UM ASSESSOR
EXEMPLAR DA PASTORAL DA JUVENTUDE
– P.
FLORISVALDO ORL ANDO -
Não me lembrava do dia, só sabia que era na metade de julho.
Consegui confirmar: 16 de julho de 1997. Morria, em Goiânia, mais um mártir da
juventude e do câncer. Ele se chama P. FLORISVALDO ORLANDO.
Conheci-o quando
ele era um padre novo, trabalhando com jovens em São Luiz de Montes Belos, em
1981. Impressionou-me a sua pedagogia e sua vontade de preparar-se melhor no
trabalho da evangelização dos jovens. Foi assessor nacional, indicado pelos
jovens, de 1990 a 1994. Teve que enfrentar um tempo difícil, aceitando a
nomeação dos bispos em 1989, o tempo da transição do mundo apolíneo para o
dionisíaco, tornando-se – no meu parecer - mártir da juventude. O P. Floris (é
assim que todos o chamavam) amadurecia na assessoria do Regional Centro-Oeste
fazendo da Casa da Juventude, em Goiânia, seu lugar de pensar em mutirão os
diversos aspectos da Pastoral da Juventude que marcam esta Pastoral até hoje.
Entre as pessoas com as quais trabalhava destacam-se o P. Albano Trinks S.J.
(falecido m 1994) e Carmem Lúcia Teixeira. Não se entende a Campanha da
Fraternidade da CNBB de 1992 – Juventude
Caminho Aberto – sem o P. Floris.
Foi no tempo do P. Floris que aconteceu, igualmente, o 1º Congresso
Latino-Americano da Pastoral da Juventude, em Cochabamba (Bolívia). Concluída
sua missão de Assessor Nacional (1994), teve que se acostumar com um câncer que
o levou para a Casa do Pai em 16 de julho de 1997.

Quando Floris estava doente, com pavor da quimioterapia, o
Leandro, a Enedina, o Beto e eu nos metemos naquele “Gol” azul do IPJ e nos
mandamos para Goiânia. Dissemos para ele que era uma visita, mas, de fato, era
uma despedida. Nunca viajei tão longe para ajudar a enterrar um companheiro de
luta. O enterro foi em São Luiz de Montes Belos, perto de Iporá. Quem me ajudou
nesta decisão foi a Carmem Lúcia que, quando o P. Albano Trinks estava para
partir para o Pai, em São Leopoldo, ela veio de Goiânia cuidar dele.

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