terça-feira, 30 de junho de 2015

Medo, violência e política de segurança

Este é uma entrevista com a pesquisadora  Vera Melaguti que fala sobre "Medo, violência e política de segurança"fundamental para entender como o medo é hoje um elemento para manter o status econômico, a cultura que organiza a sociedade e que estabelece que uma classe deve ser encarcerada. Este material pode produzir um bom debate. 

Reserve um tempo para escutar, há várias citações que podemos apropriar ainda mais da realidade para atuar de formar cada dia mais para construir uma civilização do amor.

Entender os processos históricos brasileiros para poder atuar junto à juventude e assim poder, contribuir para a justiça e a libertação de um povo. 

 


Cordel sobre o processo de formação - Grupo de Jovens - Belém


Diário de Bordo de Pedro Cerqueira Melo - Cruz das Almas - Bahia
Na Trilha do Grupo de Jovens - Lugar Bíblico Belém - Etapa Convocação
______________________________
Uma história bonita
Eu tenho pra contar
Um curso de e uma ideia rica
Que devemos proclamar
Sem medo e sem preguiça
Com entusiasmo nesta pista
Devemos continuar!!
Em tempo de Esperança
Mas também de contradição
Queremos mudanças
Fora toda corrupção!
Acreditamos na tolerância
Na vida em abundância
É tempo de formação!

Uma trilha iluminou
A vida de tantos irmãos
Uma chama de viva de amor
Um projeto, uma construção.
Conectado em um caminho
Sem medo do desafio
Nasceu entre tantas mãos!

No caminho de Belém
Este é um grande NATAL
Naquela pequena cidade
Aconteceu algo sensacional
Para nossa felicidade
Para questionar a sociedade
Nasce um homem de comunidade
Noticia fundamental

Corria nesta grande rede de amor
Uma grande noticia
Nasceu nosso Senhor
Isto se explica
Com empenho transformador
É isto é que vivifica!

Cajueiro! Cajueiro!
Fruto de grande sabor
Seja no nordeste brasileiro
Seja na nesta rede de amor
Nele tudo se aproveita
Neste tempo de colheita
Construir a civilização do amor

A caravana partiu
E em Belém acampou
Nesta terra rica e fértil
A convocação começou
Chegando a todo Brasil
Neste país juvenil
O curso propagou

Tempo de formação
De construir e planejar
Juventude em missão
De convocar e celebrar
Para na comunidade caminhar
Formar grupos de jovens
Para muitos salvar

Os grupos de jovens
São redes de proteção
Caminho de esperança
Espaço de salvação
Lugar de alianças
De viver a libertação

Colocar o Evangelho vida!
Sem medo e sem cobiça
Organizar esta rede
É uma grande saída
Defender o reino
Lutar pela Justiça!

Construir significa
Criar laços entre pessoas
Com a ajuda do Cajueiro
Isto se intensifica
Colabora com a juventude
A viver esta mística

Um ponto a destacar
Neste meio virtual
A troca de experiência
Foi algo sensacional
Esta é uma grande referência
Para assessores e jovens
Do campo da Cidade e da capital
Construir a civilização do amor

A mística de Belém
É a vivência do empobrecido
Lugar de confiança
De encontrar com o pequenino
Deixar de ser refém
Deste mundo perseguido
Defender a juventude
Condenar seu extermínio

A pessoa que deseja apoiar os jovens
Deve saber escutar
Na construção de amizades
Seus sonhos e projetos acompanhar
Na Descoberta da comunidade
O reino de Deus implantar

A formação da Juventude
Acontece de modo gradual
Com muita solicitude
Ela torna-se integral
Viver a Espiritualidade
É parte fundamental
Turma neste momento

Só tenho que agradecer
E este meu depoimento
É o que tenho que fazer
Este acampamento
Feliz em viver
E poder com alegria
Desta fonte beber

Só tenho que agradecer
Este canal de formação
Tenho que reconhecer
Este é um espaço de Evangelização
É como um grupo de jovem
Preserva a vida nova
É lugar de salvação

Muito axé aos cajueristas
Amigos de valor
Peço para todos vocês
As bênçãos de Nosso Senhor
E sem perder de vista
No raiá desta pista
Colocar em pratica o que experimentou.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Conhecendo Jesus com saberes e sabores de nossa cultura




Chegamos cheios de animação, agitados/as e ansiosos/as para a nossa tão sonhada II Etapa, a qual vínhamos contando os dias, fazendo  planos, relembrando momentos e imaginando o quão legal essa nova etapa seria.  Matamos a saudade uns/umas dos/as outros/as, descontraímos e com nostalgia falávamos sobre a I Etapa.

Já dentro do salão, a assessora da etapa foi apresentada e não poderia ter sido melhor escolhida: Mercedes, que encantou a todos logo de cara com seu jeito e espirito jovem; e estava também o Pedro Caixeta, que já conhecíamos da I Etapa e nos acompanha enquanto CEBI-GO, com toda sua simplicidade e prestação.

Iniciamos então o nosso estudo sobre o “Jesus Histórico”. Trouxemos dúvidas que brotaram após a I Etapa sobre a vida de  Jesus, a respeito de sua infância e adolescência.  Relembramos sobre o Jesus que nos fora contado quando éramos crianças e o Jesus que é representado nas imagens. Partimos daí e descobrimos que Jesus também foi gente como a gente, que foi criança, cresceu e tinha necessidades assim como todos/as nós, quebramos o estereótipo de um Jesus que só fazia milagres e que era inatingível.

Através das diversas passagens e dos mapas estudados, aprendemos não só sobre Jesus, mas também sobre a sociedade a sua volta, o contexto histórico e a geografia da época. Foi também onde aprendemos diversos costumes e particularidades  de outras culturas e religiões, que nos deixaram ao mesmo tempo intrigados/as e maravilhados/as. Realizamos o Método do Tatu, trabalhamos a exegese e a hermenêutica aprendidos na primeira etapa, e também realizamos representações em forma de teatro.

Durante a noite, realizamos um momento de oração onde lembramos do querido Padre Gisley, defensor da juventude; e rezamos ainda nossas atuais lutas dentro da sociedade. Tivemos logo em seguida uma festa de São João com tudo que tem direito e que foi ”mior de bão sô”!

Pela manhã, retornamos cansados/as, mais ainda com sede de conhecimento, relembramos grandes nomes que nos  inspiram na luta e  fizemos o uso de parábolas, para as quais também houve encenação.

Após o almoço, partimos de volta pra casa, não do mesmo modo que chegamos, pois agora levamos conosco um novo conceito, um conceito de um Jesus que era de tudo um pouco: médico, professor, psicólogo, defensor, guia, dentre muitas outra coisas. Saímos também com a missão de pregar sobre esse Jesus humano e levar seus gestos para o nosso dia-a-dia, mas acima de tudo.

A despedida veio com mais saudades do que quando chegamos, pois cada etapa é diferente e em cada uma delas temos experiências diferentes, mas uma coisa é certa: saímos já contando os dias para a chegada da III Etapa!
Texto e fotos: Sâmela Lobo.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

LAUDATO SI (Crônica sobre uma Encíclica Cuidar da Casa Comum) - Hilário Dick








    Sou apenas um dos milhões que não tiveram a chance de ver o Papa Francisco de mais perto. Sou apenas um jesuíta que não conhecia o Bergoglio de mais perto, mas pelas coisas que ouvia, e ficava com os pés para trás. Sou apenas um jesuíta que teve a alegria interna profunda de ver que aquilo que o Papa Francisco começou a fazer logo no início de seu pontificado. Ele fez o que todo jesuíta sonharia fazer, pensava eu: chorar os africanos mortos, engolidos pelas águas em busca de sobrevivência. Se o Bergoglio surpreendeu, o Papa Francisco surpreendeu divinamente. A Igreja e o mundo precisavam de ares novos, de expulsões de maus espíritos, de autoritarismos e moralismos frustrantes e surgiu essa figura argentina. Em 2013 o Papa Francisco lançara a exortação apostólica Evangelii Gaudium que já deveria ter sido lida e meditada por todos que se dizem cristãos, também as hierarquias, também os cleros que deveriam ler mais. Ela era a expressão da alegria exuberante que tivemos a graça de começar a contemplar quando Francisco pediu a bênção ao povo reunido na Praça de São Pedro, em Roma.

    Em 24 de maio de 2015, acompanhada de muita curiosidade, apareceu a Encíclica Laudato Si, sobre o cuidado da casa comum, como diz o título, isto é, sobre a Ecologia. Entre os seis capítulos vamos referir-nos somente ao capítulo 6, intitulado “Educação e Espiritualidade Ecológicas” (nº 202 a 246). Serão unicamente referências com vontade de dizer: “leiam todo o documento, que vale a pena”, mais nada. Claro que a Encíclica tem várias chaves de leitura, mas não importa. Se a Encíclica é uma enciclopédia sobre Ecologia, o capítulo 6 é de uma mística ecológica que faz aquecer o coração.

    Chamaria a atenção ao fato de, assim como Evangelii Gaudium termina com um poema a Nossa Senhora, a Estrela da nova evangelização, Laudato Si se inspira claramente no cântico de São Francisco de Assis e conclui com duas orações em forma de poema: uma dirigida aos não-crentes e a outra aos cristãos. É muito mais do que dar-se conta que Francisco foi professor de Literatura; é dizer que o mundo precisa mais de poesia do que de formulações dogmáticas.
    Em meio às violências e feiuras – também no abuso da Criação – precisamos de carinhos cordiais. Como dirá o Papa, quando as pessoas se tornam auto referenciais e se isolam na própria consciência, aumentam a sua voracidade: quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. O coração se embrutece. Precisamos de outro estilo de vida. Assim como Francisco fala da necessidade do cheiro de ovelha, com seu modo de escrever e ser, ele nos diz que precisamos entender melhor o que seja ser teologicamente dionisíaco.

