Hilário Dick, publicou no facebook 15/09/2014.
O teólogo e economista Jung Mo Sung afirma que “muitas das análises que fazemos da globalização econômica ou das situações sociais não levam em conta um aspecto fundamental do capitalismo: o seu poder de sedução, de fascinação. As luzes das propagandas brilham e fascinam pessoas de todas as partes do mundo”. Este autor também afirma que “as nossas críticas ao capitalismo não são capazes de reconhecer esse poder de fascinação dele”.
Desmascarar essa fascinação também não é suficiente. Como diz o povo:
"um amor antigo só se esquece com um novo”. A fascinação provocada de
forma muito consciente e planejada pelo marketing preenche algo na vida
das pessoas e se simplesmente criticamos essa fascinação provocada pelo
que Marx chamou de "fetiche da mercadoria” e não somos capazes de
oferecer outra fonte de fascinação ou de sentido mais profundo para a
vida, o vazio será preenchido novamente por um novo tipo de sedução do
capitalismo. O segredo do poder do capitalismo não está na sua força
bruta ou no seu poder econômico, mas na sua capacidade de fascinar o
povo e, a partir de e em nome dessa fascinação, justificar e até fazer
invisíveis as injustiças sociais e as mortes dos pobres. Fascinação que
vem acompanhada de injustiças e mortes, sacrifícios, tem a ver com as
características centrais da noção de sagrado.
Imagens das famílias e dos jovens - Chacina de 6 jovens no Rio
O capitalismo, com seu poder de fascinação sacrificial, formata o modo como as pessoas veem a realidade social. Por isso, a maioria das pessoas pode criticar a desigualdade social que não lhes permite consumir como os mais ricos, mas não fazem um questionamento mais sério do próprio sistema capitalista. Eles veem o capitalismo com as estruturas de pensamento fornecido pelo próprio capitalismo. E essa estrutura fundamental está perpassada por essa fascinação, esse desejo de consumir mais para poder ser mais.
Jung Mo Sung conclui sua reflexão dizendo que “se não formos capazes de desvelar o caráter sagrado do mercado capitalista, com seu sacrificialismo e sua espiritualidade de consumo e de acumulação, e de oferecer uma espiritualidade alternativa baseada em uma noção não-sacrificial de Deus e da vida, as nossas críticas terão muita dificuldade de convencer pessoas a assumirem a difícil tarefa de ir contra a "maré” e de lutar por uma sociedade mais justa e humana”, isto é de estar encantado.
IMAGENS E MARCAS - ENCAMENTO DA JUVENTUDE - PESQUISA NA PSICOLOGIAmo-de-imagens-de-marca-e-seu-impacto-na-construcao-da-subjetividade-dos-jovens&catid=28%3Avolume-ii-edicao-i-2011&Itemid=54&lang=pt
Obs - as imagens são do arquivo Cajueiro e os link são sugestões nossas para ilustrar o texto.
Imagens das famílias e dos jovens - Chacina de 6 jovens no Rio
O capitalismo, com seu poder de fascinação sacrificial, formata o modo como as pessoas veem a realidade social. Por isso, a maioria das pessoas pode criticar a desigualdade social que não lhes permite consumir como os mais ricos, mas não fazem um questionamento mais sério do próprio sistema capitalista. Eles veem o capitalismo com as estruturas de pensamento fornecido pelo próprio capitalismo. E essa estrutura fundamental está perpassada por essa fascinação, esse desejo de consumir mais para poder ser mais.
Jung Mo Sung conclui sua reflexão dizendo que “se não formos capazes de desvelar o caráter sagrado do mercado capitalista, com seu sacrificialismo e sua espiritualidade de consumo e de acumulação, e de oferecer uma espiritualidade alternativa baseada em uma noção não-sacrificial de Deus e da vida, as nossas críticas terão muita dificuldade de convencer pessoas a assumirem a difícil tarefa de ir contra a "maré” e de lutar por uma sociedade mais justa e humana”, isto é de estar encantado.
IMAGENS E MARCAS - ENCAMENTO DA JUVENTUDE - PESQUISA NA PSICOLOGIAmo-de-imagens-de-marca-e-seu-impacto-na-construcao-da-subjetividade-dos-jovens&catid=28%3Avolume-ii-edicao-i-2011&Itemid=54&lang=pt
Obs - as imagens são do arquivo Cajueiro e os link são sugestões nossas para ilustrar o texto.
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