ELE NÃO ESTÁ AQUI
( ascensão de Padre Gisley)
Na última vez que fui lá, fui direto. A cruz que grita, naquela subida da estrada, que foi ali que tu voaste para dentro da vida, está lá. Senti necessidade dessa visita reverente. Dias antes, tinha passado na sede da Conferência Nacional dos Bispos onde as pessoas simples se juntam aos milhares de jovens que sentem saudade da tua alegria e, como diz meu amigo Quim, do mistério que já foste no meio de nós e continuas sendo.
Sei que estás acompanhando as coisas da nossa Igreja e da juventude com
vontade grande de ser mais respeitada e menos manipulada. Sei que a
lâmpada de esperança e de luta que alimentavas nas nossas rodas, esta
lâmpada está viva. Aliás, tu já viste teu nome burilado naquela vela
enorme? A vela está tão bonita que parece estar cantando os mantras dos
quais gostavas.
Acho uma pequena besteira, mas depois de vários anos queria pedir-te desculpas. Sabes por quê? É que a edição de Civilização do Amor – Projeto e Missão (ao menos a tradução para o português) não foi dedicada a ti. Mais ainda: pedir-te desculpas porque naquela lista de pessoas que deram a vida pelo povo e também pela juventude, teu nome não consta naquela lista que se conseguiu fazer. Claro que não poderias estar antes de Dom Romero ou de Dom Helder ou de tantos outros, Dons e não Dons, mas no meio daquelas outras figuras lindas, nos esquecemos de pôr o teu nome. Sei que vais rir desse nosso esquecimento, mas sinto necessidade de pedir desculpas. Aliás, como vão Florisvaldo, Albano, Walderes, Lourival e tantos outros e outras que a gente não esquece, mas não se lembra do nome? Diga a eles que continuem mandando suas bênçãos. Sabes que ainda existem os que insistem que a Teologia da Libertação morreu?
Claro que tem aqueles que não sabem se alegrar com a diminuição dos pobres e com a conquista dos direitos dos negros, indígenas e tanta outra coisa, mas tu nos ensinaste que é preciso dar uma por cima, ter esperança. Naquele dia em que fui ver a cruz que mostra onde voaste para a vida alguém muito querido me disse que precisamos esperançar.
Estou vendo que os Arcanjos te estão chamando para o ensaio daquele mantra
que vai ser cantado por todo o universo, sem deixar de lado nenhuma estrela nem planeta.
Vá lá. Um forte abraço.
Teu irmão, P. Hilário Dick
No dia em que voaste para a vida.
Acho uma pequena besteira, mas depois de vários anos queria pedir-te desculpas. Sabes por quê? É que a edição de Civilização do Amor – Projeto e Missão (ao menos a tradução para o português) não foi dedicada a ti. Mais ainda: pedir-te desculpas porque naquela lista de pessoas que deram a vida pelo povo e também pela juventude, teu nome não consta naquela lista que se conseguiu fazer. Claro que não poderias estar antes de Dom Romero ou de Dom Helder ou de tantos outros, Dons e não Dons, mas no meio daquelas outras figuras lindas, nos esquecemos de pôr o teu nome. Sei que vais rir desse nosso esquecimento, mas sinto necessidade de pedir desculpas. Aliás, como vão Florisvaldo, Albano, Walderes, Lourival e tantos outros e outras que a gente não esquece, mas não se lembra do nome? Diga a eles que continuem mandando suas bênçãos. Sabes que ainda existem os que insistem que a Teologia da Libertação morreu?
Claro que tem aqueles que não sabem se alegrar com a diminuição dos pobres e com a conquista dos direitos dos negros, indígenas e tanta outra coisa, mas tu nos ensinaste que é preciso dar uma por cima, ter esperança. Naquele dia em que fui ver a cruz que mostra onde voaste para a vida alguém muito querido me disse que precisamos esperançar.
Estou vendo que os Arcanjos te estão chamando para o ensaio daquele mantra
que vai ser cantado por todo o universo, sem deixar de lado nenhuma estrela nem planeta.
Vá lá. Um forte abraço.
Teu irmão, P. Hilário Dick
No dia em que voaste para a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário