sábado, 30 de novembro de 2013

Foi Bonito! Encontro de Fé e Política - Selvino Heck

Selvino Heck

Foi bonito.
Foi bonito ver milhares de militantes, crentes, lideranças no 9º Encontro Nacional Fé e Política, na Universidade Católica de Brasília, refletindo, cantando, dançando, celebrando a vida e o Bem Viver em pleno feriadão da República.

Foi bonito ver a pastora e professora Graciela Chamorro falando da dor e do sofrimento dos Kaiowá-Guaranis, e fazendo todos os presentes cantar em guarani: Che Mboguahu Arára - O filho do tempo-espaço me faz cantar; Itymby onhemogo’i va’ekue - A semente se esticar e murmurar sua palavra.
Foi bonito ver lideranças sociais e políticas lançando o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político brasileiro, a realizar-se de 1º a 7 de setembro de 2014, junto com o Grito dos Excluídos.
Foi bonito ouvir Daniel Seidel, Coordenador Geral Local do 9º Encontro, dizer que "o povo precisa partilhar o poder, o povo quer partilhar o poder, queremos a cultura do Bem Viver”.
Foi bonito ver a pastora luterana Romi Bencke, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), proclamar na mística de abertura do Encontro que "nossa esperança é de um novo céu e uma nova terra, sem dor, sem luto, sem grito, porque Deus está conosco”.
Foi bonito relembrar com Cláudio Vereza, deputado e fundador do Movimento Fé e Política que, nos anos 1980, "as lideranças políticas vindas das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) que se engajaram no movimento partidário e se elegeram ficaram sem espaço para refletirem e alimentarem a sua própria fé. O Movimento é esse espaço”.
Foi bonito refletir com Pedro Oliveira, da Coordenação Nacional do Fé e Política, que "somos por uma economia solidária, de partilha, do dom, da pobreza e não abundância. Precisamos tirar da nossa cabeça que seremos felizes quando formos ricos. No planeta, não cabem sete bilhões de ricos. Os povos indígenas ensinam a ser felizes com pouco. A Europa e os EUA, não.”
Foi bonito ver o ministro Gilberto Carvalho dançando alegre com os participantes, tirando fotos e dizendo que "é uma alegria vir aqui buscar energia para continuar na luta. Somos herdeiros da corrente que vem de Jesus e que passa pelo papa Francisco e por tantos profetas da história, dos que resistiram, dos que foram perseguidos”.
Foi bonito exaltar D. Tomás Balduino, Chico Mendes, D. Pedro Casaldáliga, D. José Maria Pires, D. Waldir Calheiros, Sepé Tiaraju, pastores e pastoras evangélicas/os, líderes afro-brasileiros, e muitos mais, fazendo a memória de lideranças e pastores históricos da caminhada.
Foi bonito ver Terezinha Toledo, da Coordenação Nacional do Movimento Fé e Política, entregando, como gesto de agradecimento, livros e mantas para quem voluntariamente se entregou por meses, doou seu tempo, militantemente, para preparar o encontro.
Foi bonito ver o guarda da Universidade dizer para o Reitor Afonso Galvão que ali não se podia estacionar o carro –‘ordens superiores’- e o Reitor, tranquilamente, entrar no carro e levá-lo ao estacionamento, seguindo a orientação do guarda.
Foi bonito ouvir o professor Ricardo Spíndola dizer, no Fórum Temático ‘Mobilização Social, Educação Popular e Cidadania’, que "há três grandes campos de atuação: o trabalho de base; o trabalho na rua –pressão, mobilização, redes sociais/internet; a ocupação de postos de poder- e que não se pode deixar ninguém sozinho -, porque a participação é mola essencial, é um princípio -juntos somos melhores- e a educação popular é um ato de amor à humanidade”.
Foi bonito saber que famílias de Taguatinga e de outras cidades de Brasília, assim como deputados federais, abriram suas casas e apartamentos para acolher de forma solidária os romeiros vindos de todo Brasil.
Foi bonito, e duro, ouvir Frei Betto dizendo que ‘cristão significa ser discípulo de Cristo. E como é que Jesus morreu? Como Wladimir Herzog morreu? Wladimir foi preso, torturado pelos militares do DOI-CODI e assassinado. Jesus também foi preso, torturado e assassinado por decisão de dois poderes políticos, o Sinédrio e o ocupante romano representado pelo governador Pôncio Pilatos. Somos todos e todas filhos e filhas de um prisioneiro político”.
Foi bonito ouvir o Pe. Jaime Crowe anunciar "Bem-aventurados os que procuram o Bem Viver”.
Foi bonito olhar e sentir os ipês floridos decorando o ambiente do Encontro.
Foi bonito participar do lançamento da nova edição da Agenda Latino-americana.
Foi bonito ver a presença e participação de deputados, vereadores, prefeitos, vices, Secretários, dirigentes partidários, lideranças de movimentos sociais, alimentando sua ação política na fé e levando a fé à ação concreta e militante.
Foi bonito ouvir Carlos Mesters falar dos cativeiros dos tempos bíblicos – de Babilônia, Império romano, Monarquia, do faraó do Egito -, dos cativeiros dos tempos atuais – o neoliberalismo - e vê-lo proclamar os sete passos da cultura do Bem Viver para sair do cativeiro: uma nova visão sobre a natureza; redescobrir a força da palavra; redescobrir o amor eterno de Deus; uma nova experiência de Deus, uma nova imagem de Deus; Deus não escreveu um livro, escreveu dois livros, a Bíblia e o livro da vida, dos fatos, dos acontecimentos; redescobrir a missão; descobrir uma nova pastoral, uma nova maneira de anunciar a Boa Nova.
Foi bonito benzer a água, o ar, a terra e o fogo, e sentir sua energia nas celebrações cheias de alegria, leveza, encanto, força e espiritualidade.
Foi bonito plantar nove ipês, planta típica do Cerrado, no final do encontro e receber nove sementes de ipê de várias cores para plantá-las em todo Brasil, e delas cuidar, e regá-las, e vê-las crescer, e vê-las florir.
Foi bonito ver as pessoas, cantando, chorando, rindo, dançando, celebrando a vida, o Bem Viver. Não há deserto. Há esperança. Não há vazio e descrença. Há fé e política convivendo na base popular. Há fé e política na busca do Bem Viver, na construção do Reino.
Foi bonito, muito bonito.
Membro da Coordenação nacional do Movimento Fé e Política
Em vinte e dois de novembro de dois mil e treze.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Un camino de formación para educadores/as de juventud en el continente Latinoamericano – Curso virtual gratuito




Es una propuesta virtual a partir de la síntesis del libro Civilización del Amor – Proyecto y Misión, las orientaciones para la Pastoral de la Juventud latinoamericana. El camino de formación sigue la propuesta organizada a partir de los Marcos de la realidad, histórico, doctrinal, celebrativo y operativo.

