domingo, 14 de junho de 2020

Fazer memória do Pe. Gisley para nos comprometer com o essencial: a vida da juventude



No dia 15 de junho fazemos memória do martírio, da doação do Pe. Gisley de Azevedo
 Gomes, CSS. Goiano de Morrinhos, Gisley  se colocou na escola do discipulado
 de Jesus.  E seguindo os passos Dele, fez-se padre estigmatino. E nos caminhos 
da vida  descobriu a paixão pela juventude. Paixão que totalizou sua vida e o levou
 à entrega máxima. Como o profeta Jeremias, Gisley poderia dizer: “Tu me 
seduziste, Senhor; e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7). No caso de Gisley essa
 paixão pelo Senhor, fez-se paixão pela juventude.
Nesses tempos de pandemia, muitas perguntas são feitas à toda humanidade. 
Uma delas é sobre aquilo que é essencial na vida. Essa mesma pergunta era 
formulada pelo Gisley quando ele se dirigia à PJ e outras expressões juvenis
 indagando sobre como nossos processos priorizam a vida das juventudes.
O que é essencial à vida da juventude? Com certeza essa é uma questão que a
 memória do Gisley deve colocar-nos. O que é essencial em nossos processos 
pastorais? Como nossos processos pastorais nos ajudam a priorizar o que é central? 
Essas perguntas não podem ser mera formalidade ainda mais em tempos de pandemia.
A pandemia também nos coloca muito inquietos, agitados. Muitas são as preocupações
 que nos afligem. Preocupações com nossa saúde. Preocupação com aqueles/as que
 amamos. Preocupação com nossas condições de vida. É fato que o cenário nacional 
e mundial é cheio de incertezas. Mas, o Senhor que não nos abandona volta seu olhar
 amoroso para nós e recorda que “Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas.
 No entanto, uma só é necessária” (Lc 10,41-42).
No meio dessas incertezas, precisamos nos indagar pessoal e pastoralmente sobre aquilo
 que é necessário. Mas, vivendo isso e indagando-nos sobre aquilo que é central não 
podemos cair na desilusão de achar-nos sós. O Senhor não nos abandona e repete-nos 
constantemente: “não tenhas medo!” (Mc 5, 36). 
Essa fala amorosa do Senhor para nós, também nos ajuda a lembrar da amorosidade do 
Gisley para com sua família e amigos/as. E ao recordarmos do Gisley filho, primo, 
neto, sobrinho e amigo somos convidados/as a cuidar de nossas relações. É preciso 
que a amorosidade seja marca de todas as relações que tecemos. Recordemos que 
essa amorosidade salva e nos salva. 
Que a memória do Gisley, nesses tempos da pandemia, nos ajude a refletir sobre 
]aquilo que é essencial, necessário no fazer pastoral e na vida pessoal. Gisley não será 
esquecido e seguirá nos convidando para “juntos/as gritar, girar o mundo. Chega de 
violência e o extermínio de jovens!”.
  15 de junho de 2020.


            Luis Duarte Vieira 

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