" A maior parte dos medos que sofremos, crianças e adultos,
foi fabricada para nos roubar a curiosidade e para matar a vontade de querermos
saber o que existe para além do horizonte”.
Mia Couto
Este vídeo é uma das Conferências do
Estoril (2011), na qual Mia Couto, escritor, professor, biólogo de Moçambique,
reflete sobre o medo. Ele começa afirmando que o medo é um de nossos maiores
mestres. “O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a
natureza é traiçoeira e a humanidade é imprevisível”. Com isso, deixamos de
fazer perguntas.
Ele nos provoca com algumas
perguntas: Por que será a que a indústria de armas nunca está em
crise? Como criar em nós a consciência sobre a devastação silenciosa
provocada pela fome no mundo que mata mais que qualquer guerra? Por estamos em
tempos de guerra não precisamos de prova de coerência e de ética?
A reflexão de Mia Couto nos convida a
refletir sobre a pessoa do/a educador/a para identificarmos os nossos medos
construídos desde nossa infância, que nos impedem de sair dos espaços
conhecidos e conhecer o contexto com novas perguntas para que a nossa ação, que
está marcada pela intencionalidade de “outro mundo possível” com a juventude.
Por isso, é preciso “murar o medo” para sair de nossas fronteiras.
Texto: Carmem Lucia Teixeira
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