A
Igreja Católica comemora em agosto o mês das vocações. E logo no
início, o dia 4 de agosto é considerado como “o dia do padre”. Por isso,
esse mês é uma boa ocasião para divulgar essa carta aberta, escrita a
um jovem padre:
Caro irmão
padre, você afirmou publicamente que sou revolucionário e contra as
leis da Igreja. Declara-se “conservador”, contrário à Teologia da
Libertação e a esse papa atual. Comumente, tenho por princípio ouvir
atentamente as críticas que me fazem e me manter aberto a sempre rever
minhas posições. Só quando percebo que a pessoa não quer dialogar, evito
responder para não alimentar polêmicas. No entanto, você é um irmão no
ministério presbiteral e, como jovem, é portador de uma mensagem própria
da juventude. Por isso, pensei que deveria provocar essa conversa. Não
para me defender. Apenas para explicar melhor o que penso. Como você mal
me conhece, penso que suas críticas ao meu modo de viver a fé e
compreender a Igreja não são pessoais. Você me associa aos irmãos e
irmãs, ligados às pastorais sociais e aos movimentos populares.
O
termo conservador é usado para designar alguém que é contra mudanças e
quer preservar o passado. Dependendo do que se trata, o conservadorismo
pode ser uma postura excelente. As comunidades afro-brasileiras e
indígenas que querem preservar suas culturas e seus costumes antigos
fazem uma coisa justa e boa. Grupos ecológicos que lutam para preservar a
natureza contra um desenvolvimento depredador optam por um
conservadorismo sadio. Os lavradores do MST, ao trabalharem para manter
as sementes crioulas e ao denunciarem o agronegócio, lutam por um tipo
de sociedade mais tradicional e no entanto mais humana e justa.
Na
Bíblia, quando os hebreus conquistaram a terra, não adotaram o sistema
social mais moderno dos impérios da época (Egito e Babilônia).
Preferiram o modelo tribal dos juízes. Para os profetas e mesmo para o
evangelho, a grande esperança é refazer um novo Êxodo. Por isso, no
hebraico bíblico, o termo lifné é um futuro de progresso que não é de
justiça e deve ser deixado para trás, enquanto aharon é o passado que
está à frente da história como proposta de libertação.
Nesse
sentido, o problema não é ser conservador. É saber em que somos
conservadores. Há coisas nas quais vale a pena ser conservador e outras
nas quais somos chamados a inovar. Deus nos chama para acolhê-lo como
“Aquele que faz novas todas as coisas” (Ap 21, 5). E aí, “não adianta
remendo novo em roupa velha, vinho novo em barris velhos” (Mc 2, 18 ss).
O problema de muitos irmãos padres e de grupos católicos que fazem a
opção conservadora é que parecem não escolher corretamente em que
aspectos devem ser conservadores, sem jamais se fechar à novidade do
Espírito. Optam por ser contrários às propostas e ao espírito do
Concílio Vaticano II, mesmo se a maioria nunca estudou profundamente os
textos do Concílio.
Infelizmente,
nisso contam com a cumplicidade, ou ao menos a omissão ingênua de
muitos bispos que tendem a ser severíssimos com grupos eclesiais
considerados “de esquerda”, mas são extremamente complacentes com os que
rejeitam o Concílio e a renovação por ele proposta. Poderiam ser mais
claros em suas posições e não se omitirem diante de uma postura
superficial e inconsequente. Todos nós conhecemos pessoas mais velhas e
que são profundamente conservadoras. No entanto, são coerentes e têm
profundidade espiritual na forma como vivem.
Respeito
e admiro esses irmãos. Não é o caso de muitos padres jovens e
seminaristas que, dos tempos pré-conciliares, tomam apenas o aspecto
externo e folclórico de costumes, roupas e bugigangas. Não assumem a
seriedade da espiritualidade daqueles tempos. Não enfrentam o rigor dos
antigos cursos de Filosofia e Teologia em latim. As exigências de
ascese, jejum e mortificação, comuns na época anterior ao Concílio, não
lhes dizem nada. Só se travestem de tradicionais no uso de batina, ou
cleryman e no gosto por cerimônias pomposas, sem jamais assumir a dureza
e a pobreza com que a maioria dos padres “de antes do Concílio” viviam o
seu ministério.
