sábado, 28 de fevereiro de 2015
Uma história escrita por muitas mãos em dois anos - Carmem Lucia Teixeira
A semente do Cajueiro leva no máximo 25 dias para germinar. No prazo de um ano a espécie de cajueiro anão já floresce. É uma árvore própria do Brasil. Está mais presente na região nordeste como cultivo de longa escala, porém é própria de região quente, aqui no centro oeste é nativa.
O Cajueiro que completa dois anos nasceu no cerrado. Terra quente e seca. A árvore faz parte do bioma cerrado. Em alguns lugares produz espécie diferente de tamanho e de cor. Se produz muitos sabores em sorvetes, doces, pratos salgados, doces uma diversidade de preparo.
O Cajueiro que falamos é fruto de uma semente que foi jogada no chão em tempos de chuvas. O cerrado se abastece de água a partir de outubro até o final de março acolheu a semente.
Fazer memória de dois anos é contemplar deste o plantio até os dias de hoje. Retomar o cuidado e a contemplação da semente caída. Quando ela é jogada no chão há muitas dúvidas. Será capaz de germinar? Ela guarda dentro de si esta força capaz de brotar algo novo? O tempo que ela passa em silêncio escondida na terra é marcado por uma espera infinita.
Vivemos este tempo em "Betânia" reconhecendo nossa periferia e, também, os/as amigos/as que se juntam como um grupo de pessoas que se quer bem e que tem uma causa comum: a juventude empobrecida. Tempo de plantar e ficar na espera. Também, tempo de elaborar o luto, chorar o encerramento de um projeto da grandeza e da qualidade que foi a Casa da Juventude em nossas vidas e na vida de tantas pessoas.
Creio que já se percebe as flores e frutos produzidos. Há cuidado de tantas pessoas e grupos que apoiam esta iniciativa! Acreditar no pequeno. Apoiar iniciativas que podem não vingar. Porém, não foi isto que experimentamos neste tempo, vivenciamos a confiança, o apoio, a solidariedade, a partilha... Há tanto esforço que Deus, por misericórdia, não nos deixa só. É muita teimosia.
Celebrar é registrar a memória. Quem quer dizer do Cajueiro? Vamos fazer uma memória coletiva? Esperamos sua contribuição - em texto, poesia, música, imagens, depoimentos gravados...
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Um Amor de dois anos, que pode ser multiplicado por mil!
ResponderExcluirFalar do Cajueiro (árvore estrondosa ou pequena) é falar do chão que cultivamos e das sementes que existem, não só em dois anos, mas em décadas, pois falar do Cajueiro é também falar de nomes: Carmem, Lourival, Vanildes, Berg, João, Rezende, Alessandra, Kely, e muitos/as outros/as. Perdão por não citar todos/as.
A primeira lembrança que vem em minha mente foi de uma gravidez, cheia de conflitos, para não dizer perigos e dores. Lembro que Eu (Emanuel), Ir. Elsie, Elayne, Edney e Evaldiney nos reunimos para sonhar/planejar/preparar a primeira Escola de Educadores e Educadoras de Adolescentes e Jovens do Regional Norte 1 (Amazonas- Roraima-Manaus), com a presença de Carmem Lúcia Teixeira, que estava passando por Manaus.
Não titubeamos, pois queríamos os companheiros/as de caminhada conosco (Carmem, Lourival, Vanildes...). Queríamos que eles/as ficassem conosco e percebessem como são importantes para nós. Queríamos fazer a experiência da Escola.
E...Raspamos o fundo da panela, com uma ajuda aqui, outra ali, sem nenhum tostão no bolso, fazendo a tão falada “vaquinha”. conseguimos com o apoio da Arquidiocese de Manaus e do Regional trazer pra junto da gente Lourival, Vanildes e João Paulo.
Conseguimos formar uma turma de cerca de trinta pessoas para realizarmos a Escola de Educadores/as. Cada um/a contribuiu com o que pôde. E a Escola ocorreu em fevereiro de 2013. Foi uma experiência maravilhosa, onde todos/as, sem exceção, sentiram o amor, o carinho e a exigência da Equipe do Cajueiro (ainda nem tinha esse nome, mas já tinha a ação, como uma criança que ainda não nasceu, mas já era uma pessoa de muito valor).
As Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo abriram sua casa pra gente e na Escola de Educadores/as dançamos, cantamos, rezamos, discutimos coisas sérias e fortes, também gargalhamos e construímos em 8 dias uma rica experiência de Deus. Com muito companheirismo, solidariedade, amor e fraternidade. Tivemos a sorte de experimentarmos o Cajueiro antes mesmo dele ter esse nome.
E o que aconteceu depois? A experiência está dando muitos frutos. Só em Manaus já tivemos duas escolas e outra está sendo gestada esse ano. Muito do que temos hoje foi e é com a ajuda do Cajueiro.
Ficamos imensamente felizes de saber que a criança nasceu (linda de viver), ganhou um nome (Cajueiro), uma identidade própria e está crescendo em tamanho e graça diante de Deus e da gente. Essa criança é tão atraente que faz juntas pessoas de vários lugares do Brasil, da América Latina e da África. Eita, que essa criança é grande!!!!
Nós também temos uma criança por aqui pelo Amazonas, se chama Rede de Assessores/as e Cuidantes das Juventudes, ou simplesmente RACJ. Sabe, a gente é amigo/a de infância. Curiosamente a Rede tem identidade feminina, todo mundo chama “a Rede de Assessores/as” e o Cajueiro é chamado no masculino. Somos meio namoradinhos de infância (mais amizade que namoro). Mas acabamos sendo do mesmo gênero (masculino e feminino) e a somos amigo/as e namoraríamos de qualquer jeito.
Ficamos muito felizes em sermos convidados para fazer parte de duas atividade virtuais: Na trilha do Grupos de Jovens e Civilização do Amor. Emanuel e Jeferson contribuíram como facilitadores de uma turma e Ronaldo e Valdiza de outra. E a amizade/namoro se fortalece a cada dia.
Justiça seja feita, Carmem nos deixa atualizados em tudo o que ocorre, nos chama pra caminhar juntos e o Cajueiro nos presenteia com esse bonito espaço de partilha. Sambamos na cara do neoliberalismo e provamos que é possível viver/trabalhar para a Construção da Civilização do Amor. Juntos somos fortes... E que venham mais Escolas de Educadores, Encontros de amizade, Cursos Virtuais. Temos sede de Amor, de partilha e de justiça.
Felicidades Mil, Cajueiro lindo/a! Feliz Aniversário! Que esses dois anos se multipliquem por Mil.
Com carinho!!!
Emanuel Costa – Rede de Assessores/as e Cuidantes das Juventudes!!!!