quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Carta aberta a um padre jovem

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Célio Amaro, padre passionista, faz seu testemunho sobre a Pastoral da Juventude em sua vida



 Muito bom, humorado, sensível a memória de Célio Amaro, padre passionista, membro do Cajueiro. Leia a seguir:

Viver a Pastoral da Juventude é uma grande alegria! Lembro-me dos primeiros convites para participar dos grupos de jovens. Na verdade, naquela época, ainda não sabia muito bem o que era Pastoral da Juventude. Mas a proposta da PJ me provocada grande fascínio. Quando escutava os testemunhos daqueles/as que já participavam, ficava “vidrado”.

Ao participar dos primeiros encontros, cursos e assembleias, sentia-me empoderado para discutir ideias e projetos. Meu mundo se ampliava de forma surpreendente.
Nesta caminhada, agradeço quem me ensinou “grandes palavras e conceitos”: metodologia, mística, processo grupal, Reino, conjuntura, estrutura, praxis... que aos poucos foram nos colocando do mesmo lado.


Recordo-me das inúmeras vezes que chegava para os cursos e, logo na entrada do local, encontrava uma banca de livros. Era fantástico! Ainda mais porque na minha cidade não tinha biblioteca, nem livrarias. Ali tive acesso a pessoas que até hoje direcionam a minha vida e princípios: Paulo Freire, Boran, Clodovis e Leonardo Boff, Hilário, Guareschi, Houtart, Chaui e tantos outros homens e mulheres que nos ensinaram a ser gente boa, honesta e inteligente.


Aprendemos a “afinar os ouvidos” para escutar músicas boas: Milton, Chico Buarque, Mercedes Sosa, Pablo Milanez. Victor Jara, Violeta Parra, Elis, Vandré... Era ainda época de fita e vinil. Quem adquiria fazia questão de multiplicar regravações (certa vez pedi ao Rezende e Marora para regravarem uma coletanea. Junto gravaram o trio “Dimiranda, Dimiroso e Diferente”. Prefiro não comentar rsrsrsr). Ouvir tanta coisa bonita era evangelizar!


Nas caminhadas jovens, reuníamos 4, 5 mil pessoas. Isso era para nós celebrar a nossa Terra Prometida. Numa sociedade onde aos pobres restava-lhes apenas escutar, ali segurar um microfone e falar era um gesto histórico de empoderamento.


Outro gesto de empoderamento foi a entrada de muitos de nós nas faculdades e universidades. E fizemos a diferença! E a ousadia foi tanta que muitos “trocaram de lugar” e hoje são professores, coordenadores, diretores... nosso mundo cresceu e crescemos com ele. Aprendemos ainda a ocupar espaços na política partidária e em outros segmentos organizados.


E se alguém perguntar se ainda temos motivos para nos encontrar, a resposta será afirmativa: SIM. Essa história nos uniu por um laço eterno de amizade, cumplicidade e cuidados. Laço de irmandade.
Portanto, sempre que apertar a saudade, lá estaremos nós numa roda de conversa. Não necessariamente conduzidos por Maia ou Araguarina...


Célio Amaro, padre da congregação dos passionista, neste mês vocacional ele nos convoca para a vida em grupo, para participar e organizar uma Pastoral da Juventude que fez e faz diferença na vida da juventude. Foi provincial, assessor do CEBI. 
Fotos internet - celebração ecumênica, com as pastoras.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Padre Alfredinho - 15 anos de sua Páscoa - testemunhos de Tonny e de Zé Vicente


Nós do Centro de Juventude Cajueiro nos juntamos ao Tonny e ao Zé Vicente para prestar uma homenagem ao Padre Alfredinho. Homem dos pobres que assumiu na sua vida a opção pelos pequenos.