Ao
preparar o Concílio Vaticano II, o papa João XXIII propôs como critério
de renovação eclesial “voltar às fontes da fé”, isso é, retomar o ideal
dos primeiros cristãos e atualizá-lo para os dias atuais. Em princípio,
esse projeto de volta ao Cristianismo primitivo deveria ser considerado
mais conservador do que quem se apega a um modelo de Igreja dos séculos
modernos. De fato, quem é mais conservador, um padre que se apega ao
clericalismo e ao modelo de Igreja do século 19, ou o grupo da caminhada
que tem como critério o Cristianismo dos primeiros tempos – relido à
luz do que o Espírito diz hoje às Igrejas?
A
Igreja é Católica porque é aberta a tudo o que é humano. Deve acolher e
abrigar em seu seio pessoas de diversas tendências e mentalidades. O
importante é que se respeitem e caminhem para a unidade realizada a
partir da diversidade. Uns podem ajudar os outros a aprofundar a
expressão de sua fé e evitar o dogmatismo que exclui. Por trás de tudo
isso, o mais profundo é a questão sobre que imagem de Deus temos e
testemunhamos aos outros. O importante é atualizar para nós e nossa
pastoral a palavra de Jesus: “Chegou a hora em que nem nesse monte, nem
em Jerusalém deveis adorar. O Pai é espírito e verdade e os seus
adoradores devem adorá-lo em espírito e verdade” (Jo 4, 23 ss).
Marcelo Barros é monge beneditino e escritor
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quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Carta aberta a um padre jovem
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Célio Amaro, padre passionista, faz seu testemunho sobre a Pastoral da Juventude em sua vida
Muito bom, humorado, sensível a memória de Célio Amaro, padre passionista, membro do Cajueiro. Leia a seguir:
Viver a Pastoral da Juventude é uma grande alegria! Lembro-me dos primeiros convites para participar dos grupos de jovens. Na verdade, naquela época, ainda não sabia muito bem o que era Pastoral da Juventude. Mas a proposta da PJ me provocada grande fascínio. Quando escutava os testemunhos daqueles/as que já participavam, ficava “vidrado”.
Ao participar dos primeiros encontros, cursos e assembleias, sentia-me empoderado para discutir ideias e projetos. Meu mundo se ampliava de forma surpreendente.
Nesta caminhada, agradeço quem me ensinou “grandes palavras e conceitos”: metodologia, mística, processo grupal, Reino, conjuntura, estrutura, praxis... que aos poucos foram nos colocando do mesmo lado.
Recordo-me das inúmeras vezes que chegava para os cursos e, logo na entrada do local, encontrava uma banca de livros. Era fantástico! Ainda mais porque na minha cidade não tinha biblioteca, nem livrarias. Ali tive acesso a pessoas que até hoje direcionam a minha vida e princípios: Paulo Freire, Boran, Clodovis e Leonardo Boff, Hilário, Guareschi, Houtart, Chaui e tantos outros homens e mulheres que nos ensinaram a ser gente boa, honesta e inteligente.
Aprendemos a “afinar os ouvidos” para escutar músicas boas: Milton, Chico Buarque, Mercedes Sosa, Pablo Milanez. Victor Jara, Violeta Parra, Elis, Vandré... Era ainda época de fita e vinil. Quem adquiria fazia questão de multiplicar regravações (certa vez pedi ao Rezende e Marora para regravarem uma coletanea. Junto gravaram o trio “Dimiranda, Dimiroso e Diferente”. Prefiro não comentar rsrsrsr). Ouvir tanta coisa bonita era evangelizar!
Nas caminhadas jovens, reuníamos 4, 5 mil pessoas. Isso era para nós celebrar a nossa Terra Prometida. Numa sociedade onde aos pobres restava-lhes apenas escutar, ali segurar um microfone e falar era um gesto histórico de empoderamento.
Outro gesto de empoderamento foi a entrada de muitos de nós nas faculdades e universidades. E fizemos a diferença! E a ousadia foi tanta que muitos “trocaram de lugar” e hoje são professores, coordenadores, diretores... nosso mundo cresceu e crescemos com ele. Aprendemos ainda a ocupar espaços na política partidária e em outros segmentos organizados.
