quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Minha primeira assessoria na PJ*






“O que a memória amou, ficou eterno!”
Adélia Prado


Para mim é simbólico iniciar esse texto com a frase tema da comemoração dos 40 anos da PJ. No final de semana de 26 e 27 de julho, estive na Diocese de Chapecó/SC, assessorando a Escola de Formação de Animadores/as de Grupos de Jovens da Região Pastoral de Seara, a qual foi realizada em Nova Teutônia e cujo tema foi: Processo de Formação Grupal e suas Dimensões. Realizei a assessoria pelo CAJUEIRO. 

Foi uma experiência fantástica! Já havia realizado assessoria em diversos grupos, tanto sociais, quanto eclesiais, entretanto foi minha primeira assessoria para um grupo exclusivo de Pastoral da Juventude. Cada assessoria que realizamos é importante, porém essa para mim possui um sabor mais especial, pois além de ser minha primeira assessoria para a PJ em si, é também a primeira, após entrar para a equipe de assessoria da PJ na Arquidiocese de Brasília, o que ocorreu esse ano.

Contudo, o que mais me marcou, não foi a experiência da primeira assessoria, mas sim os/as jovens que estavam participando da Escola de Formação, o compromisso e engajamento deles/as, mas principalmente a acolhida e o cuidado que tiveram comigo. 

Na noite de sábado, um jovem, amigo dos/as que estavam participando da Escola de Formação, teve um baile de formatura, mas mesmo assim os/as jovens ficaram na atividade e saíram somente quando tudo terminou. Eles/as haviam se organizado para ir à festa direto de onde estava sendo realizadas as atividades. No outro dia, pela manhã, estavam todos/as lá e participaram ativamente.

Estava bastante frio naqueles dias e eu até então, não havia experimentado um frio tão intenso, tendo em vista que vivo nas terras quentes do Planalto Central. Desde a chegada no aeroporto, até o retorno, fui muito bem acolhido. O tempo todo me perguntavam se eu estava bem, se não estava sentindo frio e me emprestavam roupas de frio para me aquecer.

Naquele final de semana pude viver a dimensão do cuidado de uma maneira, posso dizer, divina. Não nos conhecíamos, mas mesmo assim, me acolheram muito bem. Cada uma daquelas pessoas, ao meu ver, souberam vivenciar uma das principais virtudes, a da hospitalidade. 

Resolvi partilhar essa experiência, porque como nos diz um trecho do livro dos Atos dos Apóstolos, “não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos” e também porque acredito que é importante ressaltar experiências que nos fazem perceber que a Civilização do Amor, o Reino de Deus, o Outro Mundo Possível, se faz no hoje, nas experiências cotidianas que nos possibilitam sentir e viver o transcendental.   

*Por Jardel Santana, graduando em psicologia e assessor da Pastoral da Juventude na Arquidiocese de Brasília.

Um comentário:

  1. Jardel querido amigo.. que relato sensível e especial. Parabéns pelas percepções feitas e agora partilhadas. Espero que você continue aceitando muitas outras assessorias que terão por vir. Abraços

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