Escreve Tonny (dos Cálices)

Pe. Alfredinho

15 anos de sua Páscoa.
Missionária francês da Congregação Filhos da Caridade, fundador da "Irmandade do Servo Sofredor", morou por 20 anos em Crateús-CE, depois mudou-se para a favela Lamartine em Santo André-SP, onde viveu a partilha, o compromisso com os pobres que eram "os seus mestres" até os últimos dias de sua vida.
Neste dia 12 de agosto de 2000, estávamos participando do Retiro da Irmandade do Servo Sofredor, na Paróquia São Geraldo Magela, numa noite de sexta-feira. Alfredinho estava internado se tratando de um câncer, e recebemos o comunicado de sua páscoa/passagem.

Ficamos em vigília e velando seu frágil e pequenino corpo, mas nos enchendo de sua força e profecia, partilhada por tantas pessoas que conviveram com ele, e dele aprenderam a ser um pouco mais humano, solidário e comprometido com a vida do povo.

Na tarde do sábado dia 13 seguimos numa grande procissão, com uma multidão de pessoas vidas de tantos lugares para prestar sua homenagem a este Profeta dos Podres.

O enterro, foi uma momento lindo, com muitos cantos, orações, textos do Profeta Isaías, os 4 Cânticos de Javé gestuada por grande parte das pessoas presente: "Que é esse servo?: É o preferido...; A missão do servo; A paixão do servo, ", .

A multidão cantava: "Torne-se Luz, Torne-se Luz, Fazes brotar Flores de sua Cruz".

Comentário de Zé Vicente, compositor e cantor


 Eu convivi com um bem-aventurado, só pra não usar a expressão tão batida: "Santo"! Essa frase salta de meus lábios cada vez que as imagens e testemunhos sobre Alfredo,estão diante de meus olhos. O conheci em 1974,em Crateús, daí até 1990,quando saí da cidade,depois de dez intensos anos de convivio, bem próximo,com brincadeiras (ele era um brincante, um molequinho,daqueles que plantam bananeira diante do Pai Divino...),caminhadas pelas estradas poeirentas do sertão, emoções e orações, nos seus jejuns etc.etc. Depois o visitei na Favela Lamartine,Santo André-SP,onde foi viver. Partilhou comigo muitas coisas,incluindo a velha e conhecida sopa de legumes,com marcarrão. Na despedida, um abraço longo, lágrimas e uma confissão dele: " estou meio que num exílio!" Não entendi direito e nem quis ousar perguntar o porquê. Afinal essas decisões,envolvendo bastidores de Congregações,de Clero, pra nós leigos,o melhor é mantermos prudentes "desinteresses". Na última visita,quando fui gravar o disco "Nas horas de Deus,amém", um mês antes de sua páscoa, em 12 de agosto de 2000. Fui ve-lo. Ele pediu pra ficarmos um instante sozinhos.Perguntou por nossa gente do sertão, se eu continuava indo a Crateús, como foi a gravação do CD nas Paulinas,disse que não acreditava que desse tempo pra eu chegar até ali, na Paróquia São Geraldo. Ao final, partilhamos uma maçã que estava num prato e ele declarou, me olhando firme,num misto de pedido e ordem: " Nunca deixe de seguir esse caminho de cantar a esperança dos pobres!" Chamamos as pessoas que estavam com ele e juntos,cantei com elas, em primeira mão: "Nas horas de Deus, Amém!" E então parti com o coração partido,de volta pro sertão que ele tanto amou. Em tempo: nos dias 17 e 18 de setembro a Coordenação da ISSO - Irmandade do Servo Sofredor - nos visitará na Casa Mãe,do Sertão Vivo - Ceará, para o planejamento de sua Romaria,marcada pra janeiro de 2016,em Juazeiro do Padim Cícero. É Alfredinho, vamos teimando na esperança que pulsa no coração dos simples,dos pobres... Valeu,irmão Tonny,por nos trazer esta sagrada lembrança de amor.

domingo, 9 de agosto de 2015

En el Camino de la Formación de Líderes, estamos con una propuesta de seis cursos virtuales




Goiânia, 4 de agosto de 2015


¡Querido pueblo amante de la juventud!