E se alguém perguntar se ainda temos motivos para nos encontrar, a resposta será afirmativa: SIM. Essa história nos uniu por um laço eterno de amizade, cumplicidade e cuidados. Laço de irmandade.
Portanto, sempre que apertar a saudade, lá estaremos nós numa roda de conversa. Não necessariamente conduzidos por Maia ou Araguarina...
Célio Amaro, padre da congregação dos passionista, neste mês vocacional ele nos convoca para a vida em grupo, para participar e organizar uma Pastoral da Juventude que fez e faz diferença na vida da juventude. Foi provincial, assessor do CEBI.
Fotos internet - celebração ecumênica, com as pastoras.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Padre Alfredinho - 15 anos de sua Páscoa - testemunhos de Tonny e de Zé Vicente
Nós do Centro de Juventude Cajueiro nos juntamos ao Tonny e ao Zé Vicente para prestar uma homenagem ao Padre Alfredinho. Homem dos pobres que assumiu na sua vida a opção pelos pequenos.
Escreve Tonny (dos Cálices)
Pe. Alfredinho
15 anos de sua Páscoa.
Missionária francês da Congregação Filhos da Caridade, fundador da "Irmandade do Servo Sofredor", morou por 20 anos em Crateús-CE, depois mudou-se para a favela Lamartine em Santo André-SP, onde viveu a partilha, o compromisso com os pobres que eram "os seus mestres" até os últimos dias de sua vida.
Neste dia 12 de
agosto de 2000, estávamos participando do Retiro da Irmandade do Servo
Sofredor, na Paróquia São Geraldo Magela, numa noite de sexta-feira.
Alfredinho estava internado se tratando de um câncer, e recebemos o
comunicado de sua páscoa/passagem.
Ficamos em vigília e velando seu frágil e pequenino corpo, mas nos enchendo de sua força e profecia, partilhada por tantas pessoas que conviveram com ele, e dele aprenderam a ser um pouco mais humano, solidário e comprometido com a vida do povo.
Na tarde do sábado dia 13 seguimos numa grande procissão, com uma multidão de pessoas vidas de tantos lugares para prestar sua homenagem a este Profeta dos Podres.
O enterro, foi uma momento lindo, com muitos cantos, orações, textos do Profeta Isaías, os 4 Cânticos de Javé gestuada por grande parte das pessoas presente: "Que é esse servo?: É o preferido...; A missão do servo; A paixão do servo, ", .
A multidão cantava: "Torne-se Luz, Torne-se Luz, Fazes brotar Flores de sua Cruz".
Comentário de Zé Vicente, compositor e cantor
Eu convivi com um bem-aventurado, só pra não usar a expressão tão batida: "Santo"! Essa frase salta de meus lábios cada vez que as imagens e testemunhos sobre Alfredo,estão diante de meus olhos. O conheci em 1974,em Crateús, daí até 1990,quando saí da cidade,depois de dez intensos anos de convivio, bem próximo,com brincadeiras (ele era um brincante, um molequinho,daqueles que plantam bananeira diante do Pai Divino...),caminhadas pelas estradas poeirentas do sertão, emoções e orações, nos seus jejuns etc.etc. Depois o visitei na Favela Lamartine,Santo André-SP,onde foi viver. Partilhou comigo muitas coisas,incluindo a velha e conhecida sopa de legumes,com marcarrão. Na despedida, um abraço longo, lágrimas e uma confissão dele: " estou meio que num exílio!" Não entendi direito e nem quis ousar perguntar o porquê. Afinal essas decisões,envolvendo bastidores de Congregações,de Clero, pra nós leigos,o melhor é mantermos prudentes "desinteresses". Na última visita,quando fui gravar o disco "Nas horas de Deus,amém", um mês antes de sua páscoa, em 12 de agosto de 2000. Fui ve-lo. Ele pediu pra ficarmos um instante sozinhos.Perguntou por nossa gente do sertão, se eu continuava indo a Crateús, como foi a gravação do CD nas Paulinas,disse que não acreditava que desse tempo pra eu chegar até ali, na Paróquia São Geraldo. Ao final, partilhamos uma maçã que estava num prato e ele declarou, me olhando firme,num misto de pedido e ordem: " Nunca deixe de seguir esse caminho de cantar a esperança dos pobres!" Chamamos as pessoas que estavam com ele e juntos,cantei com elas, em primeira mão: "Nas horas de Deus, Amém!" E então parti com o coração partido,de volta pro sertão que ele tanto amou. Em tempo: nos dias 17 e 18 de setembro a Coordenação da ISSO - Irmandade do Servo Sofredor - nos visitará na Casa Mãe,do Sertão Vivo - Ceará, para o planejamento de sua Romaria,marcada pra janeiro de 2016,em Juazeiro do Padim Cícero. É Alfredinho, vamos teimando na esperança que pulsa no coração dos simples,dos pobres... Valeu,irmão Tonny,por nos trazer esta sagrada lembrança de amor.
