sexta-feira, 17 de julho de 2015

Carta final do Congresso da CPT - FAZ ESCURO, MAS CANTAMOS


Nós, 820 camponesas e camponeses, indígenas e agentes da CPT, bispos católicos e da Igreja Ortodoxa Grega, pastores e pastoras, rezadores e rezadeiras, vindos de todos os recantos do Brasil, convocados pela memória subversiva do Evangelho e pelo testemunho dos nossos mártires, pela presença dos Orixás, dos Encantados e Encantadas, nos reunimos para o IV Congresso da Comissão Pastoral da Terra, em Porto Velho-RO, de 12 a 17 de julho de 2015. Foram dias de um intenso processo de escuta, debate e busca de consensos e desafios em sete tendas, que receberam nomes de sete rios de Rondônia. Ao final destes dias, queremos fazer chegar esta mensagem a vocês, povos do campo e da cidade, como um apelo e um chamado.
           
                                   "Obedecer ao chamado. Cumprir o dever".
(Cacique Babau - povo Tupinambá)

Faz escuro, mas eu canto! Ha 40 anos, a CPT, num tempo de escuridão, em plena ditadura militar, foi criada atendendo ao apelo de povos e comunidades do campo, de modo particular da Amazônia, envolvidas em conflitos e submetidas a diversas formas de violência. Hoje, voltando de onde nascemos e fazendo memória destes 40 anos, vemos que foram anos de rebeldia e fidelidade ao Deus dos pobres, à terra de Deus e aos pobres da terra, condição da nossa esperança. Vemos também que as comunidades vivem uma realidade mais complexa do que a do tempo da fundação da CPT, pois camuflada por discursos os mais variados de desenvolvimento e progresso, que, porém, trazem consigo uma carga de violência igual ou pior à de 40 anos atrás. Hoje, tem-se consciência de que pelo avanço voraz do capitalismo é o destino da própria humanidade e da própria vida que está em jogo. O mercado nacional e transnacional encontra suporte nas estruturas do Estado que se rendeu e vendeu aos interesses das elites e do capital. 

Com a autoridade e humildade de quem vive as dores e alegrias da vida do povo, neste Congresso compartilhamos experiências que trouxeram a Memória de fatos e pessoas muito significativas na história das comunidades do campo e da própria CPT; experiências de Rebeldia que nos mostram a indignação diante das injustiças e da violência e experiências de Esperança, que apontam para caminhos que levem a uma realidade mais justa.  
Quanta história temos para contar! De gente e de lugares, de derrotas e vitórias. ... E nossos mortos - homens e mulheres. Fazemos memória para unir passado e presente. Não para repetir! Mas para radicalizar, voltar às raízes do amor pela terra e pelos povos da terra. 

Na nossa luta a CPT interagia de corpo e alma com a gente desde o começo, na ocupação e no despejo. Despejo não é derrota. A gente dá dois passos pra trás e três pra frente.
Valdete Siqueira dos Santos, Assentamento Transval, Jequitinhonha, MG.

Rememorar lutas e resistências alimenta nossa indignação e rebeldia. É justo rebelar-se, é legítimo e urgente. Porque a violência e a destruição não são parte do passado, mas são vividas em todos os cantos do país, com muitas caras e a mesma cumplicidade das autoridades que deveriam zelar pelo bem do povo. Estas enrolam, cansam e esgotam as comunidades. A rebeldia vai brotando aos poucos, nasce da realidade de opressão que interpela a consciência. É igual às sementes das plantas do Cerrado, que precisam passar pelo fogo ou pelo estômago dos animais para quebrar sua dormência e assim germinar. Nem sempre é um processo racional. Muitas vezes é um processo festivo de construção de símbolos. Continua a convicção que nosso projeto de vida vai ser “na lei ou na marra”.
Se com a memória alimentamos nossa rebeldia... com o que damos vida à nossa esperança?
                     
A esperança é a persistência da rebeldia!
                     Trabalhador numa das tendas

Essa esperança vai nas nossas mãos. Em uma, a luta e a organização -  diária e rebelde -  na outra, a fé e a paixão - diária e rebelde. De um lado resistimos ao sistema de morte com luta. Do outro descobrimos que conquistar terra e território e permanecer neles não é suficiente. O desafio é construir novas pessoas e novas relações interpessoais, familiares, de gênero, geração, sociais, econômicas, políticas entre espiritualidades e religiões diferentes e com a própria natureza. 

Com as mãos cheias de esperança convocamos os povos originários e o campesinato em suas mais diversas expressões: quilombolas, pescadores e pescadoras artesanais, ribeirinhos, retireiros, geraizeiros, vazanteiros, camponeses de fecho e fundo de pasto, extrativistas, seringueiros, castanheiros, barranqueiros, faxinalenses, pantaneiros, quebradeiras de coco-de-babaçu, assentados, acampados, peões e assalariados, sem-terra, junto com favelados e sem teto, para fortalecer estratégias de aliança e de mobilizações unitárias.

Convocamos também igrejas, instituições e organizações para reassumirmos um processo urgente de MOBILIZAÇÃO REBELDE E UNITÁRIA pela vida, que inclua a defesa do planeta TERRA, nossa casa comum, suas águas e sua biodiversidade.

Com o Papa Francisco reafirmamos que queremos uma mudança nas nossas vidas, nos nossos bairros, na nossa realidade mais próxima, uma mudança estrutural que toque também o mundo inteiro.

Se no passado a escuridão não nos calou, mas acendeu em nós a esperançosa rebeldia profética, hoje também ela nos impulsiona a continuar a luta ao lado dos povos e comunidades do campo, das águas e das florestas, em busca de uma terra sem males e do bem viver.

Por isso assumimos como perspectivas de ação para os próximos anos: 
                      
Uma reforma agrária que reconheça os territórios dos povos indígenas e das comunidades tradicionais e uma justa repartição da terra concentrada;

A formação dos camponeses, camponesas e dos agentes da CPT, com destaque para as comunidades tradicionais, a juventude, as relações de gênero, a agroecologia;

O envolvimento em todos os processos de luta pela educação no e do campo;

O serviço à organização, articulação e mobilização dos povos indígenas, das comunidades quilombolas, pescadores artesanais e mulheres camponesas;

A intensificação do trabalho de base;

A sustentabilidade pastoral, política e econômica da CPT.

O profundo desejo do próprio Jesus e do seu movimento é também o nosso: “Eu vim trazer fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse em chamas” (Lc 12,49).

Porto Velho, RO, 17 de julho de 2015.

Os e as participantes do IV Congresso Nacional da CPT
Mais informações:
Cristiane Passos (Assessoria de Comunicação) – (69) 9368-1171 /
Acesse todas as informações do IV Congresso da CPT aqui
Fotografias no Facebook da CPT: Comissão Pastoral da Terra (CPT)favor citar o crédito das fotos
@cptnacional

É crime ser jovem? Lourival Rodrigues da Silva[1]





A juventude está hoje na cena principal das discussões da Violência, na qual grande parte da sociedade apresenta a mesma como um dos principais protagonistas deste tema, seja como causadores de violência ou como vítimas, sendo a primeira situação a mais recorrente. A impressão que se tem é que se tornou um crime de ser jovem.

A sociedade contemporânea possui uma forma de perceber a juventude carregada de estereotipo proveniente do modo de se comportar desta categoria. Desta maneira há uma representação dos jovens como causadores de violência. É sabido que a violência vem preenchendo agora e na história, um vazio deixado pelos atores e pelas relações sociais construtoras de valores. A situação de violência revela, uma falta de perspectiva, e tem fundo nas questões sociais. A sociedade capitalista possui uma ausência de mediações e sistemas de relações que fazem falta para a vida das pessoas, causando assim o enfraquecimento na criação de espaços da qualidade de vida.

O enfraquecimento dos espaços sociais de relação na vida dos jovens resultam em uma espécie de campanha a favor da criminalização desta geração, através de vários fatores tais como mobilização para a redução da maioridade penal, situações de violência e extermínio de jovens, toque de recolher, linchamento de suspeitos e busca de justiça com as próprias mãos. 

As raízes da violência, no caso da juventude, está ligada a fatores como a ausência de políticas públicas, ausência de processos educativos, precarização do emprego e dos postos de trabalho que tem gerado uma massa de pessoas sem lugar. Causando assim a possibilidade de acesso ao consumo de bens e serviços e direitos básicos. Os jovens se veem assim privados de suas carências, resultando em manifestações de indignações e conflitos. A negação desses desejos e promessas geram conflitos, que podem revelar uma forma de impor uma integração no sistema ou a origem de organizações de resistência de tipos variados. 

A violência para alguns passa a ser uma tradução da vontade reprimida. Mais do que isso: no caso do adolescente e do jovem, a ação se junta à paixão pelo risco. Essa dimensão é ampliada nos jovens que residem em zonas periféricas, fazendo que muitos passem a sofrer discriminação cultural e racial. Estes jovens trazem a marca da descriminalização e do individualismo que se junta à visão negativa que a sociedade tem sobre eles/elas.

A violência se constitui como uma interface e subordinação às questões da cultura, da religião, da política e do Estado. Ampliando nas disputas culturais e sociais, na busca pela purificação étnica, sectarismo, integrismo e fundamentalismo. Revelando as tensões entre expectativas dos atores e os meios de realizar suas buscas. Na violência não se acomodam as negociações, ela surge das carências políticas e dos atores capazes de serem sujeitos.

Essas são algumas das causas que levam a sociedade contemporânea a ter os jovens como responsáveis pelos crimes, buscando criar sansões que venham punir e conter estes sujeitos desviantes. Em nada, os jovens são reconhecidos ou beneficiados com essas sanções. As punições são prerrogativas da nossa incapacidade de realizar as promessas da modernidade. 

Todos se perguntam como contribuir na busca de respostas para as soluções destas situações em que envolvem juventudes e violência, sabemos que às oportunidades para os jovens com justiça e equidade, é uma possibilidade de caminho. Trata se de encontrar ações e reconhecer novos modelos de autoridade emergentes para as juventudes e com quem estas se identificam.que se encontrar formas de mediar novos espaços de sociabilidade para os jovens dentro de mediações ou sistemas de relações, buscando respostas e oportunidades justas.




[1] - Especialista em Juventude, Mestre em Ciências da Religião. Presidente do Centro de Juventude Cajueiro.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Carta ao Pe. Floris!



Querido Floris,

Hoje celebramos tua Páscoa. Páscoa que viveste na certeza “de que o Pai só quer a vida. Mesmo que não possa evitar a Cruz.” Páscoa que é sua “oferta, junto com a de Jesus, pela libertação do povo, e especialmente, pelos jovens e pela Pastoral da Juventude do Brasil e da América Latina”.

Não tive a felicidade de te conhecer pessoalmente. Mas, há muitos anos te conheço. Te conheço nas falas e histórias de Carmem e Rezende. Lori e Hilário sempre falam de ti também. Te conheço nos livros de história da PJ que dizem do seu amor e do seu serviço. Te conheço no processo de educação da fé, sonhando uma formação integral. Te conheço na vida encarnada em terras goianas. Te conheço nas belezas que ajudou a construir na Casa da Juventude. Mas, sei que nos encontramos na paixão pela juventude e pelos pobres. Na doação na Pastoral da Juventude.

Confesso que seu testamento sempre me interpelou muito. E em diversos momentos de minha vida suas palavras ecoaram. Como alguém pode seguir crendo firmemente que o Pai só quer a vida, apesar de estar com o corpo tomado pela doença? Como alguém pode viver tão fielmente o amor (Jo 13, 1) aos jovens e pobres a ponto de fazer de sua cruz e morte uma oferta? Sempre me perguntei isso. E depois de anos, descobri que uma pessoa só fará na Cruz e morte uma oferta, se a vida doada foi doação radical. Assim foi a vida de Jesus. E assim foi sua vida: doação radical, amor até o fim!
Seu nome é lembrado pela doação que viveu. É que eternidade é amor e serviço, e não poder ou controle. Mas, o melhor modo de lembrarmos seu nome será seguirmos fiéis na causa juvenil, sonhando uma formação integral.

Hoje, fala-se muito de juventude. Na Igreja e fora dela. Infelizmente, falar de juventude nem sempre é defender sua vida, acompanhá-la em processos de formação integral, gerar protagonismo, potencializar a organização, optar pelos pobres. Desafios que temos que enfrentar. Por isso, você, Gisley, Walderes, Albano, D. Mauro e outros/as amigos/as tem que nos ajudar. Há muita violência ceifando a vida da juventude. E precisamos gerar ressurreição, comprometendo-nos até o fim na causa da vida, única vontade do Pai.

Encerro essa carta pedindo para mim e para todos/as nós, a mesma graça que você pediu em seu testamento. Que minha vida, que nossas vidas sejam uma oferta, junto com a de Jesus, pelo libertação do povo, dos/as pobres e dos/as jovens.

Abraços nos amigos que aí estão. Festejem a ressurreição e nos ajudem a sermos doação e amor até o fim! Pelo Reino. Pela Juventude. Pelos/as pobres.

Abraços e beijos desse amigo,
Luis Duarte

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Congresso da Vida Consagrada - Bogotá 2015





Congresso da Vida Consagrada
Bogotá, 18 – 21 de junho de 2015

MENSAGEM FINAL

“Bem- aventurada, aquela que acreditou” (Lc 1, 45), Vida Consagrada, porque a Ruah divina fará surgir em ti uma nova forma de vida. 

1.   As/s participantes no Congresso de VC de América Latina e o Caribe dirigimos esta Mensagem às pessoas consagradas, aos nossos Pastores e a todo o Povo de Deus do que somos parte, com a esperança de que, por médio deste escrito, possam também experimentar os convites que o Espírito Santo nos fez para um maior compromisso na vivencia da nossa vocação. 

Realizamos o Congresso no contexto do ano da VC, convocado pelo Papa Francisco por ocasião do 50° aniversário do Concilio. Durante os dias do Congresso, escutamos a Deus onde a vida clama, reafirmamos nossas convicções e vislumbramos os “horizontes de novidade na vivência de nossos carismas hoje”.  Ao terminar este Congresso expressamos nossa solidariedade com as vítimas da violência e com o processo de paz em Colômbia. 

2.   Fatos significativos no Congresso. Alegramo-nos pelo posicionamento das Novas Gerações da VC e pela sua participação no Congresso. Sua palavra e seu trabalho, seus questionamentos e sua forças, desafiam às/aos mais velhos para olhar não para o passado, mas para frente, para novidade que Jesus nos promete. Com seu magistério e seu testemunho, Francisco nos motiva a criar a cultura da ternura e da misericórdia. Foi providencial que durante o Congresso se publicara a encíclica Laudato Si’, na qual o Papa nos convida assumir “o cuidado da casa comum”. Também, nos confronta e estimula a memória do beato Oscar Arnulfo Romero, quem propõe à VC uma forma concreta de ser profecia martirial, fiel ao Evangelho e livre de ataduras. 

3.   Betânia. A VC de América Latina e o Caribe, ao contemplar o ícone da comunidade de Betânia –Marta, Maria e Lázaro–, sentiu-se chamada por Deus para ser casa de encontro, comunidade de amor e coração de humanidade. Aqueles/as que participamos no Congresso, escutamos, como ditas a nós, as ordens que Jesus deu no contexto da ressurreição de Lázaro: “Tirem a pedra”, “saia para fora!”, “Desamarrem e deixem que ele ande” (Jo 11, 39.43-44). Queremos viver estes mandatos; somente assim poderemos acolher o reino do Abba, irradiar a beleza de seguir Jesus Cristo e experimentar o gozo do Evangelho. 