Nosotros, del Centro de Juventud y de los grupos que apoyan el proyecto del Curso Virtual – Proyecto Camino de Esperanza – En el Camino de la Formación de Líderes, estamos con una propuesta de seis cursos:

1.       La vida del Grupo de Jóvenes: trabaja la convocación, la formación del grupo de jóvenes a partir de los elementos de Belén. Trabajamos con el símbolo “Caravana por el desierto”. El curso quiere responder a la pregunta: ¿Cómo iniciar el grupo de jóvenes?

2.       Afectividad y Sexualidad: trabaja la persona en el grupo de jóvenes, el proyecto de vida, las relaciones de amistad y relaciones familiares a partir de los elementos de Nazaret. Trabajamos el símbolo de “Andar de bike de la casa de Jesús para la Sinagogas y de la Sinagoga para el mundo”. El curso pretende responder a la pregunta: ¿Cómo trabajar la persona en el grupo de jóvenes?

3.       La evangelización de la juventud: trabaja la mística y la espiritualidad del seguimiento a Jesús a partir de los elementos de Samaria. Trabajamos el símbolo del pozo, del agua y del encuentro en el pozo. El curso pretende responder a la pregunta: ¿Cómo trabajar la evangelización en el grupo de jóvenes?

4.       La cultura juvenil y el ecumenismo: trabaja los elementos de la cultura, de las relaciones y de la diversidad con las Iglesias a partir de los elementos de Betania. Trabajamos el símbolo del Tren de los colores. 

5.       Participación social y Políticas públicas: trabaja los elementos de la participación y de las políticas públicas a partir del lugar bíblico Jerusalén. Trabajamos el símbolo de la subida en las montañas en Jerusalén. 

6.       Planificación de la vida en grupo: trabajamos los elementos de la planificación de la vida del grupo y su organización a partir del lugar bíblico Emaús.

Cada uno de estos cursos tiene una duración de dos meses. El curso es virtual. Cada persona organiza su horario para participar en el curso. La metodología del curso no está solamente en el computador. Hay actividades que deben ser desarrolladas.

Los/as Invitamos a organizar grupos de 40 participantes, pues ofrecemos 10 becas para cada grupo organizado. Usted indica el tema de su curso y nosotros preparamos un link especial para su grupo específico de su Diócesis, Congregación o país. 

En septiembre y octubre estamos ofreciendo dos cursos: La evangelización de la juventud  y la Planificación de la vida de grupo. Las inscripciones están abiertas www.cajueiro.org.br/curso

El valor de colaboración para cada curso es: 20$ (veinte dólares) por persona. Un curso con 40 participantes será por 800$ (ochocientos dólares). Cuando el curso es organizado solamente para un grupo, el pagamento debe ser realizado en depósito único por la persona responsable por el grupo. 

Te invitamos a organizar tu grupo para participar en la formación. Es un proyecto que colabora con los grupos – sin viajes, sin hospedaje, sin alimentación – por eso es una formación de dos meses con un costo mínimo. Nosotros tenemos gastos con la administración de plataforma virtual, con la coordinación del curso y contamos con la colaboración de las personas que acompañan como facilitadores/as.

Esperamos que el curso despierte el interés de las personas que acompañan a la juventud: grupo de jóvenes, pastorales de la juventud, pastoral vocacional y el servicio de orientación vocacional, preparación para confirmación. 

Estamos a tu disposición para dialogar por los teléfonos +556296457702 (whatsapp),  email virtual@cajueiro.org.br

Esperamos por el interés de ustedes para organizar la formación y poder hacer la diferencia en el cuidado con la juventud y con el mundo, nuestra propuesta es la formación integral!

Carmem Lucia Teixeira – Hna. Katiuska Serafín – Luis Duarte
Coordinación del curso virtual del Centro de Juventud Cajueiro


sábado, 8 de agosto de 2015

Carta Testemunho de uma jovem sobre sua participação na PJ




“Quem sabe isso quer dizer amor
Estrada de fazer um sonho acontecer”
Milton Nascimento

Águas Lindas de Goiás, Junho de 2015.