Ficamos em vigília e velando seu frágil e pequenino corpo, mas nos enchendo de sua força e profecia, partilhada por tantas pessoas que conviveram com ele, e dele aprenderam a ser um pouco mais humano, solidário e comprometido com a vida do povo.
Na tarde do sábado dia 13 seguimos numa grande procissão, com uma multidão de pessoas vidas de tantos lugares para prestar sua homenagem a este Profeta dos Podres.
O enterro, foi uma momento lindo, com muitos cantos, orações, textos do Profeta Isaías, os 4 Cânticos de Javé gestuada por grande parte das pessoas presente: "Que é esse servo?: É o preferido...; A missão do servo; A paixão do servo, ", .
A multidão cantava: "Torne-se Luz, Torne-se Luz, Fazes brotar Flores de sua Cruz".
Comentário de Zé Vicente, compositor e cantor
Eu convivi com um bem-aventurado, só pra não usar a expressão tão batida: "Santo"! Essa frase salta de meus lábios cada vez que as imagens e testemunhos sobre Alfredo,estão diante de meus olhos. O conheci em 1974,em Crateús, daí até 1990,quando saí da cidade,depois de dez intensos anos de convivio, bem próximo,com brincadeiras (ele era um brincante, um molequinho,daqueles que plantam bananeira diante do Pai Divino...),caminhadas pelas estradas poeirentas do sertão, emoções e orações, nos seus jejuns etc.etc. Depois o visitei na Favela Lamartine,Santo André-SP,onde foi viver. Partilhou comigo muitas coisas,incluindo a velha e conhecida sopa de legumes,com marcarrão. Na despedida, um abraço longo, lágrimas e uma confissão dele: " estou meio que num exílio!" Não entendi direito e nem quis ousar perguntar o porquê. Afinal essas decisões,envolvendo bastidores de Congregações,de Clero, pra nós leigos,o melhor é mantermos prudentes "desinteresses". Na última visita,quando fui gravar o disco "Nas horas de Deus,amém", um mês antes de sua páscoa, em 12 de agosto de 2000. Fui ve-lo. Ele pediu pra ficarmos um instante sozinhos.Perguntou por nossa gente do sertão, se eu continuava indo a Crateús, como foi a gravação do CD nas Paulinas,disse que não acreditava que desse tempo pra eu chegar até ali, na Paróquia São Geraldo. Ao final, partilhamos uma maçã que estava num prato e ele declarou, me olhando firme,num misto de pedido e ordem: " Nunca deixe de seguir esse caminho de cantar a esperança dos pobres!" Chamamos as pessoas que estavam com ele e juntos,cantei com elas, em primeira mão: "Nas horas de Deus, Amém!" E então parti com o coração partido,de volta pro sertão que ele tanto amou. Em tempo: nos dias 17 e 18 de setembro a Coordenação da ISSO - Irmandade do Servo Sofredor - nos visitará na Casa Mãe,do Sertão Vivo - Ceará, para o planejamento de sua Romaria,marcada pra janeiro de 2016,em Juazeiro do Padim Cícero. É Alfredinho, vamos teimando na esperança que pulsa no coração dos simples,dos pobres... Valeu,irmão Tonny,por nos trazer esta sagrada lembrança de amor.
domingo, 9 de agosto de 2015
En el Camino de la Formación de Líderes, estamos con una propuesta de seis cursos virtuales
Goiânia, 4 de agosto de 2015
¡Querido pueblo amante de la juventud!
Nosotros,
del Centro de Juventud y de los grupos que apoyan el proyecto del Curso Virtual
– Proyecto Camino de Esperanza – En el Camino de la Formación de Líderes,
estamos con una propuesta de seis cursos:
1. La vida del Grupo de Jóvenes:
trabaja la convocación, la formación del grupo de jóvenes a partir de los
elementos de Belén. Trabajamos con el símbolo “Caravana por el desierto”. El
curso quiere responder a la pregunta: ¿Cómo iniciar el grupo de jóvenes?
2. Afectividad y Sexualidad: trabaja la
persona en el grupo de jóvenes, el proyecto de vida, las relaciones de amistad
y relaciones familiares a partir de los elementos de Nazaret. Trabajamos el
símbolo de “Andar de bike de la casa de Jesús para la Sinagogas y de la
Sinagoga para el mundo”. El curso pretende responder a la pregunta: ¿Cómo
trabajar la persona en el grupo de jóvenes?
3. La evangelización de la juventud:
trabaja la mística y la espiritualidad del seguimiento a Jesús a partir de los
elementos de Samaria. Trabajamos el símbolo del pozo, del agua y del encuentro
en el pozo. El curso pretende responder a la pregunta: ¿Cómo trabajar la
evangelización en el grupo de jóvenes?
4. La cultura juvenil y el ecumenismo:
trabaja los elementos de la cultura, de las relaciones y de la diversidad con
las Iglesias a partir de los elementos de Betania. Trabajamos el símbolo del
Tren de los colores.
5. Participación social y Políticas
públicas: trabaja los elementos de la participación y de las políticas públicas
a partir del lugar bíblico Jerusalén. Trabajamos el símbolo de la subida en las
montañas en Jerusalén.
6. Planificación de la vida en grupo:
trabajamos los elementos de la planificación de la vida del grupo y su
organización a partir del lugar bíblico Emaús.
Cada uno de
estos cursos tiene una duración de dos meses. El curso es virtual. Cada persona
organiza su horario para participar en el curso. La metodología del curso no
está solamente en el computador. Hay actividades que deben ser desarrolladas.
Los/as
Invitamos a organizar grupos de 40 participantes, pues ofrecemos 10 becas para
cada grupo organizado. Usted indica el tema de su curso y nosotros preparamos
un link especial para su grupo específico de su Diócesis, Congregación o país.
En septiembre
y octubre estamos ofreciendo dos cursos: La evangelización de la juventud y la Planificación de la vida de grupo. Las
inscripciones están abiertas www.cajueiro.org.br/curso
El valor de
colaboración para cada curso es: 20$ (veinte dólares) por persona. Un curso con
40 participantes será por 800$ (ochocientos dólares). Cuando el curso es
organizado solamente para un grupo, el pagamento debe ser realizado en depósito
único por la persona responsable por el grupo.
Te
invitamos a organizar tu grupo para participar en la formación. Es un proyecto
que colabora con los grupos – sin viajes, sin hospedaje, sin alimentación – por
eso es una formación de dos meses con un costo mínimo. Nosotros tenemos gastos
con la administración de plataforma virtual, con la coordinación del curso y
contamos con la colaboración de las personas que acompañan como
facilitadores/as.
Esperamos
que el curso despierte el interés de las personas que acompañan a la juventud:
grupo de jóvenes, pastorales de la juventud, pastoral vocacional y el servicio
de orientación vocacional, preparación para confirmación.
Estamos a
tu disposición para dialogar por los teléfonos +556296457702 (whatsapp), email virtual@cajueiro.org.br
Esperamos
por el interés de ustedes para organizar la formación y poder hacer la
diferencia en el cuidado con la juventud y con el mundo, nuestra propuesta es
la formación integral!
Carmem Lucia Teixeira
– Hna. Katiuska Serafín – Luis Duarte
Coordinación del curso virtual del Centro de
Juventud Cajueiro
sábado, 8 de agosto de 2015
Carta Testemunho de uma jovem sobre sua participação na PJ
“Quem sabe isso quer dizer
amor
Estrada de fazer um sonho
acontecer”
Milton Nascimento
Águas Lindas de Goiás, Junho de 2015.
