sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Jornal Popular divulga: Onde é melhor para ser jovem

Vulnerabilidade

Onde é melhor para ser jovem

Índice com diversos fatores que interferem na Juventude aponta Sul do Estado como melhor região
Pedro Palazzo13 de dezembro de 2013 (sexta-feira)
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A Região Sul de Goiás concentra cinco dos dez municípios com melhor Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ). Já as regiões Leste e Norte têm sete das dez piores cidades para pessoas entre 12 e 29 anos. O indicador foi desenvolvido pelo Instituto Mauro Borges (IMB) a pedido da Superintendência da Juventude da Secretaria de Estado de Articulação Institucional e mede sete subindicadores: incidência de gravidez na adolescência, renda, nível de instrução, frequência escolar, inserção precária no mercado de trabalho, atividade de estudo e/ou trabalho e vítimas da violência.
Caçu é o município onde os jovens são menos vulneráveis, de acordo com o estudo. A pesquisadora Juliana Dias Lopes, que participou da elaboração, afirma que o fator economia foi o principal responsável pela colocação. A localidade abriga usina de cana-de-açucar, o que infla os números de emprego e renda entre os jovens. Também é a renda que eleva a capital à segunda posição no ranking dos dez melhores colocados no IVJ.
Por outro lado, Pirenópolis, um dos principais destinos turísticos de Goiás, tem o décimo pior índice entre os 246 municípios do Estado. E é justamente por ser um polo atrativo de pessoas que a cidade está tão mal. “Isso acontece por causa da violência. Quando acontece acidente, por exemplo, o registro é feito lá”, explica Juliana Lopes. São Domingos, no Norte, tem o pior IVJ - por ter as piores renda (R$ 257) e formação escolar para jovens - de Goiás.
O índice foi construído com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e registros de violência feitos pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO). Todos os números são de 2010. Os autores do estudo alertam para “a dificuldade de obtenção de dados relativos à violência”. O subdimensionamento ocorre porque nem sempre um ato criminoso - como furto ou lesão corporal - é registrado.
ANTERIORES
O gerente de Estudos Socioeconômicos e Especiais do IMB, Marcos Fernando Arriel, afirma que estudos anteriores elaborados pelo órgão e por outras entidades já apontavam o rumo. Caçu, por exemplo, é destaque em desenvolvimento humano e econômico. “A renda e a formação da mão de obra são significativas. Quase todos os índices de lá têm melhor desempenho que outros e praticamente não há violência”, afirma o pesquisador.
O superintendente da Juventude da Secretaria de Estado de Articulação Institucional de Goiás, Leonardo Felipe, afirma que o estudo será utilizado no desenvolvimento e aperfeiçoamento de políticas públicas para os jovens goianos.

Jovens em Caçu destacam emprego e dedicação

(Maria José Silva)13 de dezembro de 2013 (sexta-feira)
Fernando Ferreira de Castro mal atingiu a maioridade e já definiu os próximos passos do seu destino. Morador de Caçu, município apontado como o de menor índice de vulnerabilidade juvenil pela pesquisa do Instituto Mauro Borges, ele trabalha durante o dia como gerente de uma empresa de produtos agropecuários localizada na cidade. À noite, faz o curso de Geografia no campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) de Jataí. “Pretendo me formar, ser professor, fazer mestrado na área e ajudar minha família”, pontua. Para alcançar seu sonho, percorre, todos os dias, de ônibus, cerca de 250 quilômetros para ir e voltar de Jataí. Fernando é empregado há mais de um ano na empresa de produtos agropecuários.
A dedicação ao trabalho também faz parte do cotidiano de Jéssica Luíza Sousa Nunes, de 17 anos. Há cerca de um ano e meio ela exerce a função de atendente de caixa em um estabelecimento comercial de Caçu, onde mora. A jovem concluiu o Ensino Médio neste ano, em uma escola da rede pública da cidade e tem convicção de que quer fazer o curso de Psicologia em uma unidade da UFG localizada sem Mineiros ou em Jataí. “Quero me formar e poder dar a minha contribuição à sociedade.”
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Sul de Goiânia tem o melhor índice na região

13 de dezembro de 2013 (sexta-feira)
A região Sul de Goiânia - com destaque para os setores Oeste, Bueno e Marista - tem o melhor Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ) da região metropolitana da capital. Áreas de Trindade, a Região Noroeste da capital e Cidade Livre, em Aparecida de Goiânia, têm o pior desempenho.
A capital e as cidades que a circundam foram divididas em 68 áreas de ponderação, devido aos cenários distintos que podem ser encontrados no local.
Os pesquisadores do Instituto Mauro Borges (IMB) criaram outro índice específico para regiões subdivididas em mais de uma área de ponderação. A fórmula foi aplicada na região da capital e no Entorno do Distrito Federal, que teve áreas de Valparaíso de Goiás entre as melhores e áreas de Águas Lindas entre as piores.
“VÁRIAS GOIÂNIAS”
O superintendente de Juventude da Secretaria de Estado da Articulação Institucional de Goiás, Leonardo Felipe, responsável pela encomenda do estudo, afirma que os resultados são preponderantes para a elaboração de políticas públicas.
“Temos várias Goiânias. A do Setor Bueno não é a mesma da Vila Mutirão”, afirma.
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Educação é destaque entre os melhores

13 de dezembro de 2013 (sexta-feira)
O Índice de Vulnerabilidade Juvenil goiano mostra que a média dos 246 municípios foi 41,12 numa escala de 0 a 100. Quanto mais próximo de zero, melhores são os fatores de relacionados aos jovens. A análise foi divida em cinco grupos, dos menos aos mais vulneráveis. A maior renda média per capita de jovens no grupo melhor qualificado é de R$659,22. A proporção média do número de pessoas de 25 a 29 anos que completaram o ensino fundamental ou etapa superior era, em 2010, de 70,32%. “Constatou-se, neste grupo, a maior proporção de jovens de 15 a 17 anos que frequentam a escola, 85,12%”, revela o estudo.
De acordo com os técnicos, os dados “mostram que este grupo de municípios proporciona a seus jovens as melhores condições de formação e inserção no mercado de trabalho, ou seja, uma baixa vulnerabilidade juvenil.” O grupo 2 tem vulnerabilidade considerada média-baixa.
“Isto ocorre pois, em média, esses municípios possuem uma renda consideravelmente inferior que a renda dos municípios do primeiro grupo. Porém, a queda em outras variáveis como formação e trabalho formal é pequena em relação ao grupo que apresentou os melhores dados no presente estudo.”
Os elaboradores consideram o terceiro grupo de média vulnerabilidade. “Em relação aos quesitos renda, formação escolar e trabalho formal os índices constatados neste grupo se aproximam mais do segundo que do quarto grupo. Já o grupo 4, de vulnerabilidade alta, tem queda dos índices de renda, instrução e trabalho formal em relação ao terceiro grupo. O quinto grupo é composto por “municípios que oferecem uma condição de vulnerabilidade altíssima para seus jovens.” Pesa para isto baixos índices de educação, emprego formal e renda.

Fonte: O Popular.

Um comentário:

  1. Super interessante o Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ) criado pelo Instituto. Porém, acredito que, o Coeficiente de Gini deveria ser um dos índices que compõem o IVJ. A renda está presente no IVJ, entretanto, se há concentração de renda no município, a qualidade de vida fica mascarada. No meu ponto de vista, Renda e IDH jamais podem ser avaliados separadamente do Coeficiente de Gini, pois pode se ter uma interpretação equivocada da realidade.

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