    Se na Evangelii Gaudium o Papa já citava autores como T. de Kempis, Newmann, Bernanos, De Lubac e outros; em Laudato Si o autor preferido, nas citações, é Romano Guardini, ao lado de Dante Alighieri, Teilhard de Chardin, Paul Ricoeur e a Cúpula do Rio. Se na primeira há bastantes citações do Documento de Aparecida e citações de 07 Conferências Episcopais, na segunda volta o CELAM (com menos intensidade) e citações de 17 Conferências Episcopais, de todos os lados dos vários continentes: 6 da América Latina (exportação de resíduos, pobres etc.), 5 do mundo oriental (mundo marítimo como cemitério, os que comem demais), 03 da Europa (ambiente como um empréstimo e os pobres como vítimas da agressões ambientais), 02 do continente americano (questão dos pobres e a natureza como revelação divina), 01 da África (nova solidariedade universal). Cremos não ser um dado acidental; é a crença e a prática da colegialidade episcopal que o Papa crê, vive e pratica.

    Saboreemos, por isso, um pouquinho dos nove subtítulos do capítulo 6: “Educação e Espiritualidade Ecológicas”, o capítulo que mais me impactou. 1. Quanto a outro estilo de vida lemos que quando poucos tem possibilidades de se manter no consumismo, isso só poderá provocar violência e destruição recíproca (nº 204). Sempre é possível desenvolver uma nova capacidade de sair de si mesmo (nº 208). 2. Falando de educar para a aliança entre a humanidade e o ambiente, fala da família como sede da cultura da vida e da necessidade de uma educação estética apropriada e a preservação de um ambiente sadio (nº 213 e 215). 3. Falando de conversão ecológica o Papa afirma que não é possível empenhar-se em coisas grandes apenas com doutrinas, sem uma mística que nos anima (nº 216). De forma simbólica ele afirma que “se os desertos exteriores se multiplicam no mundo, é porque os desertos interiores se tornaram muito amplos (nº 217). 4. Referindo-se à alegria e à paz, e também à sobriedade, afirma: É possível necessitar de pouco e viver muito, sobretudo quando se é capaz de dar espaço a outros prazeres cita encontros, serviços, música, arte, oração). 5. Em amor civil e político (nunca ouvira falar desta forma do amor) Francisco diz que é necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo, que vale a pena sermos bons e honestos (nº 229). É nessa parte que ele fala da cultura do cuidado. 6. Ainda acho que um dos subtítulos mais bonitos é o dos sinais sacramentais e o descanso celebrativo. Além de falar da tendência de reduzir o descanso contemplativo ao estéril e inútil, é lindo quando fala da Eucaristia dizendo que a graça atinge uma expressão maravilhosa quando próprio Deus, feito homem, chega ao ponto de fazer-Se comer por sua criatura (nº 26). 7. Muito bonito, igualmente, quando fala da Trindade e da relação entre as criaturas. Na verdade, a pessoa humana cresce, amadurece e santifica-se tanto mais, quanto mais se relaciona, sai de si mesmo para viver em comunhão com Deus, com os outros e com todas as criaturas (nº240). Além de falar de Maria como “a Rainha de toda a criação” ele conclui que estamos a caminhar para o sábado da eternidade, para a nova Jerusalém, para a casa comum do Céu (nº 243).

    É certo que a Encíclica vai ser sucesso de venda e de críticas por parte de certas partes do mundo. Não importa, a profecia sempre foi perseguida.

    Hilário Dick, Jesuíta, doutor em literatura e assessor e pesquisador de juventude.
    Fotos - internet

sábado, 20 de junho de 2015

Cuidar da Formação é tarefa de todos nós: Evangelização ou Planejamento?


O Centro de Juventude Cajueiro Oferece curso virtual em agosto e setembro. Você quer organizar um para a sua comunidade? Diocese? Congregação? Então vamos lá façam a sua inscrição ou contrate o curso só para vocês.

Curso 1 - Na Trilha do Grupo de Jovens - Como trabalhar a evangelização? Ofício Divino,  Leitura Orante da Bíblia e outras elementos.

Você quer se preparar para cuidar do grupo de jovens? Já pensou em ir para Samaria? Que tal pensar na Mulher da Samaria apresentando Jesus?

O curso é de 2 meses. Você vai gostar muito de refletir a formação integral a partir da evangelização. Não deixe passar esta oportunidade, venham refletir.
Duração - agosto e setembro -
valor do curso - R$ 50,00
O curso acontece se tivermos mais de 30 participantes.


Curso 2 - Na Trilha do Grupo de jovens - Planejamento do Grupo - um dos elementos mais importantes e mais forte do grupo é o planto. Capacitar as pessoas para o planejamento. Uma formação integral que parte da capacitação técnica.
Fazer o caminho de Emaús. Planejar os passos da vida do grupo.

Duração do curso - agosto e setembro
valor do curso - R$ 50,00
O curso acontece se tivermos mais de 30 participantes.

Você pode organizar um grupo de 50 pessoas vocês podem pagar por 40 pessoas. Se decidirem por este caminho, entre em contato conosco para ter um link especial para a inscrição.