          Nesse final de semana pude senti a energia de jovens que são profetas e profetizas do reino. E veio em minha cabeça uma única frase: Vale a pena sim fazer Pastoral da Juventude hoje! Respondendo uma provocação feita há aproximadamente seis meses no XI ENPJ.   Cada vez que visito os grupos sinto a força disto. Essa força que nos motiva a construir a Civilização do Amor. Que nos faz cruzar o DF para poder sentir os grupos de Sobradinho e Planaltina. Dois grupos cheios de vida, de esperança e de profunda profecia. Um com o desejo da novidade, e o outro com anos de caminhada. Cada qual com suas singularidades. Um mais recente, buscando conhecer sobre esse jeito de ser igreja jovem. O outro com a resistência que os anos lhes ensinaram a ter. Num solo árido, de contexto eclesial difícil, ainda sim há tantos/as jovens dispostos/as a florescer. A ser uma igreja pé no chão, missionária e em comunhão com a realidade. Há tantas vidas dispostas a dar suas vidas por grandes causas. A ter sonhos, a lutar pelo que acreditam, a ser jovem sem medo de amar e vivenciar esse amor. Como uma das jovens partilhou: “A PJ é como um amor. Como você vai explicar um amor? Não dá. Um amor a gente não sabe explicar”. E foi isso que eu vi nos olhos de cada um/a. 

Ouvir coisas do tipo: “Na PJ eu aprendi mais coisas sobre a sociedade, do que na escola”. Ou: “É lugar onde eu posso falar dos assuntos que eu sempre quis conversar.” E até os mais apaixonados dizerem: “É o lugar da felicidade, onde partilho meus sonhos. “É o lugar que me encantei e quero que mais jovens se encantem também.” Ouvir as histórias que levaram cada jovem a fazer parte dessa pastoral foi simplesmente maravilhoso. Foi lindo ver como esse jeito de ser e de fazer dá certo. Como isso realmente faz a diferença nas nossas vidas, na vida dos/as jovens. E o como é bom poder partilhar tudo isso. Saber que alguém lá do outro lado desse “quadradinho” também sente as dores e alegrias de ser Pastoral da Juventude nesse cerrado. Onde mesmo com tempo seco e solo árido, estabelecem raízes bem resistentes que agüentam tempos difíceis de rigoroso inverno. Resistem a “lógica de mobilidade” segregacionista do DF, resistem a decretos de proibição, resistem aos setores de juventude que insistem em não reconhecer nossa existência, nosso jeito, nosso protagonismo. Ainda sim resistimos! Ousamos ser juventude, com nossas alegrias e angustias, quando uma parcela da sociedade quer nos exterminar. Ousamos defender a vida de tantos/as outros/as jovens, enquanto um Congresso conservador tenta encarcerar. Ousamos sonhar com outro mundo possível, onde tenhamos voz, vez, lugar. Ousamos lutar para que mais grupos de jovem floresçam nas outras cidades satélites e sejam espaços de acolhimento e reflexão. E assim seguimos nossa caminhada. De uma igreja em saída, como diz Papa Francisco. De ir ao encontro e poder se surpreender com tanta gente que faz acontecer. 


           E sabe aquelas coisas que ficam no coração? Seja pela memória ou pelo afeto? Essas coisas precisamos registrar. Seja com fotos, com palavras, com a música, para que outras pessoas saibam também o que sentimos,experimentamos, vivenciamos. Por isso escrevo essa carta, para tentar expressar em palavras como tem sido bom fazer as visitas aos grupos.


         Gratidão por esse final de semana, por essas pessoas, pela vida que pulsa em cada grupo. Isso só reafirma uma coisa: vale a pena sim fazer Pastoral da Juventude hoje. Cada dia tenho mais certeza disso. E o grupo de jovens é realmente o lugar da felicidade!

Do entorno de Brasília, sigamos juntos na comunhão pela vida.

Um abraço, Gilmara.