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terça-feira, 24 de março de 2020

Mensagem da Michelle, Secretária da PJ em homenagem a Dom Oscar Romero, Santo da América


Michelle, secretária da PJ, esteve no encontro das Comunidades Eclesiais de Base, no Equador. E neste dia que celebramos a memórias dos 40 anos do Martírio de Dom Oscar Romero, o Santo da América, nos escreve:
"Neste dia em que recordamos Santo Oscar Romero, acordei sentipensando o XI Encontro Intercontinental de Cebs. Sentipenso a trajetória do sangue nas veias abertas
 da América Latina.
O sangue bombeado pelo coração desse continente percorre por todos os corpos inquietos e inconformados. Corpos que sabem que a "riqueza das potências é a pobreza da 
América Latina". Corpos que olham para as feridas desse chão e se transformam em tecidos de luta, doação-esperança. O sangue latino se movimenta, reconhece a memória e se verbaliza em terra que caminha, que sente, que pensa e que ama.
Senti no correr das veias das Cebs de Nuestra América glóbulos vermelhos: jovens, mulheres e homens, que mesmo em meio à dores de parto revestidas de machismo, exclusão, exploração, pobreza, clericalismo, ditaduras e injustiças, dão à luz à esperanças rebeldes, sustentam a fé e lutam sem deixar -se embrutecer. Essas pessoas anônimas que gastam suas vidas na vida das comunidades, são maestros do amor, têm a coragem profética de beber do cálice, viver e morrer por Ele.
Artesãos do sonho de um mundo Novo. Escrevendo no coração do Deus libertador os nomes de seu povo pobre, excluído, sem terra, sem teto, sem trabalho, sofredor. 
As veias abertas da América Latina bombeiam sangue com gritos de libertação, clamores por justiça, bem-viver, esperança e pão.
E eu ouço a cada batuque que "quem não sabe de amores, não entende de martírio". É pela vida. Só pela vida... Doação!
Viva Santo Santo Oscar Romero! 
Viva as Comunidades Eclesiais de Base da América Latina! 
Viva o povo de Deus!"

*Michelle Gonçalves, Pastoral da Juventude*





Postado por Cajueiro às terça-feira, março 24, 2020 2 comentários:
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Marcadores: Raízes e Compromissos

quarta-feira, 18 de março de 2020

Oficio de Memória da Pascoa de Hilário Dick


O cuidado com a memória do Hilário foi muito delicado por parte dos/as amigos/as. A Pastoral da Juventude sugeriu um roteiro para o Brasil realizar.Houve quem sugeriu acender uma vela para estar em sintonia.

Também teve grupo que precisou de cancelar o Ofício. O tempo mudou no mundo. Estamos vivendo algo semelhante a idade média. Uma peste que precisa de isolamento para que possa vencer e a vida continuar. Estamos em estado de alerta. Penso que Hilário estaria temeroso. Agora na eternidade poderá olhar por tantas pessoas que estão e sentem-se ameaçadas e guardar a vida.

O Cajueiro celebrou sua memória em sua Assembleia dos 7 anos! Na simbologia do povo hebreu um número perfeito. Com certeza seria o tema do seu texto sobre o Cajueiro. Chegamos até aqui, graças a pessoas e grupos, que acreditaram e nos apoiaram. Hilário nunca mediu esforços para nos apoiar, acolher,dialogar, reconhecer todo o nosso esforço. Hilário Dick sofreu muito com a morte da CAJU. Nunca teve medo de dizer do seu assassinato. O Cajueiro fruto da semente que caiu no chão foi para ele fonte de inspiração e não mediu esforços para nos apoiar.

Tivemos vários momentos em que Hilário esteve presente, porém no Curso virtual para Educadores/as jovens e adultos/as - Na Trilha da Civilização do Amor teve muita colaboração: Ele fez a síntese do Livro Civilização do Amor, depois gravou as aulas do Marco de Referência da Pastoral da Juventude Latino Americana, em português e espanhol, com um cuidado e uma delicadeza.

