A
juventude é uma parcela expressiva da população da América Latina, significando
cerca de 40% da população de toda a região, o que representa não só um peso
quantitativo no universo demográfico, mas também um importante agente de
mudanças com grande potencial para a aprendizagem de novas tecnologias e
inovações ao lado de profunda sensibilidade às temáticas relativas à
transformação social. A população com idade entre 15 e 30 anos significa a
parcela do país que nasceu entre 1980 e 1995, ou seja, a população que nasceu
entre o fim do período de ditaduras que devastou a região e o ápice do modelo
neoliberal, com fortes desigualdades sociais e grandes transferências dos bens
públicos para o controle da iniciativa privada.
Por
outro lado, a juventude na América Latina se identifica pela sua diversidade.
São jovens indígenas, negros e brancos. Jovens imigrantes e filhos de segunda e
terceira geração de imigrantes oriundos da Europa e da Ásia, situados nos
nossos países. Jovens vivendo no campo e na cidade e com opções e vivências
profundamente variadas. Mas, todos marcados, em maior ou menor grau, pelo
avanço do neoliberalismo e pelo fortalecimento das lógicas individualistas e/ou
pela diminuição da noção de espaço público.
Este texto foi escrito para ser apresentado no III Congresso da PJ realizado na Venezuela. Hoje Felipe coordena o programa do Governo Federal - Juventude Viva. Este programa visa implementar ações contra o extermínio da juventude negra.
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