Contexto socio-cultural-eclesial contemporâneo da juventude
Elsie Auzier Vinhote*
Falar da juventude
latino-americana é falar de cerca de 110 milhões de pessoas que fazem deste
continente um continente jovem. Descrever aqui esta realidade, complexa e
heterogênea, é um grande desafio. A América Latina é grande formada por mais de
20 países, cada um com suas características próprias, com uma grande
diversidade cultural. No entanto, a mesma história de “descoberta” nos faz semelhantes
em vários aspectos. São grandes as heranças de colonização fazendo que sejamos,
ainda, um povo dependente, mesmo com os avanços e conquistas na área social e
cultural, sem deixar de reconhecer que temos muito a oferecer ao mundo todo com
nossas tradições, nossos antepassados, nossa floresta com a biodiversidade, as
danças e culinárias incontáveis. Em nível eclesial, somos o continente com
maior porcentagem de católicos no mundo, com muita vivacidade e muita riqueza
ainda a ser descoberta pela Igreja universal.
A juventude está no meio dessa
realidade sofrida e rica, formada por cerca de 30% da população, formando como
grupo social um segmento que absorve e influencia o que está ao seu redor.
O tema “juventude” vem sendo
progressivamente de grande interesse para vários setores da sociedade
orientados por paradigmas diversos de leitura. Não são poucos os que estão
investindo neste tema e muito se tem encontrado sobre isso: artigos, sites, estudos
e pesquisas. O que vou escrever são dados a partir dessas leituras e a partir da
minha experiência com os jovens não deixando de lado entrevistas com alguns
deles mais próximos geograficamente, mas não deixando de ser, igualmente, a
expressão de outros jovens.
* Religiosa da Congregação das Adoradoras do Sangue de
Cristo. Brasileira, missionária no Peru. Ex-assessora nacional da Pastoral da
Juventude, no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário