No dia vinte e oito de outubro de dois
mil e dezessete, o grupo de Educação Popular reuniu-se no Cajueiro das 8:30h às
12:00h para abordagem do tema: Direitos Humanos e Educação Popular. Logo após o
café, seguiu-se uma breve apresentação dos presentes. Após, as coordenadoras do
tema pediram que cada um escrevesse o nome de pessoas, grupos, entidades ou
manifestações, a partir da nossa experiência ou lembrança, que contribuíram
para os direitos humanos no nossa região. Em seguida cada um fez um breve
comentário do porquê da escolha.
Feito isso, o Ricardo Barbosa,
palestrante do tema, fez um retrospecto da questão dos direitos humanos a
partir da década de 80 passando pelos diversos governos. Comentou inclusive a
respeito do Plano de Articulação que foi materializado nas Diretrizes Nacionais
em Educação e Direitos Humanos, com as seguintes subdivisões em Educações Popular,
Infantil e Superior e Mídia. Ricardo ressaltou que as universidades estão sendo
obrigadas a responder sobre a implantação de conteúdos de Educação e Direitos
Humanos e Educação e as questões Etno-raciais. Citou alguns documentos que
estão disponíveis sobre o assunto como: a Rede Brasileira de em Direitos
Humanos e para Direitos Humanos (REDHBrasil.net) que é um programa de
capacitação de educadores da rede básica em educação em direitos humanos e o
site DHnet.org.br que é dirigido pro um ex-militante. Neste site estão contidas
muitas informações e boas indicações de leitura.
Falou ainda do momento atual com
a criação de Comitês Estaduais e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa que,
em Goiás, está sob a coordenação do deputado estadual Mauro Rubem. Citou também
o importante papel do secretário de segurança pública de Goiás Ricardo Balestreri.
Continuou a sua fala ressaltando a necessidade da articulação mais forte entre
a Educação e o Direito Humanos que considera ser a única saída para as
alterações de humor do governo e da sociedade civil e que uma atuação forte
pode fazer com que as decisões independam do primeiro. Para isso ele apresentou,
dentre diversos dados do Enem de 2016, que dos 8 milhões de jovens que fizeram
o exame, apenas 70 redações tiveram a nota máxima. Bastante sintomática também
foram as médias de notas de aprendizado em português e matemáticas das redes
particular e pública.
Outros assuntos também pertinentes ao
tema discutido como o crescimento do deputado federal Jair Bolsonaro nas
pesquisas para presidência do país. As pesquisas apontam que o perfil do
eleitor do Bolsonaro é jovem de alta renda, aluno da UFG, o que segundo Ricardo,
“demonstra claramente o fracasso da UFG na formação do seu alunado”. Outra
questão foi a do aluno que assassinou os colegas, dentre eles seu único amigo,
numa escola em Goiânia, sob o pretexto de que sofria bullyng, a Escola sem partido e outras questões correlacionadas.
Por fim, Ricardo falou da necessidade
de se desenvolver uma cultura em Direitos Humanos e a saída para superação dos
fortes entraves que estamos vivendo é a superação da intransigência e o caminho
é o diálogo com os grupos de esquerda já organizados, alinhando os pontos de
convergência.
Tema: Direitos Humanos e Educação Popular
Coordenadores da discussão: Carmem e Márcia Mascarenha
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