Você tem oportunidade de prestar homenagem ao Hilário,  se ainda não participou deste curso,  precisa fazer para que sua memória possa ser eternizada na formação de pessoas jovens e adultas para o acompanhamento. Visite a página Clica aqui para acessar os cursos e faça a sua inscrição no Curso - escolha o idioma: português ou espanhol.

Celebrar a memória do Hilário é não desanimar nunca de ler, escrever, fazer cursos, especializar-se no tema da juventude, tem o curso da pós juventude oferecido pela Rede Brasileira de Centros e Institutos em Belo Horizonte. E em outros espaços e universidade que tem oferecido esta formação.

Temos uma boa bibliografia do Hilário e outras pessoas que escrevem sobre juventude. O importante é cultivar esta memória de forma proativa.

Recordar - passar outra vez pelo coração - assumir as suas causas pela vida da juventude. Lembrar de cada gesto de Hilário para nos apoiar como pessoa, como Cajueiro, como Pastoral da Juventude e, fazer deste momento um compromisso de construir um mundo melhor.

Carmem Lucia Teixeira


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sexta-feira, 6 de março de 2020

Memória 2 - Nasce o amor e a convivência - Raquel



Hilário, ontem celebramos a tua páscoa. Os meninos insistiram que eu falasse. Luis Duarte principalmente. Recordei da tua lição: celebrar a eucaristia é comer e beber a nossa utopia. Recordei que em nosso primeiro encontro nada convencional, meu amor por ti nasceu. Foi o teu jeito de falar sobre Jesus Cristo que me encantou e, claro, vinculado à evangelização da juventude e o cuidado com os mais pobres. Vivemos 24 anos de uma amizade linda, com misto de paternidade. Foste para mim mestre, profeta e rei. Ao contar para a Flor que você não estava bem de saúde, ela recorda Aquele que nos fez encontrar: mamãe, Jesus mora no nosso coração. O primeiro e o último dia foi com Ele, como sempre tu insistia, com aquele que deu sua vida por amor. Assim como você foi pura doação e causa. Gratidão, meu amigo e irmão de sonhos e lutas. Gratidão pelo pai que sempre foi, respeitando o lugar do Orpheo e da Leda no meu coração. Gratidão por nunca ter desistido desta borboleta... Te amo para o infinito e além. 
 
Postado por Cajueiro às sexta-feira, março 06, 2020 Nenhum comentário:
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Memória 1 – A despedida - Luis Duarte




Amado Hilário Dick,

Já comecei a escrever essas linhas tantas vezes, mas está sofrido demais. Nada que escrevo é suficiente e as palavras fogem de mim. Mas, preciso escrever. Aliás, foi você que me ensinou a escrever. Sei que haverá muitos outros escritos e memórias.

Quero dizer que dói demais. E que desde que soube de sua partida tem doido muito. Sim, eu sei que é Páscoa. Mas, doí e doí muito. Não tenho dúvidas da bonita festa que se fez ai no céu com tua chegada. Todas as juventudes do céu te receberam em vibrante acolhida. Os/as jovens assassinados por esse sistema que mata, os/as jovens negros/as mortos pelo racismo, as jovens mulheres que são vítimas do machismo e feminicídio, os/as jovens indígenas mortos em nome de progresso, os/as jovens LGBTQ+s mortos porque a sociedade ainda não é capaz de amar e todos os/as demais jovens mortos pelas muitas formas de violência te acolheram em um abraço gigantesco. É que estavam agradecendo sua vida doada pelas juventudes dessa Pátria Grande. E junto deles Gisley, Lourival, Julciene, Walderes, Deusdete, Albano, Raimundo, Horácio Penengo, Dom José Mauro, Jesús André Vela e Floris te esperaram em uma bonita acolhida para agradecer a vida doada pelos/as jovens. Eles com certeza se colocaram a escutar memórias que tu tinha pra partilhar. Sei que já sabes mas, quero partilhar algumas memórias desses dois dias de despedida.

Eu recebi a notícia de sua Páscoa no meio da gurizada. Estava em sala de aula. Tremi. Chorei. Janete, Silon Orival me comunicaram. Liguei para Joaquim pra ele falar com Raquel. Liguei pra Carmem e chorei. Chorei com Rezende. Falei com Maicon e Jean. Silon e Janete me escreveram. Chorei ao falar com tanta gente. A notícia de sua páscoa se espalhou e foram chegando, de incontáveis lugares desse Continente, mensagens e manifestações de gratidão por aquilo que tua vida foi, significou e significa na vida de tanta gente. Você nem imagina a quantidade de mensagens que ainda continuar a chegar.

Da escola, Marionei me buscou. Rodrigo me abraçou. Peguei a estrada. Encontrei com a Gabi, e olhando o horizonte falamos de tua vida. E seguimos pra Erechim. De lá, com Jean, Maicon, Rici, Rocheli e Gabi fomos pra São Leopoldo. Na estrada entre choros e partilhas, gratidão e memórias por tua vida.

Ao chegarmos de madrugada no velório, João Francisco esperava. Felipe fazia vigília. E ficamos em silêncio orante e em choro muito tempo sozinhos contigo. À medida que o dia nascia, as pessoas chegavam ali na casa de saúde.  Muitas pessoas iam, choravam, rezavam, bendiziam o bem que você fez.

Às noves rezamos a Eucaristia com a comunidade dos jesuítas idosos e doentes. Eucaristia que tu ia cotidianamente. Igreja pequena pra tanta gente reunida e pra tanto afeto pra você.  Roque chorou. Lúcia e Marli e outras tuas sobrinhas choraram profundamente. E logo, outros/as sobrinhos/as foram chegando. Um padre bem velhinho sempre ia no caixão jogar água benta em você. Sebaldi chorou e sentiu muito. Hugo Bersh ficou o tempo todo contigo. Me impressionou muito o fato de algumas pessoas irem pra se despedir. Por exemplo, uma jovem fez Animadores contigo foi lá agradecer o que sua vida mudou na vida dela. Ela agradeceu, chorou, rezou e seguiu. 

Depois dessa missa partimos pro Santuário para continuar o velório e depois celebrar a Eucaristia. A cada minuto mais gente ia chegando. E nesse momento Quel chegou. Vários irmãos Maristas e alguns lassalistas foram lá se despedir de você. Isso sem falar nas incontáveis gerações de PJs e de várias pessoas da universidade. Você nem faz ideia da quantidade de pessoas. Seus irmãos chegaram. Ilse chegou. Se colocou perto do caixão. Chorou. Com certeza, lembraram das Eucaristias que vocês rezavam quando eram crianças.

A Eucaristia que celebramos antes de plantarmos você na terra foi como você pediu. Quem te enterrou foram os/as jovens e assessores/as. Os/as jovens da PJ do RS motivaram um ofício. Cantaram, leram, proclamaram a Palavra. Cantamos mantras que tu gostava e ouvimos partilhas de vida do teu significado na vida de tanta gente. Foi impressionante. Beto cantou “uma corrente mais forte que o ódio e a morte. Nós sabemos é o amor” pra você. Depois ao cantarmos “Sonhos e Pandorgas” a igreja vibrou. É que na tua missa de despedida havia, seguramente, todas as gerações das Pastorais da Juventude do Rio Grande do Sul.  Foi um grande encontro, cheio de lágrimas por tua partida, mas cheio de memórias e alegrias.  Felipe, teu sobrinho, partilhou da gratidão de ter você em sua família. Uma irmã falou das tuas marcas na vida religiosa. Pati provocou a gente a pensar no que significava o silêncio que fazíamos: seus ensinamentos gritando em nós. Um irmão marista disse publicamente que você mudou a congregação e ensinou-os a amar mais fiel e radicalmente a juventude. Essas memórias deram início à Eucaristia.