Tem interesse em fazer o curso? escreva para virtual@cajueiro.org.br
Temos uma promoção - para cada 5 inscrições a sexta é gratis.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Reação a nota da CNBB na página oficial comentários de Geovani Santos






Giovani Santos​ facilitador do curso virtual do Cajueiro - Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude​ fez uma reflexão muito oportuna sobre a nota e as reações das pessoas e nós do Cajueiro divulgamos aqui a sua reflexão que nos convoca a pensar a formação que ofertamos. Como estamos cuidando da integralidade? Trabalhamos a dimensão social?



Segue o texto do Geovani Santos publicado no Facebook sobre a nota da CNBB publicada aqui:

Aí você vê que uma página oficial de jovens católicos divulga a Nota emitida pelo Presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Vilsom Basso, CONTRA a Redução da Maioridade Penal.
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Aí na Nota o Bispo convida todos os jovens católicos para se posicionarem contrariamente à Redução, em comunhão com a posição da CNBB. Posição essa justificada no evangelho, por inúmeros dados, fatos e justificativas reais, concretas e profundamente embasadas.
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Aí você nota que abaixo da postagem existem dezenas de comentários, a imensa maioria postados por jovens "religiosos", "santos", jovens "de bem", que "têm a Deus", que tem uma "família de verdade". E sabe o que estes jovens dizem? Que são a favor da Redução. Que o Dom Vilsom não os representa. Que a CNBB não os representa. E mais um monte de besteiras que só pessoas alienadas,[....] poderiam pensar e dizer.
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Aí você se pergunta: Onde é que esses jovens aprenderam isso? Por que eles não conseguem entender e apoiar uma posição tão coerente e profética da sua Igreja e dos seus pastores? E aí vem a resposta, vergonhosa, porém verdadeira: Eles aprenderam isso na Igreja. Sim, é isso que eles aprendem nas suas chamadas "comunidades" ou "movimentos" ou "encontros"... Espaços superficiais, inundados de dogmas irreais que limitam e atrofiam a capacidade de pensar... Espaços onde se aprende a viver uma fé vertical, sentimental e individualista... Espaços vazios de criticidade e de formação real/integral, onde a hipocrisia e o falso moralismo são como fertilizantes para cultivar a intolerância e o ódio que muito bem se acomodam ao senso comum.
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Aí você precisa desabafar: a Igreja está sendo agredida pelo seu posicionamento profético e evangélico no que diz respeito a redução. E ela está sendo agredida por dentro. E sabe do que mais? A Igreja está colhendo que tem plantado. A predileção por uma evangelização vazia, baseada em eventos de massa e "espetáculos" midiáticos, é a principal causa de tanta ignorância e incoerência dentro da própria Igreja. Ou acordamos pra isso e valorizamos os verdadeiros PROCESSOS de formação, ou então teremos cada vez mais jovens "santos" que não representam a Igreja e menos ainda a Cristo.
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Pronto. Falei.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Sétima edição do Ofício Divino da Juventude - ODJ




O Ofício Divino da Juventude - ODJ neste ano de 2015 chega a 90 mil exemplares publicados e a 7a Edição. É um livro de oração que brota da liturgias das horas e depois do Ofício Divino das Comunidades, uma tradição dos leigos/as desta Igreja. Depois assumida pelo clero e religiosos/as e ficou reclusa para este grupo. Muito tempo depois esta prática está sendo assumida pelas comunidades adultas e jovens.

O Ofício Divino traz para a juventude um método de oração e celebração a partir da vida, do cotidiano. Um jeito de rezar a vida e de celebrar a palavra que nasce da experiência comunitária e alimenta uma mística que nos ajuda a cuidar do mundo.

O ODJ, como é conhecido nasceu em 2004, em Goiás. São várias fontes que vão alimentar a vida de muitas pessoas durante 10 anos. Muitas pessoas e grupos envolvidos para que este projeto pudesse ser realidade.

Nesta 7a Edição queremos agradecer as Missionárias de Jesus Crucificado, as Irmãs de Santa Catarina, Província Madre Regina, Petrópolis/RJ; a Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo e o Colégio Preciosíssimo Sangue/ Manaus/AM. Também, as pessoas que compraram na livraria do Cajueiro, porque estamos entrando com uma parte do valor da impressão.

Houve mudanças nos preços. O valor de venda do material é de R$ 7,00 o exemplar. Comprando acima de 50 exemplares, o valor será de R$ 6,00. Os pedidos podem ser feitos pelo email livraria@cajueiro.org.br

Este material está sobre a responsabilidade do Centro de Juventude Cajueiro.


quarta-feira, 17 de junho de 2015

NOTA SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL! CNBB





NOTA SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL!

“Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus”. (Mt 5,9)

Assim diz a nota da CNBB sobre a redução da maioridade penal, datada de 16 de maio de 2013:
O debate sobre a redução da maioridade penal, colocado em evidência mais uma vez pela comoção provocada por crimes bárbaros cometidos por adolescentes, conclama-nos a uma profunda reflexão sobre nossa responsabilidade no combate à violência, na promoção da cultura da vida e da paz e no cuidado e proteção das novas gerações de nosso país.
A delinquência juvenil é, antes de tudo, um aviso de que o Estado, a Sociedade e a Família não têm cumprido adequadamente seu dever de assegurar, com absoluta prioridade, os direitos da criança e do adolescente, conforme estabelece o artigo 227 da Constituição Federal. Criminalizar o adolescente com penalidades no âmbito carcerário seria maquiar a verdadeira causa do problema, desviando a atenção com respostas simplórias, inconsequentes e desastrosas para a sociedade.”