Nesse final de semana pude senti a
energia de jovens que são profetas e profetizas do reino. E veio em minha
cabeça uma única frase: Vale a pena sim fazer Pastoral da Juventude hoje!
Respondendo uma provocação feita há aproximadamente seis meses no XI ENPJ. Cada vez que visito os grupos sinto a força
disto. Essa força que nos motiva a construir a Civilização do Amor. Que nos faz
cruzar o DF para poder sentir os grupos de Sobradinho e Planaltina. Dois grupos
cheios de vida, de esperança e de profunda profecia. Um com o desejo da novidade,
e o outro com anos de caminhada. Cada qual com suas singularidades. Um mais recente,
buscando conhecer sobre esse jeito de ser igreja jovem. O outro com a resistência
que os anos lhes ensinaram a ter. Num solo árido, de contexto eclesial difícil,
ainda sim há tantos/as jovens dispostos/as a florescer. A ser uma igreja pé no
chão, missionária e em comunhão com a realidade. Há tantas vidas dispostas a
dar suas vidas por grandes causas. A ter sonhos, a lutar pelo que acreditam, a
ser jovem sem medo de amar e vivenciar esse amor. Como uma das jovens partilhou: “A PJ é como um amor. Como você vai
explicar um amor? Não dá. Um amor a gente não sabe explicar”. E foi isso
que eu vi nos olhos de cada um/a.
Ouvir coisas do tipo: “Na PJ eu aprendi mais coisas sobre a
sociedade, do que na escola”. Ou: “É
lugar onde eu posso falar dos assuntos que eu sempre quis conversar.” E até
os mais apaixonados dizerem: “É o lugar
da felicidade, onde partilho meus sonhos. “É o lugar que me encantei e quero
que mais jovens se encantem também.” Ouvir as histórias que levaram cada
jovem a fazer parte dessa pastoral foi simplesmente maravilhoso. Foi lindo ver
como esse jeito de ser e de fazer dá certo. Como isso realmente faz a diferença
nas nossas vidas, na vida dos/as jovens. E o como é bom poder partilhar tudo
isso. Saber que alguém lá do outro lado desse “quadradinho” também sente as
dores e alegrias de ser Pastoral da Juventude nesse cerrado. Onde mesmo com
tempo seco e solo árido, estabelecem raízes bem resistentes que agüentam tempos
difíceis de rigoroso inverno. Resistem a “lógica de mobilidade” segregacionista
do DF, resistem a decretos de proibição, resistem aos setores de juventude que
insistem em não reconhecer nossa existência, nosso jeito, nosso protagonismo. Ainda
sim resistimos! Ousamos ser juventude, com nossas alegrias e angustias, quando
uma parcela da sociedade quer nos exterminar. Ousamos defender a vida de tantos/as
outros/as jovens, enquanto um Congresso conservador tenta encarcerar. Ousamos sonhar
com outro mundo possível, onde tenhamos voz, vez, lugar. Ousamos lutar para que
mais grupos de jovem floresçam nas outras cidades satélites e sejam espaços de
acolhimento e reflexão. E assim seguimos nossa caminhada. De uma igreja em saída,
como diz Papa Francisco. De ir ao encontro e poder se surpreender com tanta
gente que faz acontecer.
E sabe aquelas coisas que ficam no
coração? Seja pela memória ou pelo afeto? Essas coisas precisamos registrar.
Seja com fotos, com palavras, com a música, para que outras pessoas saibam
também o que sentimos,experimentamos, vivenciamos. Por isso escrevo essa carta,
para tentar expressar em palavras como tem sido bom fazer as visitas aos
grupos.
Gratidão
por esse final de semana, por essas pessoas, pela vida que pulsa em cada grupo.
Isso só reafirma uma coisa: vale a pena sim fazer Pastoral da Juventude hoje.
Cada dia tenho mais certeza disso. E o grupo de jovens é realmente o lugar da
felicidade!
Do
entorno de Brasília, sigamos juntos na comunhão pela vida.
Um abraço, Gilmara.
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