Cláudio Maia, que foi presenteado com uma camisa do Cajueiro e foi convidado a participar conosco em outros momentos do curso de Educação Popular. 

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