Nos dias 15 a 24 de abril de 2015, mais de 300 bispos da Igreja Católica estiveram reunidos na 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, e na Nota sobre o Momento Nacional, datada de 21 de abril de 2015, os bispos afirmam:
A PEC 171/1993, que propõe a redução da maioridade penal para 16 anos, já aprovada pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça da Câmara, também é um equívoco que precisa ser desfeito.
A redução da maioridade penal não é solução para a violência que grassa no Brasil e reforça a política de encarceramento num país que já tem a quarta população carcerária do mundo. Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família é meio eficaz para preservar os adolescentes da delinquência e da violência.”
Como membro da CNBB e um dos responsáveis pela evangelização da juventude na Igreja do Brasil, eu reafirmo as palavras dos Bispos do Brasil contra a redução da maioridade penal e convido os jovens e assessores das PJs, Movimentos, Novas Comunidades, Congregações Religiosas e Responsáveis Diocesanos pela Evangelização da Juventude a refletir e se manifestar contra a redução da maioridade penal.

Brasília, 16 de junho de 2015


Dom Vilsom Basso, SCJ
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude – CNBB

terça-feira, 16 de junho de 2015

Levante a sua voz - a verdadeira história da mídia brasileira

A comunicação como um direito humano."Vídeo produzido pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung remonta o curta ILHA DAS FLORES de Jorge Furtado com a temática do direito à comunicação. A obra faz um retrato da concentração dos meios de comunicação existente no Brasil."
Lucas de Souza Gutierre participa do curso Na Trilha de Formação de Educadores/as - Civilização do Amor. Ao comentar sobre o sonho de sociedade e colocou a sugestão deste documentário. Publicar esta ideia aqui para que ela se espalhe para que mais pessoas possam dialogar sobre o tema e buscar construir um país que respeite a sua diversidade.


Padre Geraldo dá um depoimento celebrando a memória dos 6 anos da Páscoa de Gisley


Geraldo M. L. Nascimento, Jesuíta, dá o seu depoimento sobre o Gisley Azevedo, padre Estigmatino, foi diretor do IPJ/LesteII, da coordenação da Rede Brasileira de Centro e Instituto, Assessor do Setor Juventude/CNBB - assassinado em Brasília/DF no dia 15/06.


Carta ao amigo Gisley - Luis Duarte celebra 6 anos de Memória da Páscoa!



Carta ao Gisley,

No dia de hoje as palavras somem. Lembro de você me dizendo que “estava trabalhando menos que precisava, mas mais que gostaria”. Depois te vi ali, sentado junto da juventude, celebrando o natal na CAJU. Lembro que estava na fisioterapia. Foi a Alessandra quem me ligou dizendo que você estava desaparecido.Fiz uma prece pedindo que fosse um engano. Entre mensagens diversas e muitas, a prece era que fosse mentira. Mas, você havia vivido sua Páscoa. Havia abraçado a Cruz. Os estigmas da Cruz eram em ti as marcas das balas.

Até hoje não sei dizer porque não fui no teu velório. Sei que chorei sozinho numa vigília. Sei, que li milhares de depoimentos, cartas. E não faltaram pessoas, jovens e assessores/as chorando sua morte, mas ressuscitando contigo na causa pela vida da juventude. É que uma vida que é Eucaristia sempre será lembrada. A Carmem te escreveu dizendo que seu velório foi o lançamento nacional da Campanha Contra a violência e o extermínio de jovens. Você precisa ver quanta coisa bonita e comprometida aconteceu nesses anos todos da Campanha. O Hilário te visitou no céu, riu contigo. E escutou você pedindo para ser lembrado por ter sido o mártir da defesa da vida da juventude, da Campanha contra a violência e o extermínio de jovens. Poucos dias depois de você junto de jovens e assessores/as das PJs terem construído a Campanha você é assassinado. E foi assassinado no auge de uma discussão sobre a redução da maioridade penal. No dia em que encontrávamos seu corpo, você tinha uma reunião para articular ações contra a redução.

É curioso, que hoje, seis anos depois estejamos no auge da discussão da redução da maioridade penal novamente. Tem muita gente querendo matar a juventude, em nome de valores “cristãos”, inclusive. Há muita gente, pessoas e instituições, querendo crucificar ela. Tem muitos corpos de jovens sendo encontrados em cantos diversos. É que continuam a matar a juventude. Há muita gente se articulando contra a redução da maioridade penal, pela vida da juventude. Infelizmente, sei que o sabes, a Campanha deixou de existir faz poucos dias. Tantos e tantas já se manifestaram, de diversos modos, sobre o fim da Campanha. Gostaria de te escutar. O que tem a nos dizer? O que nos sugere?