4.   Um antes e um depois para a VC. Este Congresso, em sintonia com o Vaticano II, nos proporcionou um impulso de ressurreição que levantará à VC do túmulo da nostalgia pessimista do passado e a impulsionará ao futuro, que é a vida nova no Resuscitado. A presencia de Jesus em meio da comunidade gera vida, alegria, missão, compromisso mutuo; cria pessoas ancoradas nele e ao Reino e não às obras e estruturas; gera, na Igreja e para a Igreja, uma VC renovada e resignificada, não de massa, mas de próximos que vivem a fraternidade num clima de amor, compaixão e misericórdia e são profecia do Deus de Jesus; uma VC que origina novos vínculos intercongregacionais e novos espaços que nos evangelizam com diversos rostos. 

5.            Horizontes de novidade. Dentre os diversos “horizontes de novidade na vivencia de nossos carismas hoje” que percebemos no Congresso, destacamos os seguintes:

a.      A Trindade é o modelo da nossa fraternidade; conduze-nos à unidade na diversidade, nos capacita para o diálogo e a reciprocidade, faz com que nossas relações sejam circulares e em igualdade.

b.      O seguimento de Jesus Cristo, desde a mística e a profecia, tem como horizonte o martírio, testemunho eloquente que é capaz de tocar o coração das outras pessoas e suscitar a conversão. Temos de recuperar a memória profética-martirial dos nossos povos.

c.      Uma resignificação dos conselhos evangélicos à luz do Verbo de Deus que se encarna e entrega sua vida na cruz, e da escuta da Palavra, levará a pessoa consagrada à liberdade, à gratiudade-gratidão e à compaixão. 

d.     A VC está chamada a partilhar espiritualidade, missão e vida com as leigas e os leigos, desde uma eclesiologia de comunhão, constituindo famílias carismáticas 

e.      Uma VC pobre e para os pobres, implica participar hoje “na revolução da ternura” (EG 88), “usar a medicina da misericórdia” (MV 4) e cuidar “a casa comum” (LS).

f.       A VC tem de sair da sua auto-referencialidade e de todo aquilo que lhe impeça o contato direto com o próximo.

g.      A intercongregacionalidade e as comunidades intergeracionais são desafios que exigem discernimento e criatividade, e que nos proporcionam a oportunidade de enriquecer-nos mutuamente, crescer e complementar-nos. 

h.      As culturas, a ecologia e a humanização são espaços nos quais a vida se vê ameaçada, espaços nos quais a VC deve estar presente e atuar.

6.            Fazer acontecer. Concluímos o Congresso com o coração ardente, porque percebemos o Espírito de Deus atuando em meio de nós. Tendo conhecido os convites a nos comprometer feitos pela Ruah divina, nos corresponde agora fazer com que aconteça a novidade da VC, ou mais exatamente, colaborar com a Ruah no surgimento de uma VC nova, participativa e prismática, não piramidal nem estática. É necessário impulsionar já esta colaboração; ser pessoas propositivas e ousadas, que “façam confusão” começado cada um/a por si mesmo/a, pelas nossas comunidades locais, pelas próprias congregações e conferencias. As intuições do Congresso são sementes que darão frutos só se passamos da teoria à prática. 

7.            Em marcha. “Saia fora”, disse Jesus a Lázaro. O Papa Francisco insiste em que “a saída missionária é o paradigma de toda obra da Igreja” (EG 15), e espera da VC que saia de si mesma “para ir às periferias existenciais”. Vamos, caminhemos em companhia de aqueles que lutam por um mundo mais justo e inclusivo, mais fraterno e mais alegre. 


Tiremos lhes à VC as faixas para que possa caminhar; tiremos lhe as faixas e caminhemos com Maria, que vá com prontidão a servir a sua prima Isabel. O encontro de estas duas mulheres foi o começo de algo novo, de uma vida fecunda e missionária. Saiamos e caminhemos com Maria, e façamos que a humanidade – João – pule de gozo, e que a criação – Isabel – fique cheia do Espírito Santo (Lc 1, 39 – 44).

Katiuska S. Nieves - tradutora do texto.