El camino de formación de Educadores/as asume la metodología de la educación popular, parte de la realidad, problematiza nuestras acciones para que ellas sean nuevas en vista de la construcción de otro mundo posible, del bien vivir, o sea, del Reino anunciado por Jesús.

La formación tiene una duración de octubre hasta diciembre. Organizada en red con 13 grupos: Centro de Juventud Cajueiro, Pastoral de la Juventud, Cáritas Brasilera, Instituto Paulista de Juventud, Vida y Juventud, Casa de la Juventud de Paraná, Red de Asesores/as, Instituto de Pastoral de la Juventud del Este II, Instituto de Pastoral de la Juventud Venezuela – Spes, SEJUVE – Instituto de Pastoral de la Juventud de la Región México y Centro América, CELAM – Sección de Juventud, Familia y Vida, CEBI – Virtual.

Están participando aproximadamente 700 personas entre cursillistas, coordinadores/as y acompañantes de las diversas salas de foro, de 19 países del Continente Latinoamericano – jóvenes adultos (laicos/as, religiosos/as, presbíteros). El curso está siendo presentado en portugués y español. Fueron organizados 17 grupos, 10 de portugués y 7 de español, cada una de ellas tiene aproximadamente 40 participantes, algunos grupos con dos o tres acompañantes. Todo el curso está siendo ofrecido de forma gratuita.

El objetivo del curso es capacitar personas para acompañar a la juventud en sus procesos comunitarios en vista del protagonismo en la Iglesia y en la Sociedad. La Civilización del Amor – Proyecto y Misión es una propuesta de acompañamiento de la juventud, en la cual la evangelización es una parte, o mejor dicho donde la evangelización abraza a la persona entera y la hace SUJETO para interactuar en todas las relaciones sociales, políticas, económicas e ideológicas.
El curso está organizado en módulos: Acogida y construcción de la Red; Realidad e Historia de la juventud en el Continente; fundamentos doctrinales y celebrativos; caminos para organizar la acción (metodología, procesos, planificación); organización de la formación de líderes juveniles semi-presencial (el último módulo tiene como objetivo capacitar para el acompañamiento de la segunda parte del Camino de Formación de líderes que acompañan grupos de jóvenes).

Creamos un grupo en el facebook para compartir las experiencias de formación: https://www.facebook.com/groups/projetocamesperanza/?bookmark_t=group ha sido un espacio de encuentro, animación e intercambio de experiencias. También, tenemos un correo electrónico (email) virtual@cajueiro.org.br para cualquier información.

Estamos interesados en dialogar con grupos sobre la posibilidad de ofrecer este mismo curso en 2014. Conocer las posibilidades del espacio virtual, encontrar estrategias para la formación de personas – jóvenes y adultas – para el acompañamiento de la juventud. A propuesta de formación En el Camino de Formación de Educadores/as ofrecido a distancia exige una disciplina de estudio personal. Por otra parte, este año el curso fue ofrecido sin carga para quien participa, generando una participación frágil y con ausencia de muchas personas que se inscribieron. Estamos aprendiendo con la experiencia. Ahora que faltan días para terminar, cerca del 50% de los inscritos están firmes. Las personas recibirán un certificado de extensión de la Universidad Católica de Brasilia.

El curso es espacio de construcción de una Red de Educadores de juventud, donde la amistad, el intercambio de ideas e informaciones que van haciendo cada día del curso un instrumento valioso para el camino.

En 2014, el Camino de Formación de Líderes que acompañan grupos de jóvenes es una propuesta que está siendo diseñada por un equipo que está creando los contenidos y será ofrecida por una Red de 12 grupos, bajo la coordinación del Centro de Juventud Cajueiro. La propuesta será organizada en grupos de 30 a 40 personas con una coordinación, que organiza y acompaña dicho grupo en su formación a distancia, de forma virtual, así mismo organiza los encuentros presenciales. Esa formación tiene como base los esquemas para grupos de jóvenes de la colección “Na trilha do grupo de jovens”, organizada por a Red Brasileña de Centros e Institutos de Juventud. Este curso tendrá un costo de R$ 20, 00 reales, $ 10,00 dólares.

Las personas interesadas en conocer mejor el proyecto entren en contacto con nosotros a través virtual@cajueiro.org.br  

Um documentário de Paulo Freire - Educação Popular


Um documentário que conta a trajetória de Paulo Freire, exilado do país com sua família. Aqui aprendemos sobre processos, sobre educação popular.

Uma trilha de formação para educadores/as de juventude no Continente Latino Americano – Curso virtual gratuíto



É uma proposta de formação virtual a partir da síntese do livro Civilização do Amor – Projeto e Missão, as orientações para a Pastoral da Juventude latino americana.  O caminho de formação segue a proposta organizada no livro a partir dos Marcos da realidade, histórico, doutrinal, celebrativo e operativo.

A trilha de formação de Educadores/as assume a metodologia de educação popular, parte da realidade, problematiza nossas ações para que   elas sejam novas em vista da construção de outro mundo possível, do bem viver, ou seja o Reino anunciado por Jesus.

A formação tem duração de outubro a dezembro. Organizada em rede com 13 grupos: Centro de Juventude Cajueiro, Pastoral da Juventude, Cáritas Brasileira, Instituto de Paulista de Juventude, Vida e Juventude, Casa da Juventude o Paraná, Redes de Assessores/as, Instituto de Pastoral da Juventude do Leste II, Instituto de Pastoral da Juventude Venezuela – Spes, SEJUVE – Instituto de Pastoral da Juventude da Região México e Centro América, CELAM – Seção de Juventude, família e Vida, CEBI – Virtual.

Estão participando cerca de 700 pessoas entre cursistas, coordenadores/as e facilitadores/as de 19 países do Continente Latino Americano – jovens, adultos (leigos/a, religiosos/as, presbíteros). O curso está sendo apresentado em português e espanhol. Estão organizadas 17 turmas, 10 em português e 7 em espanhol, cada uma delas com cerca de 40 participantes, algumas turmas de dois ou três facilitadores/as.  Todo curso está sendo oferecido de forma gratuita.

O objetivo do curso é capacitar pessoas para acompanhar a juventude em seus processos comunitários em vista do protagonismo na Igreja e na Sociedade. A Civilização do Amor projeto e missão é uma proposta de acompanhamento da juventude, onde a evangelização é uma parte, o melhor dito onde a evangelização abraça a pessoa inteira e a torna SUJEITO para interagir em todas as relações sociais, políticas, econômicas e ideológicas!

O curso está organizado em módulos:  Acolhida e construção da Rede; Realidade e História da juventude no Continente; fundamentos doutrinais e celebrativos; caminhos para organizar a ação (metodologia, processos, planejamento); organização da formação de lideranças juvenis semipresencial (O ultimo módulo visa a capacitação para o acompanhamento da segunda parte da Trilha de formação de lideranças que acompanham grupos de jovens).

Criamos um grupo no faceboook  para compartilhar as experiência de formação:
 https://www.facebook.com/groups/projetocamesperanza/?bookmark_t=group que tem sido espaço de encontro, animação e troca de experiências. Também, temos um correio eletrônico (e-mail) virtual@cajueiro.org.br para qualquer informação.

Estamos com interesse em dialogar com grupos sobre a possibilidade de oferecer este mesmo curso em 2014. Conhecer as possibilidades do espaço virtual, encontrar estratégias para a formação de pessoas – jovens e adultas – para o acompanhamento da juventude. A proposta de formação Na Trilha de Formação de Educadores/as oferecido à distância exige uma disciplina de estudo pessoal. Além disto,  neste ano, o curso oferecido sem ônus para quem participa, gerou uma  participação frágil e com ausência de muitas pessoas que se inscreveram. Estamos aprendendo com a experiência. Agora que faltam dias para encerrar, cerca de 50% dos inscritos estão firmes. As pessoas receberão certificado de extensão da Universidade Católica de Brasília.

O curso é espaço de construção de uma Rede de Educadores/as de juventude, onde a amizade, a troca de experiências e ideias, de informações vão tornando cada dia o curso um instrumento valioso para o caminho.


Em 2014, A Trilha de Formação de Lideranças que acompanham grupos de jovens é uma proposta que está sendo desenhada por uma equipe de conteudista e será oferecida por uma Rede de 12 grupos, sobre a coordenação do Centro de Juventude Cajueiro. A proposta será organizada em “polos” de 30 a 40 pessoas, com uma coordenação, que organiza e acompanha o grupo em sua formação à distância, de modo virtual, organiza os encontros presenciais. Essa formação tem como base os roteiros para grupo de jovens da coleção “Na Trilha do grupo de jovens”, organizada pela Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude. Este curso terá custo mensal de R$ 20,00 reais. 

As pessoas em conhecer melhor o projeto entre em contato, com virtual@cajueiro.org.br.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A missão desde Betânia – Uma prova de amor!


"Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho...!" [Tom Jobim]

No Brasil a Igreja Jovem está a caminho com a Igreja Latino-americana. Estamos juntos/as em Betânia, rumo à Jerusalém. Vamos vivendo o mês missionário, que celebramos em toda Igreja, bem como o Dia Nacional da Juventude, que reflete sobre “Juventude e Missão”. Todos nós queremos ser missionários. Sair de nós mesmos! Sair... Faz lembrar o profeta/poeta dom Hélder que um dia nos disse e eternizou:
  


Missão é partir, caminhar,
deixar tudo, sair de si,
quebrar a crosta do egoísmo
que nos fecha no nosso Eu.

É parar de dar volta
ao redor de nós mesmos
 como se fôssemos o centro
 do mundo e da vida.

 É não se deixar bloquear pelos
problemas do pequeno mundo a que
pertencemos: a humanidade é maior.

Missão é sempre partir,
mas não devorar quilômetros.

 É, sobretudo, abrir-se aos outros como irmãos.
Descobri-los e encontrá-los.

E se, para encontrá-los e amá-los,
 é preciso atravessar os mares
e voar nos céus,
então missão é partir até os confins
 do mundo.


Que maravilha ser missionário/a! Que maravilha também nos darmos conta disso em Betânia. Todos/as precisamos de uma “Betânia”. Todos/as vamos construindo uma Betânia para nós e com outros/as amigos/as e companheiros/as do caminho. Com Jesus não foi diferente. Esse lugar na vida Dele foi físico, mas também simbólico. Físico, como cidade onde residiam alguns de seus amigos/as e onde Ele sempre estava antes de ir a Jerusalém e antes de tomar grandes decisões. Betânia também era lugar simbólico, porque em Sua vida era espaço de cultivo da missão, lugar de amigos/as, de festa, de partilha, de escuta, de conversas, de comer e beber.
Ser missionário é uma prova de amor. Quem ama de verdade toma iniciativa missionária e vai viver a vida de fraternidade com outros. A Pastoral da Juventude em muitos cantos do continente, ainda hoje, fazem a experiência das missões jovens. Continuamos, do nosso jeito, o projeto de Deus. É importante dizer que Deus é quem nos visitou primeiro e por isso, nos tornamos mais divinos quando missionários.
O Documento de Aparecida em certa altura aponta com convicção: “A Igreja peregrina é missionária por natureza” (347). Daria pra dizer então que ou somos missionários e missionárias ou não somos igreja, porque esse elemento faz parte da nossa natureza. E ninguém melhor que a juventude sabe fazer essa experiência. Sair de si e encontrar os outros. Encontrar os outros nos seus grupos, nos outros grupos, nas casas, nas ruas, nas festas, nas partilhas... Que fantástico ter um coração missionário! Um coração que não é fechado, não é egoísta, não pensa somente “no próprio umbigo”. Marta e Maria foram grandes missionários. Lázaro foi grande missionário. Betânia é lugar de viver e de impulsionar a missão.
Quais “Betânias” os/s jovens tem, vivem e vão construindo? O que seria a “Betânia” como lugar físico para os/as jovens? O que seria a “Betânia” simbólica na vida da juventude? A Pastoral da Juventude também é chamada a ser Betânia. É chamada a ser lugar de alimentar para seguir em missão pelo Reino, pela vida. É chamada a ser lugar de fazer amizades profundas. Como alimentar e fortalecer ainda mais a “Betânia” que a PJ é e vai vivendo em seu caminho com os/as jovens? Sem dúvida nenhuma é tempo de fortalecer os grupos de jovens e a vida em grupo. É urgente fortalecer “as Betânias” dos grupos de jovens.
No cheiro das estradas, dos asfaltos, da poeira quente... nos passos do Mestre, sejamos missionários do Reino, defensores e anunciadores da vida, desde Betânia.

Pe. Maicon André Malacarne – Assessor da PJ na Diocese de Erexim/RS

Luis Duarte Vieira – Militante da PJ e noviço admitido à Companhia de Jesus

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Centro de Juventude Cajueiro divulga seus correios eletrônicos (e-mail)

Correio para comunicação: (e-mail)

Lourival Rodrigues da Silva - diretoria@cajueiro.org.br 
Carmem Lúcia Teixeira -centrojuventude@cajueiro.org.br 
Vanildes G dos Santos - secretaria@cajueiro.org.br
Graça  liderjovem@cajueiro.org.br (preuni,formação de lideranças)

Pedidos de materiais livraria@cajueiro.org.br 
Projetos - Kelly projetos@cajueiro.org.br
Curso a distância - virtual@cajueiro.org.br 
Campanhas de mobilização - soucajueiro@cajueiro.org.br  
 Administração do site: cajueiro@cajueiro.org.br - Anderson

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Oficio Divino da Juventude - participe dê sua opinião


Um caminho de mística - 10 anos de ODJ

Acabaram-se os exemplares da 5ª edição do Ofício da Juventude. Agora estamos no caminho da 6ª edição buscando grupos religiosos que desejam apoiar a nova impressão. Neste volume só serão feitas algumas correções pequenas. Vamos manter em respeito a quantidade de livros impressos.

Novo projeto – ODJ do ciclo da Páscoa está sendo organizado. Estamos organizando um grupo de pessoas e instituições que irão organizar as celebrações, cantos, salmos, hinos, danças, etc. Já temos data para o lançamento. É um sonho será na memória da Páscoa do Gisley em junho de 2014.

Estamos sonhando, porém, para sua concretização precisamos de muitos esforços reunidos. Um projeto assim, envolve muita gente. Por isto, queremos convocar você, seu grupo, sua congregação para participar deste processo.

Como participar?
1)  Enviar sugestões de cantos, salmos, hinos que deveria estar neste próximo ODJ – tempo de Páscoa. Enviar as sugestões para centrojuventude@cajueiro.org.br 

2)  Fazer a doação em dinheiro para este projeto. Reunir aí no grupo, com os amigos/as, fazer rifas. Conversar para ver quem deseja ser parceiro no projeto. Encaminhar para soucajueiro@cajueiro.org.br.

O ODJ é uma obra que envolveu várias pessoas. Agora estamos com a responsabilidade de sua impressão, a partir da 6ª edição. E contamos com a contribuição de todas as pessoas que desejam cultivar a mística da Igreja Jovem.



Carmem Lucia Teixeira

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vidas perdidas e racismo no Brasil



O Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA) lançou hoje uma pesquisa sobre o racismo no Brasil. A ideia é criar consciência e compromisso com a vida da juventude negra e enfrentar o racismo neste país.
Vamos acompanhar estas pesquisa e dados para que eles deixem de ser números e passem a ser parte do nosso compromisso com a vida no planeta.

DADOS DE HOMICÍDIOS POR UF

NOTA TÉCNICA DA PESQUISA SOBRE RACISMO E EXTERMÍNIO DE JOVENS NEGROS

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Síntese primeiro módulo - Civilização do Amor




SÍNTESE DO I MODULO - GERALDO PIRES

Nas etapas anteriores buscamos  conhecer-nos melhor, fazer a apresentação, dizer de qual lugar falávamos ou quais as experiências que trazíamos...   As partilhas foram nos ajudando a dar ‘identidade’ a cada pessoa da turma, revelando o lugar a partir de onde cada um/a fala, a formação que possui, a atuação que tem, as redes de relações estabelecidas, os valores que marcam a sua trajetória, as crenças e desejos... As partilhas foram identificando que somos um grupo que fala a partir do serviço chamado Coordenação, como também de um ministério chamado Assessoria. Conforme o curso avança, estas identidades vão orientando as expectativas, o olhar sobre determinado tema e as diferentes maneiras de olhar o que chamamos de Civilização do Amor.
Queridos/as Educadores/as de Jovens! Não há como negar que há uma renovação no perfil da assessoria e, mesmo assim, quando se assume o acompanhamento (mesmo sendo jovem) os olhares e as perspectivas mudam. Não há como negar: as gerações marcam o jeito de ser, ver o mundo e agir de cada pessoa em sua prática. Não há como dizer que a vida das juventudes ecoa da mesma forma tanto para assessores/as e coordenadores/as. Para quem ainda é jovem esta vida juvenil se manifesta de maneira e com nuances muito específicas. Para aqueles/as cuja juventude foi vivenciada em outros períodos a vida das juventudes ecoa de um jeito diferente, talvez marcado pela sua própria experiência de como ser jovem.
Na reflexão que fomos fazendo sobre as nossas origens (nome, lugar, experiência, referências), percebemos que algumas pessoas fazem a experiência de viver em cidades pequenas ou médias ou, até mesmo, na zona rural... Outros vivem em grandes centros urbanos... Boa parte da nossa turma vive no norte e nordeste onde o tempo, a economia e a cultura marcam fortemente as opções e práticas pastorais e educativas. Poderíamos  perguntar-nos o quão determinantes são, para a nossa prática, estas geografias e suas dinâmicas diferenciadas.  De certa forma o “nome” é sim, uma gaiola, em nossa cultura. Não somente o nome que recebemos no batismo, mas os títulos (nomes) que ganhamos ao longo da vida e que definem como nós seremos vistos. Um professor é visto de maneira diferente de um administrador de empresas, de um médico, de um gari e assim por diante.
Quando falamos em Civilização do Amor, uma expressão para Reino de Deus (grão de mostarda)  na perspectiva proposta pelo curso de “capacitar pessoas e fortalecer redes locais de educadores/as de jovens, dentro da perspectiva de participação e construção de Projetos de Formação; gerar espaços de diálogo e troca de experiências nos serviços de evangelização da juventude”, muitas reflexões podem ser feitas.
Por vezes, falamos em utopia, mas a utopia é algo possível ou somente imaginável? É algo para agora ou somente para o futuro? Por um longo tempo foi possível aceitar a explicação de que a única função da utopia era de nos fazer caminhar, mas essa teoria parece não caber num tempo em que se busca o imediatismo, no qual o tempo presente é o tempo para realizar e ser. É complicado tentar explicar para as juventudes de nosso tempo que há uma conceito/proposta cuja única finalidade é nos tirar do lugar.
Então, como propor novas formas dever e compreender o Reino de Deus, a Civilização do Amor e a utopia como atingíveis e vivenciáveis também em nosso tempo até que se concretizem plenamente? 
Pe. Hilário Dick, semana passada, na abertura de uma jornada de estudos na PUCPR, revelou que devemos ser boas notícias para a juventude em vez de querer somente sermos especialistas em juventude. O que isso nos revela? Em primeiro lugar é que a utopia e o Reino residem em nós. E nós já somos expressões do Reino e, portanto, Reino e Utopia são atingíveis,  vivenciáveis, possíveis desde agora. O que nos faz caminhar é o desejo de que o Reino e a Utopia sejam para mais pessoas e de forma mais plena. A segunda revelação da frase do Pe. Hilário Dick traz à tona a reflexão da Mercedes Budalles sobre a relação entre Reino de Deus e Bem Viver. Para que o Reino de Deus aconteça será necessária a subversão de uma lógica econômica e social. O Reino se torna utopia inatingível e inalcançável se quisermos “mudanças sem mudar nada”, ou seja, mantendo os mesmo padrões de vida, consumo, ritmo de vida, etc.  Gosto de uma figura que encontrei no Google na qual, num primeiro quadro, uma pessoa desafia a plateia:  “Levante mão quem deseja uma sociedade mais justa, melhores condições de vida, um planeta com maior qualidade de vida e o fim das injustiças”! Todos levantam a mão... Então, esta mesma pessoa pergunta à mesma plateia:  “Quem aceita abrir mão dos seus privilégios, do seu modo de vida, do seu padrão de consumo para que estas mudanças desejadas aconteçam?” O resultado é que ninguém levanta a mão...
Seguindo o conselho do Papa Francisco, vamos às periferias e façamos bagunça/movimento (lío), tais quais as quais  as manifestações do outono brasileiro, com milhões de jovens nas ruas; sigamos, também, sendo Igreja Jovem, saindo das sacristias para ir de encontro às juventudes para o exercício de escuta e de denúncia de um modelo de vida que está em colapso.
Sigamos cantando, com Violeta Parra e Mercedes Sosa  “Gracias a La Vida” pelos sinais do Reino que já são perceptíveis em nossas realidades, pelos grãos de mostarda que germinam e se tornam árvores vistosas.
No final desta segunda etapa e início do estudo do Documento Civilização do Amor: Projeto e Missão que tenhamos estas reflexões sempre vivas em nossos corações.
Forte abraço.
Geraldo Pires
Casa da Juventude do Paraná

Curitiba, 29 de outubro 2013.

Síntesis del módulo de acogida - Curso virtual Civilización del Amor





ACOLHIDA_REDE - SINTESE GERALDO PIRES

En las etapas anteriores tratamos de conocernos mejor, para hacer la presentación, decir de  que  lugar que estamos, hablando de las experiencias que hemos vivid ... El compartir nos ha  ayudado a dar "identidad" a cada persona del grupo, revelando el lugar desde donde cada uno/a habla, revelando la formación que tiene, la actuación que tiene, las redes de relaciones que ha establecido, los valores que marcan su historia, las creencias y los deseos ... Las acciones fueron identificando que somos un grupo que habla desde el servicio denominado Coordinación, así como de un ministerio llamado Asesoría. A medida que el curso avanza, estas identidades van orientando las expectativas, la mirada sobre un tema en particular y las diferentes maneras de ver lo que llamamos Civilización del Amor.
Estimados/as educadores/as de la Juventud! No se puede negar que hay una renovación del perfil de la figura del Asesor/a, e incluso entonces, cuando se asume el acompañamiento (aunque siendo joven) cambian las miradas y las perspectivas. No se puede negar: las generaciones marcan la manera de ser, de ver el mundo y el actuar de cada persona en su práctica. No se sabe lo que la vida de los jóvenes hace eco, de la misma manera, en la vida de los Asesores / Coordinadores y los / as. Para aquellos que son, todavía, jóvenes esta vida juvenil se manifiesta con matices muy particulares. Para aquellos/aquellas cuya juventud ha sido vivida en otras épocas, la vida de las juventudes se hace eco de una manera diferente, tal vez marcado por su propia experiencia como ser joven.
En la reflexión que hacíamos sobre nuestros orígenes (nombre, lugar, experiencia, referencias), nos damos cuenta de que algunas personas hacen la experiencia de vivir en las ciudades pequeñas o medianas o incluso en las zonas rurales... Otros viven en los grandes centros urbanos ... Gran parte de nuestro grupo vive en el norte y nordeste, donde el clima, la economía y la cultura marcan fuertemente las opciones y prácticas pastorales y educativas. Podríamos preguntarnos cómo son determinantes, en nuestra práctica, estas diferentes geografías y sus dinámicas diferenciadas. De alguna manera el "nombre" es más bien una jaula en nuestra cultura. No sólo el nombre recibido en el bautismo, pero los títulos (nombres) que ganamos en la vida, definen la forma en que seremos vistos. Un profesor es visto de forma diferente que un hombre de negocios, un médico, un barrendero y así sucesivamente.
Cuando hablamos de la Civilización del Amor, una expresión para el Reino de Dios (mostaza) en la perspectiva propuesta por el curso de "empoderar a las personas y fortalecer las redes locales de los educadores/as de jóvenes, desde la perspectiva de la participación y de la construcción de proyectos de formación; crear espacios para el diálogo y el intercambio de experiencias en el servicio de la evangelización de la juventud ", muchas reflexiones pueden ser hechas.
Por veces se habla de utopía, pero la utopía es algo que sólo es posible o imaginable? Es algo para el momento o sólo es para el futuro? Durante mucho tiempo se podía aceptar la explicación de que la única función de la utopía era hacernos caminar, pero esta teoría no parece encajar en este momento en el cual buscamos la inmediatez en el cual el momento actual es el momento de hacer y ser. Es difícil tratar de explicar a los jóvenes de nuestro tiempo que hay una propuesta conceptual cuyo único objetivo es sacarnos del lugar.
Entonces, ¿cómo proponer nuevas formas de  ver y entender el Reino de Dios, la Civilización del Amor y de la utopía como alcanzables y vivenciables ​​también en nuestro tiempo hasta que se concreticen plenamente?
El P. Hilario Dick , en la semana pasada, en la apertura de una jornada de estudios en la PUC/PR reveló que debemos ser una buena noticia para los jóvenes en lugar de querer sólo ser expertos en juventud. ¿Qué nos dice esto? El primero lugar es que la utopía y el Reino viven en nosotros. Por lo tanto ya somos expresiones del Reino y, por lo tanto, el Reino y la utopía son alcanzables , vivenciables ​​, posibles desde ya. Lo que nos mueve es el deseo del Reino y que la Utopía sea para más gente y más plenamente. La segunda revelación del Padre Hilario Dick nos lleva a la reflexión de Budalles Mercedes sobre la relación entre el Reino de Dios y el vivir bien. Para que el Reino de Dios ocurra será necesaria la subversión  de una lógica económica y social. El Reino se convierte en utopía inalcanzable si queremos "cambiar sin cambiar nada" , es decir, manteniendo los mismos niveles de vida , el consumo , el ritmo de vida,  etc . Al igual que una imagen que encontré en Google en el que, en un primer cuadro, una persona desafía a la audiencia : "Levanten la mano los que quieren un mundo más justo y mejores condiciones de vida , un planeta con una mayor calidad de vida y el fin de la injusticia "! Todos levantaron la mano... Luego, esta misma persona hace la misma pregunta a la misma audiencia : "¿Quien acepta a renunciar a sus privilegios , su modo de vida , su patrón de consumo de estos cambios que desee pasar".  El resultado es que nadie ha levantado la mano...
Siguiendo el consejo del Papa Francisco, vamos a los suburbios y hagamos líos/movimientos, como las manifestaciones del otoño brasileño, con millones de jóvenes en las calles; sigamos también siendo la Iglesia Joven saliendo de la sacristía para ir al encuentro de los jóvenes través del ejercicio de escucha y de la retirada de un modelo de vida que se derrumba.
Vamos a cantar con Violeta Parra y Mercedes Sosa "Gracias a la Vida" por los signos del Reino que ya son visibles en nuestras realidades, por las semillas de mostaza para germinar y convertirse en árboles vistosos.
Al final de la segunda etapa y al inicio del estudio del documento Civilización del Amor: Proyecto Misión,  que tengamos siempre vivas estas reflexiones en nuestros corazones.
Abrazo.
Geraldo Pires
Casa de la Juventud de Paraná


Pesquisa Sonho Brasileiro - Juventude




Assim nasceu a ideia de realizar o Sonho Brasileiro: um estudo aberto, sem viés de consumo, sem fins lucrativos, que visa ouvir a primeira geração global de brasileiros para entender seus valores, a forma como enxerga o país, os papéis que se propõe a desempenhar nele e os cenários futuros em que se vê atuando.

Um estudo sobre o Brasil e o futuro a partir da perspectiva do jovem de 18 a 24 anos

Aí esta a perspectiva da pesquisa sobre o Brasil a partir dos jovens.  Clique no link abaixo para ter acesso a toda a pesquisa.

PESQUISA SONHO BRASILEIRO - JUVENTUDE

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ser jovem na América Latina - Felipe Freitas


A juventude é uma parcela expressiva da população da América Latina, significando cerca de 40% da população de toda a região, o que representa não só um peso quantitativo no universo demográfico, mas também um importante agente de mudanças com grande potencial para a aprendizagem de novas tecnologias e inovações ao lado de profunda sensibilidade às temáticas relativas à transformação social. A população com idade entre 15 e 30 anos significa a parcela do país que nasceu entre 1980 e 1995, ou seja, a população que nasceu entre o fim do período de ditaduras que devastou a região e o ápice do modelo neoliberal, com fortes desigualdades sociais e grandes transferências dos bens públicos para o controle da iniciativa privada.

Por outro lado, a juventude na América Latina se identifica pela sua diversidade. São jovens indígenas, negros e brancos. Jovens imigrantes e filhos de segunda e terceira geração de imigrantes oriundos da Europa e da Ásia, situados nos nossos países. Jovens vivendo no campo e na cidade e com opções e vivências profundamente variadas. Mas, todos marcados, em maior ou menor grau, pelo avanço do neoliberalismo e pelo fortalecimento das lógicas individualistas e/ou pela diminuição da noção de espaço público.

Este texto foi escrito para ser apresentado no III Congresso da PJ realizado na Venezuela. Hoje Felipe coordena o programa do Governo Federal -  Juventude Viva. Este programa visa implementar ações contra o extermínio da juventude negra.

De um Estudo Bíblico, surge o relato de uma experiência.


Por Odaice Gonçalves.


Confesso que ao ouvir, nos avisos ao final da celebração de quarta feira (23/10), o convite para participar de um Estudo Bíblico nos dias 26-27/10, não dei muita importância, até por que as informações sobre o mesmo foram poucas. No entanto, resolvi ir participar, especialmente por que Bíblia é um tema que me interessa muito e tenho muita sede e necessidade de conhecer, aprofundar... para fundamentar minha fé e o meu trabalho na Pastoral Catequética. 

Posso dizer que tudo me encantou. De cara me identifiquei com a ambientação - simples, porém significativa. Ao ser apresentado o assessor, Pedro Caixeta, o nome e a figura dele não me dizia muito. No entanto, quando ele falou um pouco de si, da sua formação, da sua "escola", foi possível perceber que o fim de semana valeria a pena. E assim foi! Pedro, com seu jeito simples, e um tanto irreverente, foi nos conduzindo a nos conhecermos, a constatarmos que somos PESSOAS e que pessoas são DONS, PRESENTE. Ajudou-nos a pensarmos o mundo no qual estamos inseridos e a percebermos que a contemporaneidade é desafiadora. Analisamos, também, a comunidade da qual fazemos parte - como ela é; o que tem realizado; quem são as pessoas que a integram; quem a faz acontecer; o que ela tem oferecido, quais as maiores dificuldades, alegrias...

Diante dessa realidade, fomos desafiados a aprender da bela Pedagogia de Jesus, o jeito de ser igreja, de contribuir com a construção do Reino de Deus.
Com textos, cuidadosamente selecionados, dos Evangelhos de Mateus e Lucas e também dos Atos dos Apóstolos, fomos percebendo o jeito de Jesus fazer as coisas acontecer: ir ao encontro do povo, falar a sua língua, ser misericordioso, estar em sintonia com a realidade, ser perspicaz, falar com autoridade, priorizar os miseráveis, os simples, os humildes... constatar como viviam as primeiras comunidades...

E o desfecho reconfortante - a centralidade da pedagogia de Jesus está nas bases, nos pequenos grupos, nas pessoas. Eu dizia na minha avaliação que me sentia aliviada e convicta. Sim, pois o Pedro nos conduziu a confirmar (na Pedagogia de Jesus) o que Pe. Floris nos levou a descobrir a mais de 30 anos atrás, quando chegou aqui na Diocese de São Luís de Montes Belos, para assessorar a juventude que até então vivenciava os movimentos de Treinamento de Liderança Cristã, as "comunidades jovens", os grupões. Sua proposta era a criação da PJ e a formação de pequenos grupos de jovens.

As reflexões, os estudos, as conversas, os posicionamentos me animou e motivou!

Obrigada Senhor, pela inspiração do Teu Espírito Santo!

Obrigada Pedro Caixeta, pela sua metodologia, pelo seu carisma... por ser DOM! Por SER PRESENTE, PRESENTE que causa ALEGRIA, que transmite VIDA, que vive o AMOR!


DEUS SEJA LOUVADO!


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

IDADE PENAL: Reduzir pra quê?* Jardel Santana


Por Jardel Santana**

Todas as vezes que ocorrem crimes bárbaros, cometidos por adolescentes e com repercussão na mídia, ressurge a polêmica acerca da idade penal e se defende sua redução, como se essa fosse a solução para os problemas da criminalidade no Brasil.
Conforme dados do Ministério da Justiça, dentre os/as adolescentes em conflito com a lei, que já cumprem medida socioeducativa, cerca de 43,7% cometeram crimes patrimoniais (furto e roubo); 26,6% tiveram envolvimento com tráfico de drogas; 8,4% cometeram homicídio; e 1,9% latrocínio. Os crimes patrimoniais e de tráfico de drogas, também são os responsáveis pelo maior número de encarceramento de pessoas com idade acima de 18 anos, o que leva a crer que os/as adolescentes que cometeram atos infracionais, serão encarcerados em ampla maioria não por cometerem crimes contra a vida, mas por furtarem ou se envolverem em tráfico de drogas.
Acreditar que o/a adolescente infrator/a não pode ser responsabilizado/a é uma ilusão propagada pela mídia. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, não propõe impunidade, ao contrário, prevê seis diferentes medidas sócio-educativas. No caso de maior gravidade, o/a adolescente pode cumprir medida sócio-educativa de privação de liberdade. Por isso, não se deve confundir o limite fixado para a idade penal, com a ideia de tirar a responsabilidade do/a adolescente. O termo inimputável, não é sinônimo de impunidade e o/a adolescente que comete ato infracional, apesar de inimputável, é responsabilizado/a conforme o ECA, que é uma legislação especial, a qual leva em conta a condição peculiar de desenvolvimento do/a adolescente.
O debate da redução da idade penal desvia o foco das principais e reais causas da violência, tendo como destaque a ausência do direito ao trabalho e ao salário justos; o consumismo, tão fortemente propagado pela mesma mídia que defende a redução da idade penal; a impunidade e o fracasso dos mecanismos de controle social; e principalmente, a desigualdade social. O Brasil ocupa a 84ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano, entre 169 países pesquisados, com a pior colocação na América Latina.
Enfrentar a violência exige uma série de medidas, principalmente preventivas, e não somente se pensar na redução da idade, pois apoiar tal medida é colaborar para a criminalização da pobreza, tendo em vista que quem irá preso/a, na maioria dos casos, serão os/as adolescentes pobres, considerando a realidade da população carcerária brasileira, a qual é composta majoritariamente por empobrecidos/as. Dos/as encarcerados/as, 95% são absolutamente pobres, 89% nunca tiveram emprego fixo ou atividade produtiva, 70% deles/as não completaram o ensino fundamental e 10,5% são analfabetos/as.
Dentre os antídotos contra a violência, talvez o melhor seja a lei, entretanto ela quase não é lembrada, quando as crianças e adolescentes não conseguem vagas em creches ou escolas de qualidade; quando não conseguem tratamento de saúde; quando são vítimas de violência, muitas vezes causadas pelo braço armado do estado; quando não conseguem oportunidades de profissionalização, educação e acesso à aprendizagem e ao mercado de trabalho, com salários dignos e que supram suas necessidades; quando são privados de acesso à cultura, ou pior, quando tem sua cultura marginalizada; enfim, quando os seus direitos são violados. As principais vítimas de violência e da exclusão social no Brasil são crianças, adolescentes e jovens.
Segundo dados do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), são assassinados/as 16 crianças e adolescentes por dia no Brasil. A taxa de homicídio de crianças e adolescentes, no ano 2000 era de 11,9 para cada 100 mil crianças e adolescentes do país e em 2010 passou a ser de 13,8. O Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, destaca que a média anual de homicídios envolvendo jovens, por grupo de 100 mil habitantes, teve aumento de 185,6%, saindo de 54,8% em 2001, para 156,4% em 2011.
Outro fator interessante, que não é apresentado na grande mídia, diz respeito à reincidência, enquanto no sistema prisional (para as pessoas com idade acima de 18 anos) chegam a 60%, em projetos socioeducativos que cumprem a lei, os índices são de menos de 5%, demonstrando, portanto, que os/as adolescentes, estão mais propícios/as à ressocialização, principalmente se receberem tratamento adequado, o qual não é a privação de liberdade.   
Continuar acreditando nesse modelo de justiça retributiva (com foco na prisão do individuo) em detrimento ao modelo de justiça restaurativa (foco em medidas alternativas), é ingenuidade, pois há dados mais que suficientes comprovando o fracasso do modelo retributivo. Por isso que é necessário no Brasil, o devido cumprimento do ECA; do recém aprovado, estatuto da juventude; a efetiva implementação do Sistema Nacional de Atendimento Sócio Educativo – SINASE e principalmente, a diminuição das desigualdades sociais, pois o presente e o futuro do Brasil, não merece cadeia.

*Texto publicado na 10ª Edição (impressa) do Jornal O Miraculoso - http://www.miraculoso.com.br/

**Graduando em Psicologia, militante da Pastoral da Juventude e dos Direitos Humanos, nas causas das juventudes.

domingo, 3 de novembro de 2013

Juventude negra - urgente combate ao racismo



IPEA DIVULGA DADOS SOBRE JUVENTUDE NEGRA


Negros são 70% das vítimas de assassinatos no Brasil, reafirma Ipea.


Dados divulgados pelo Ipea dão conta de que assassinatos se relacionam à cor, condição social e escolaridade.


A pesquisa Participação, Democracia e Racismo?, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quinta-feira apontou que, a cada três assassinatos no País, dois vitimam negros. Os dados foram apresentados pelo diretor Daniel Cerqueira, no lançamento da 4ª edição do Boletim de Análise Político-Institucional (Bapi).
Segundo a pesquisa, a possibilidade de o negro ser vítima de homicídio no Brasil é maior inclusive em grupos com escolaridade e características socioeconômicas semelhantes. A chance de um adolescente negro ser assassinado é 3,7 vezes maior em comparação com os brancos.
A pesquisa mostra ainda que negros são maiores vítimas de agressão por parte de polícia. A Pesquisa Nacional de Vitimização mostra que em 2009, 6,5% dos negros que sofreram uma agressão tiveram como agressores policiais ou seguranças privados (que muitas vezes são policiais trabalhando nos horários de folga), contra 3,7% dos brancos.
Segundo Daniel Cerqueira, mais de 60 mil pessoas são assassinadas por ano no País e há um forte viés de cor e condição social nessas mortes: “Numa proporção 135% maior do que os não-negros. Enquanto a taxa de homicídios de negros é de 36,5 por 100 mil habitantes, no caso de brancos, a relação é de 15,5 por 100 mil habitantes”
O diretor do Ipea afirma ainda que “Há uma perda na expectativa de vida devido à violência letal 114% maior para pessoas negras.  Enquanto o homem negro perde 20 meses e meio de expectativa de vida ao nascer, a perda do branco é de oito meses e meio”, explica Cerqueira.
De acordo com projeções do estudo, pelo menos 36.735 brasileiros de entre 12 e 18 anos serão assassinados até 2016, em sua maioria por arma de fogo, em caso de se manter o atual ritmo de violência contra os jovens. Trata-se do maior nível desde que o índice começou a ser medido em 2005, quando a taxa era de 2,75 adolescentes assassinados por cada mil.
Para Almir de Oliveira Júnior, pesquisador do Ipea, e Verônica Couto de Araújo Lima, acadêmica da área de Direitos Humanos da UnB, se no Brasil a exposição da população como um todo à possibilidade de morte violenta já é grande, ser negro corresponde a pertencer a um grupo de risco.
O estudo foi realizado pela Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, pelo Fundo das Nações Unidas Para a Infância, o Unicef, pelo Observatório de Favelas e pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Jovens atuais são a maior força de trabalho da história brasileira, diz estudo


22/07/2013 - 18h18
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os jovens brasileiros da atualidade são e serão a maior força de trabalho da história do país, tanto em nível absoluto quanto relativo, indica estudo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado hoje (22) no Rio.
Nos próximos dez anos, a população jovem, de 15 a 29 anos, chegará a cerca de 50 milhões de pessoas, representando 26% da população. Somente a partir de 20 a 25, esse número começará a declinar, diz o estudo. O tamanho relativo fica muito próximo da média mundial. Os dados fazem parte do primeiro fascículo de uma série que será publicada ao longo deste e do meio do ano que vem.
O estudo também ouviu mais de 10 mil jovens em diferentes partes do país para saber quais são suas prioridades em uma lista que inclui 16 temas. Para a maioria dos entrevistados (85,2%), educação de qualidade é o principal anseio, seguido por serviços de saúde (82,7%) e alimentação de qualidade (70,1%). Ter um governo honesto e atuante é a quarta prioridade do jovem brasileiros (63,5%).O modelo de perguntas usado é da pesquisa My World da Organização das Nações Unidas (ONU)para subsidiar novas Metas do Milênio para depois de 2015.
Continuar lendo a matéria na Agência Brasil