Antes de me despedir preciso lhe dizer algumas coisas. Coisas da vida. Sei que já sabes, mas quero dizer assim mesmo. Quel e Quim serão os pais de Maria Flor, uma alegria só. O Guigo e a Ediane estão gestando juntos o Davi. Felipe está trabalhando firme pela vida da juventude, em especial da juventude negra. Tica está bem, segue se doando pela juventude, mora em Brasília faz alguns anos. A Carmem, junto do Lourival e outros/as amigos/as, tem batalhado muito na causa juvenil através do CAJUEIRO. O Hilário segue fazendo assessorias ali e acolá, sempre profeta e poeta em seus escritos e radical na causa da juventude. O Lourival, lutando pela recuperação da saúde, segue na causa da vida da juventude. Teria que te falar de muita gente. O tempo não me permite. Muita gente tem saudades de você. Ah, não esqueça de dar um abraço apertado no Walderes, quem envia é o dindo Rezende. Mirim segue fazendo mil e uma assessorias, nos ajudando a recordar os mártires.

Ainda te peço uma coisa. Conceda-me e conceda-nos a graça de fazer da vida uma Eucaristia. Sim, que minha vida e nossas vidas sejam, como a tua, uma vida doada em amor radical (Jo 13, 1) pela vida da juventude (Jo 10, 10). Ajude-nos a não descuidarmos da memória, da profecia e da utopia. E fortalece-nos na esperança!

Contamos contigo para seguirmos na defesa da vida da juventude!
Abraços pascais meus e de tantos/as,
Luis Duarte





Imagens - Jean Carlos e Aurelio Fred

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Entrevista no jornal Tribuna do Planalto com Flávio Sofiati

Com o placar de 42 votos de deputados favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e 17 contrários, a Comis­são de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou no último dia do mês de abril (30), a tramitação da PEC 171/93 que propõe a redução da maioridade penal no Brasil de 18 para 16 anos. O texto permite que os jo­vens com idade acima de 16 anos que co­meterem crimes possam ser condenados a cumprir pena numa prisão comum. A a­provação da tramitação da PEC é o primei­ro passo para o andamento da proposta na Casa, na qual os deputados avaliam se o texto está de acordo com a Constituição. Se aprovada na Câmara, a PEC seguirá para o Senado, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisará ser votada em dois turnos. A recente aprovação da PEC na Câmara gerou muitos protestos de grupos contrários à proposta. Até a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou comunicado expondo a sua posição contrária à redução da idade penal. Segundo a entidade, a medida poderá agravar ainda mais a violência no país.
Para debater o assunto, o Caderno Escola entrevistou o professor da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (FCS-UFG), Flávio Munhoz Sofiati. Nesta entrevista, o doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) afirma que a ideia de redução da maioridade penal é equivocada, pois não irá coibir a violência no país. Para ele, o Brasil necessita de políticas públicas eficientes para a juventude, além de uma economia forte, que possibilite oportunidades de inclusão e uma boa qualidade de vida ao jovem brasileiro.

Professor, em que contexto histórico, político e social surge essa proposta de redução da maioridade penal?

Olha, ela nasce em um contexto de extremo conservadorismo no congresso. Esse atual conjunto de deputados eleitos no ano passado, talvez seja um dos mais conservadores que o Brasil já teve nesse período recente da redemocratização. A redução da maioridade sempre esteve na pauta, a aprovação da tramitação da PEC na Câmara evidencia que hoje é algo muito real a possibilidade dessa proposta de emenda alterar a constituição, assim como é a proposta de emenda da terceirização e o ajuste fiscal do governo, por exemplo.

Fale um pouco mais sobre esses pontos citados...

Basicamente, você tem de um lado uma proposta de redução da maioridade penal com o discurso de ser uma medida imediata para resolver o problema da violência, mas por outro lado o ajuste fiscal e o projeto da terceirização que vão precarizar ainda mais a vida do povo brasileiro. No meu ponto de vista, são projetos totalmente contraditórios. Porque se os argumentos fossem reais, e se houvesse de fato o compromisso com a redução da violência, inevitavelmente teria que se pensar em leis e projetos que melhorassem a vida do povo.

Existem países que adotaram a redução da maioridade penal. Qual a sua avaliação sobre isso?

Vários países decidiram adotar a redução da maioridade penal, existem muitos que aderiram a propostas extremas de 12 a 14 anos. E foi observado que não houve ne­nhuma consequência positiva ao adotar a redução da idade penal. A política de tolerância zero de Nova York, que é bem difundida no Brasil, o tolerância zero para o crime, causou na população jovem americana dos bairros periféricos a construção de uma realidade cultural que transformou a prisão de adolescentes e jovens em rito de passagem, então todo jovem de determinada faixa etária acabou sendo preso. O que não resolveu o problema da violência e nem da criminalidade, apenas contribuiu pa­ra estigmatizar ainda mais um segmento social.

Qual a sua opinião acerca da amplitude que o debate sobre a redução da maioridade penal está tomando?

A população em geral sempre debateu esse tema e em qualquer oportunidade a grande imprensa traz o assunto com exemplos de crimes extremos envolvendo jovens e adolescentes, principalmente pela televisão, com os seus programas jornalísticos atuais em que a notícia é o extraordinário e não o ordinário, dando grande divulgação para os crimes, gerando um espírito geral de impunidade na população, o que não é o real. Levando em consideração todas as pesquisas, inclusive as acadêmicas, percebe-se que os crimes envolvendo jovens entre 16 e 18 anos não são os protagonistas da violência. Isso deveria ser levado em consideração ao se pensar na questão da redução da maioridade penal. Se nós estamos realmente preocupados em resolver o problema, tema grave no Brasil, nós precisamos pensar em políticas públicas para a juventude, políticas concretas. Hoje, a principal política pública do Estado para o jovem é o cárcere. E a redução da maioridade penal vai ampliar ainda mais essa política pública que é contra a vida.

No seu ponto de vista, quais as implicações sociais da redução da maioridade penal?

O governo vai legalizar algo que existe, porque os jovens entre 16 e 18 anos, até mais cedo, já são encarcerados. No passado já existiu a Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (Febem), que hoje se chama Fundação Casa. No Estado de Goiás você tem os centros de ressocialização, que são basicamente cárceres para os menores de idade. Então a redução vai primeiro legalizar algo que o Estado já faz, que é prender os jovens. As unidades de internação brasileiras, em todo o Brasil, são precárias. E cumprem um papel de repressão e não de ressocialização dos jovens.
Por que a diminuição da maioridade penal não é a solução para o problema da violência?
Esse é um problema histórico no Brasil. Quando você carceriza o jovem, significa que você fracassou em todas as possibilidades de ressocialização na escola, na família, na sociedade. Quando você chega na situação de encarcerar o jovem significa que fracassou na possibilidade de integração do indivíduo na sociedade. O estado acaba tirando dele a responsabilidade de investir na educação, na escola, na saúde. Quando o Estado ou a grande imprensa culpabiliza o indivíduo, abre mão de toda a responsabilidade sobre aquele conjunto social.

O Estatuto da Criança e do  Adolescente precisa mudar?

O Estatuto fala em medidas de ressocialização e a redução da maioridade penal vai tornar ainda mais ineficaz a lei que já existe e não é levada em consideração. Ou seja, ela viabiliza que o Estado se legitime na ação de criminalizar ainda mais os segmentos pobres da juventude. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) precisa avançar, ele já é ultrapassado, instituído em 1990, é necessário investir em uma lei que já existe e que pode ser implementada. Por que o Estado não investe nessa perspectiva? Por que ele quer investir ainda mais na repressão? Prender me parece que hoje é a opção do Estado e precisamos convencer o governo que educar é a melhor solução para combater a violência.

Como o senhor avalia os argumentos dos que defendem a redução da idade penal?

Os argumentos são de cunho moral e são baseadas em perspectivas teológicas, não existe a análise de estudos e pesquisas. E o mais triste é ver a publicação de informações, na imprensa tradicional e alternativa, que não são corretas. O jovem do sexo masculino, pobre, negro e que mora na periferia, está incorporando hoje a figura da pessoa que precisa ser exterminada.

Quais os caminhos para conter essa violência e dar melhores condições para o jovem se desenvolver?

A primeira coisa é criar uma estrutura econômica macro de inclusão. O jovem precisa sentir que faz parte da sociedade. As instituições estão em crise, pois os jovens não às incorporam. Eles criticam a empresa, a igreja, o Estado, o sindicato, por exemplo, porque nenhuma dessas instituições conseguiu suprir a necessidade de inclusão do jovem. Quando ele se sente parte, ele muda o seu comportamento. E para se sentir parte, nós adultos precisamos partilhar poder. Isso significa fazer mudanças em nossas estruturas, na escola, na família, na universidade, na igreja, no Estado, na empresa, por exemplo. E não estamos dispostos a fazer isso, pois é preciso muita disposição.

As expectativas do jovem não são atendidas...

O jovem hoje tem fome de integração, ele está à margem da sociedade. Para isso acontecer (integração) é necessário o desenvolvimento de uma macro economia que proporcione novos postos de emprego e qualidade de vida, por exemplo. Ele precisa de condições mínimas para ter uma vida saudável e a possibilidade de pensar a sua sobrevivência para além do crime. Nenhum jovem teve a opção de escolher entre ser médico, engenheiro, advogado, professor ou traficante. A verdade é que as opções ofertadas a ele são muito restritas. A visão que ele tem do professor, do médico, do advogado, do engenheiro, é a pior possível. Então, nós temos hoje uma divisão de classe entre as profissões. Precisamos romper com essa barreira, essa fronteira que existe hoje no Brasil de classificar as profissões a partir da origem de classe. Todo mundo tem o direito de seguir suas aptidões. E eu tenho certeza que os jovens no Brasil podem ser bons médicos, bons advogados, bons professores, mas pra isso eles precisam ter oportunidades.

Como os jovens podem alcançar essas conquistas?

