sábado, 17 de agosto de 2013

Fraternidade em campanha com a juventude

Queremos discutir a juventude e a violência, pretendendo refletir sobre juventude e fraternidade, tema da Campanha da Fraternidade de 2013. Fiquei pensando, muitos dias, sobre o que provocaria nosso pensamento a voar e pensar este tema, relacionando Juventude e Fraternidade com violência.
Primeiro, pensei em fraternidade. Fui buscar o significado da palavra. Ela nos fala de relações de irmandade. A palavra encontra-se, também, no primeiro decreto da Declaração dos Direitos Humanos “devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”. Violência é uma palavra que está em oposição à fraternidade e juventude. Quando praticamos a violência estamos deixando de lado a nossa humanidade, ou seja, perdemos a nossa condição de seres com capacidade de irmanar-nos; o outro passa a ser de outra espécie. Não o reconheço como irmão/irmã e, por isto, posso violar seus direitos à vida.

Depois pensei em algo similar, o medo. Mia Couto, um escritor e professor, Africano, nascido em Moçambique, em seu pronunciamento na Conferência de Estoril/2011, afirma que o medo é nosso primeiro educador. Diz que o medo nos aprisiona no que é conhecido, nos convence em ficar preso em nossas fronteiras e impede de conhecer outros mundos, outros pensamentos para além do conhecido. Nem sempre o familiar é seguro. O familiar contém o movimento do estranhamento que gera em nós conflitos e possibilidades de crescer. Este “familiar” também contem ingredientes capazes de nos acomodar. 
Clique no link para ler o texto completo. Se puder, comente no blog, o que você achou do texto. Com que você concorda ou com que discorda?

FRATERNIDADE EM CAMPANHA COM A JUVENTUDE

4 comentários:

  1. Gostei muito do texto. Concordo!! Sou jovem e sinto muita angustia quando vejo o modo como a igreja ainda trabalha. Partindo da experiência aqui da paróquia a opção pelos jovens é inexistente, nem no plano do discurso isso aparece, então no plano da prática dificilmente pode se esperar uma diferença positiva. Vou tentar comentar por partes o texto e minhas ideias.
    Primeiro: Campanha da Fraternidade. Sistematicamente vejo-a muito pouco e/ou mal trabalhada. Sempre e todo ano. Muito comum ainda permanecer apenas nos dias da campanha discussões que na verdade extrapolam a CF e que deveria se tornar pautas não apenas de formação e discussão mas de trabalhos concretos. Porém, não é o que vemos acontecendo, infelizmente.

    Segundo: Sobre a campanha da fraternidade sobre juventude.
    Vi algumas discussões, muitas parecendo envolver mais o aspecto de divulgação e promoção da JMJ do que a reflexão sobre a realidade juvenil, ou seja, uma perda considerável da oportunidade de se aprofundar sobre os dilemas vividos pelos jovens no mundo, na vida cotidiana, inclusive situações que afetam os modos com os quais se relacionam com a igreja e com a fé. Porém, segue sendo assuntos e discussões ignoradas, secundarizadas quando em pautas de discussão.

    Terceiro: Fraternidade e violência
    Gostei demais da reflexão porque ela nos ajuda a desnaturalizar a violência que tantas vezes somos levados a crer como sendo fruto de ações individuais de pessoas más. A violência pode ser pensada como fruto de ações individuais? Acho que sim, porque são nossas práticas que a permitem acontecer e permanecer na sociedade, são práticas cotidianas que promovem violências, porém o que não deveríamos fazer é associar a violência ao caracter e a personalidade das pessoas, pois visto ela é ensina, vivida e aprendida socialmente, culturalmente. Acho que o caminho é desconstruir padrões culturais violentos, desumaninzantes que nos tornam e educam para o medo e para relações de competição, violência e desumanização.

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    1. Gostei muito do modo como organizou seu pensamento por pontos. Ele ajuda ver seu pontos de vistas sobre cada um dos temas.
      Obrigada pela partilha, obrigada pela leitura atenta do texto.

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