Vários padres, jesuítas, religiosos e diocesanos de vários lugares, estavam ali. Foi uma entrada lenta. Odelson, teu companheiro de noviciado caminhava com uma bengala. Ivo Follman veio de SP para se despedir de você. Sei que a presença dele te alegrou muito. Jean, Maicon e Edinho, discípulos teus no amor e acompanhamento aos/às jovens, foram os últimos a entrar. Maicon e Edinho presidiram. Falaram de tua fidelidade e das vezes que você foi incompreendido, como os profetas o são. Falaram de tua marca. De fato, nós comemos e bebemos da utopia.

Silon falou do quanto você incompreendido e de como sua vida deu voz aos pobres. Ele falou da Janete, das demais empregadas e das enfermeiras. Aliás, elas choraram muito ao se despedir de você. Silon falou que você ensinou ele e a nós que precisamos crer na ressurreição e que precisamos encontrar o Cristo nos/as jovens pobres e excluídos/as. Lembrou que os adultos falhamos com os/as jovens.  Lembrou da radicalidade com que você amava os/as jovens.

Raquel, a número um, chorou muito ao longo do dia. Ali na missa ela falou. Lembrou que você os ensinou que celebrar a eucaristia é comer e beber da utopia. Falou de como você ensinou ela a encontrar Jesus e do quanto você acompanhou e amou. Falou da Flor que recordou algo que você nos ensino: o Divino está na gente. Falou de Quim. Falou do jardim.

Eu também falei. Inclusive pedi para cantarmos em gregoriano que “celebrar a eucaristia é comer e beber da nossa utopia”. Falei que o que nos reunia ali e o que permitia tantas manifestações, de tantos países, só podia ser o amor. Falei de sua fidelidade e provoquei que tivéssemos a mesma fidelidade. Você partiu e agora somos nós que precisamos seguir na fidelidade aos/às jovens.

Aldino falou por sua família. Falou da gratidão. Falou de como a família fez menos por você que você pela família. Falou que deu conta do quão bem a sua vida fez no Brasil e na América Latina. Falou de que percebeu o quanto foste incompreendido, mas o quanto sua vida mudou a vida de tanta gente.

Depois dessas partilhas cantamos “Oferenda Jovem” e aí seguimos com o rito da Eucaristia. Ao comungarmos cantamos “Se calarem a voz dos profetas” e carregamos teu caixão cantando “O mesmo rosto”. Hugo Bersh, que presidiu o rito do enterro, foi sensível. Falou de tua estola como sinal de sua identidade e, cumprindo seu desejo, deixou a estola com tua família para memória. Enquanto cantávamos o mesmo rosto nós jovens da PJ carregamos teu caixão e plantamos você na terra. Rezamos, choramos. Pati chorou muito. Todo mundo chorou. Dudu colocou a tua cruz na terra.

As pessoas foram partilhando a vida, tuas memórias, os afetos e abraços. Tua páscoa reuniu muita gente e fez a gente agradecer tua vida. Aprendi contigo que Tudo é graça. De fato, por tua vida resta imensa gratidão. À medida que as pessoas iam embora, ficamos eu e Raquel ali. Contemplamos o lugar em que te plantamos. Fizemos referência. Choramos. E partimos. Contigo, aprendemos a dar sentido pra aquilo que Jesus disse: “e o grão de trigo não cai na terra e não morre, fica sozinho. Mas se morre, produz muito fruto” (Jo 12). Você é semente. Você vive em todos/as nós.

Você foi, mas nós que ficamos, apesar da dor, seguiremos marchando pela vida da juventude e seguiremos fiéis. Ajude-nos a sermos fiéis. Tu me ensinou muito sobre amor e esperança. Tua memória e teu gosto pela memória, me fez um amante da memória. Contigo seguirei crendo que a falta de esperança é heresia. Aliás, lembra quando te falei isso? Contigo aprendi muito do que significa amor. Apesar de doer, seguirei e seguiremos juntos/as. Ajude-nos a sermos fiéis, tal qual você foi. Continue a olhar por nós. Continue a olhar o jardim.

Te amo muito Hilário. Te amamos muito.
Gratidão por ser mestre, pai, avô, inspiração e acompanhante.

Luis Duarte, o pentelho.



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