Através, por exemplo, de políticas públicas. Mas considero que hoje não temos políticas  voltadas de fato para a juventude no Brasil. Na verdade, elas são poucas. Temos o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema de Previdência Social, que são políticas que precisam ser preservadas e valorizadas, já consolidadas e que os governos em geral, tentam o tempo todo precarizar.  Do ponto de vista da Juven­tu­de, o que se tem é o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), difundido como principal política pública de juventude, mas várias pesquisas mostram que o programa é precário, que não consegue superar a ideia das ações atuais em torno de projetos e ações. Uma política pública e eficiente precisa ser interdisciplinar, interministerial, capaz de envolver um conjunto abrangente de profissionais qualificados para pensar uma ação conjunta, mas isso não existe. As cotas raciais poderiam ser um bom exemplo, mas elas não são efetivas pelo fato de ainda depender da disposição das instituições de ensino em adotá-las.

No Brasil, também temos um problema ligado ao extermínio de jovens. Qual o perfil do jovem que está sendo exterminado?

Se a gente for considerar o número alarmante de assassinatos de jovens ocorridos através dos braços coercitivos do Estado, principalmente da policia militar, é possível dizer que existe o extermínio de um segmento social importante. Que são os jovens do sexo masculino, negros e pobres com idade entre 15 e 25 anos, moradores das periferias das grandes cidades do Brasil. Esse segmento social, se você for buscar estatísticas referentes às causas de morte, elas vão mostrar que há um número expressivo de mortes causadas por motivos violentos. Esses argumentos, infelizmente, não são considerados no momento em que os parlamentares vão debater o tema da redução da maioridade penal. No meu ponto de vista, reduzir a maioridade penal não resolve a violência para os jovens e nem para a sociedade.

Quem é e o que faz?

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquisa Filho (UNESP), mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), Flávio Munhoz Sofiati é docente na Universidade Federal de Goiás (UFG). Na instituição, atua no Curso de Especialização em Políticas Públicas e no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia Social. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica Clássica, Sociologia da Religião e Sociologia da Juventude, atuando principalmente nos seguintes temas: Juventude e Religião, Catolicismo Contemporâneo, Movimento Carismático, Teologia da Libertação.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Inscrição para o encontro da Memória de 20 anos das Escolas Bíblicas para Jovens - vagas limitadas





O Centro de Juventude Cajueiro e o Centro de Estudos Ecumênico Bíblico - CEBI realizam o encontro da Memória deste caminho de 20 anos. É um momento para encontrar pessoas e celebrar a vida. Foram muitas pessoas e vários lugares.

O Encontro será nos dia 10 a 12 de outubro de 2015, no Mosteiro de Goiás.
80 vagas
140,00 reais o valor pelos dois dias.
Maiores informações -  e-mail escolasbiblicasjovens20anos@gmail.com

Com o objetivo de celebrar a vida, partilhar o caminho, fortalecer a espiritualidade da libertação.

Tem com assessor Marcelo Barros, monge beneditino.

Este encontro será organizado com o esforço de cada pessoa. Esperamos a sua doação pa.ra garantir a participação de várias pessoas que passaram por este caminho.

Pedimos as pessoas de cada lugar que organizem o povo para participar.

As informações estão no site inscrição e informação 

Criamos um grupo no facebook CLIQUE AQUI E PARTICIPE DO GRUPO




quarta-feira, 3 de junho de 2015

Belém lugar Teológico do grupo de jovens - Como organizar?







 Nós do Centro de Juventude Cajueiro estamos oferecendo cursos virtuais, entre eles um que tem como objetivo capacitar para a convocação e a organização e a nucleação de grupo de jovens. Neste curso participa o Pedro Melo. Ele organizou um curso no final de semana para os grupos de jovens da região ele atua.Caso você queira saber mais informações sobre os cursos ou organizar um curso aí em sua comunidade escreva para virtual@cajueiro.org.br. Nós temos o prazer de compartilhar com vocês o relato, realizado pelo Rafael Souza.

Segue o relato:

No último domingo, 31 de maio de 2015, a Pastoral da Juventude da Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso acampou no lugar-teológico  Belém. Reunidos na Comunidade rural do Cadete, que na oportunidade reviveu o dia-dia da periférica cidade de Belém, fomos convidados a experimentar as vivências que o nascimento de Jesus nos propõe. Belém é lugar de Nascimento, de renovação da esperança, de acolhida, da estrela que aponta o caminho, Belém é lugar onde Deus se encarna no meio dos pobres.

O encontro foi assessorados pelo casal Pedro Melo e Crisleide Melo, debatemos a importância da convocação como um processo dinâmico da vivência da fé da juventude nos grupos de base. O grupo  é este espaço de salvação, de encontros comunitários, de felicidade. Lugar de vivência da fé, espaço de formação, de ação e de espiritualidade encarnada e que aponta a Libertação.
 
 Foi assim, que os jovens de nossa paróquia, organizados nos grupos de base: Juventude em Cristo da comunidade da Sapucaia, Juventude Missionária Cristã da comunidade do Porções, Caminhando com Cristo da comunidade do Cadete, Jovens Gera Ação do Centro, A Boa Semente do Centro, Luz da Vida do Centro, Iluminar Comunidade Santo Antonio e Caminhando com Maria do Combê vivenciaram este dia de luzes e vida para caminhada da Juventude paroquial.

Na celebração da Palavra os jovens se misturaram a comunidade compreendendo a importância de ser e de viver na comunidade!